quarta-feira, 30 de abril de 2008

Vacina Contra a Malaria



Nhacolo falava semana passada num evento que juntou profissionais de comunicação social e dirigentes ligados ao combate contra o paludismo, promovido pela Rede de Jornalistas Africanos de Pesquisa da Malária-Moçambique, por ocasião do Dia Mundial da Luta Contra Malária.
“Garanto que a fase III arranca no segundo semestre deste ano, pois estamos a trabalhar nesse sentido”, assegurou o coordenador.

O ensaio da terceira fase é o pré-requisito para o licenciamento da vacina e será feito a milhares de pessoas em vários países. O mesmo tem por objectivo avaliar, uma vez mais, a segurança dos produtos já testados.

Os resultados dos mais recentes ensaios feitos no CISM foram divulgados o ano passado, tendo ficado reiterado o sucesso das pesquisas. Segundo os mesmos, o produto é eficaz contra a malária, ao reduzir em 65 por cento as novas infecções em bebés, por um período de três meses após terem recebido um tratamento consistente em três doses.

Mostram, de igual modo, que a vacina reduz em 35 por cento os episódios clínicos de malária, ao final de seis meses de seguimento após a primeira dose de tratamento.

Nhacolo apelou aos jornalistas a continuarem a buscar informação adequada para educar as comunidades a aderirem aos métodos de prevenção e tratamento disponíveis. Afirmou que as portas do CISM estão abertas para os profissionais de comunicação social irem buscar qualquer esclarecimento em torno do trabalho ali desenvolvido.

No mesmo encontro, Kate Bronwlow, directora nacional da Malaria Consortium, anunciou a disponibilidade de cerca de 2.300.000 meticais para trabalhos jornalísticos de pesquisa, produção de suplementos temáticos e suportar outras actividades que possam contribuir para a redução da malária.

Clara Manjate, da Direcção de Saúde da Cidade de Maputo, afirmou que o Governo está a “fazer de tudo” para prevenir e tratar a malária nas comunidades. Segundo ela, vários métodos estão em curso, tal é o caso da distribuição de redes mosquiteiras nas unidades sanitárias, tratamento intermitente preventivo, entre outros.

Lamentou o facto de a pulverização não estar a trazer os resultados esperados, uma vez que os rociadores não têm agido dentro das expectativas do sector da Saúde.

Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indicam que a malária continua a ser a principal causa de morte de crianças em Moçambique. Estima-se que cerca de 36000 crianças morrem de malária todos os anos.

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Angola vai produzir biocombustível e energia eólica

Director-geral adjunto da StatoilHydro em Angola, Lukoki Sebastião
Foto Angop

Angola vai apostar na produção de biocombustível e energia eólica no offshore, declarou quinta-feira, em Luanda, o director-geral adjunto da StatoilHydro em Angola, Lukoki Sebastião.

Em declarações à imprensa, no final de uma reunião que a companhia realizou com os seus trabalhadores, o responsável disse que a StatoilHydro em parceria com a Sonangol vai implementar um projecto de produção de novas energias logo que estiver criado, no país, um quadro legal que permita o exercício da actividade.

Segundo Lukoki Sebastião, essa é uma solução aos desafios do aquecimento global. "Estamos a trabalhar no desenvolvimento de uma unidade de grande envergadura para captura e armazenamento do carbono numa das nossas refinarias".

A visão da StatoilHydro, de acordo com a fonte, passa por se tornar num fornecedor importante de biocombustíveis com uma posição global a nível da produção e comercialização.

"Queremos construir uma carteira de projectos internacional na produção de biocombustíveis, combinando novos programas, aquisição e parcerias. Estamos prontos a firmar posições e competências através da produção de matéria prima, em projectos de produção de primeira geração e a ganhar vantagem competitiva a longo prazo através de tecnologia da próxima geração".

Em Angola, a StatoilHydro exerce actividade de exploração de petróleo nos blocos 15 e 17, sendo a maior empresa não-operadora no país e está entre as sete mais importantes companhias produtoras de petróleo no país, incluindo a Sonangol.

A norueguesa presta também assistência técnica a projectos da Sonangol Pesquisa e Produção nos blocos 34 e 4/05, cuja fase de produção terá o início no segundo semestre de 2008, naquele que será o primeiro projecto de desenvolvimento de um campo em offshore da SonangolP&P.

A Statoil foi constituída a 01 de Outubro de 2007 após fusão entre os negócios de petróleo e energia da Statoil e da Hidro, criadas em 1972 e em 1905 respectivamente.
Fonte: Angola Press

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Jornalista do “Notícias” ganha prémio de Educação


ARSÉNIO Manhice, jornalista do Notícias, foi o vencedor da categoria de Imprensa do prémio “Educação Faz Notícias” promovido pelo Movimento de Educação para Todos (MEPT), em parceria com a UNESCO.


Avaliado em mil dólares norte-americanos, o prémio é uma forma encontrada pelo MEPT para incentivar os profissionais de comunicação social a reportarem factos que promovam educação de qualidade e para todos que se espera seja uma realidade até 2015.
Manhice concorreu com uma reportagem intitulada “Escola Primária 3 de Fevereiro: Um Exemplo de Qualidade na Cidade de Maputo” que fala sobre a excelência daquela unidade de ensino público localizada na cidade de Maputo, apesar da falta de recursos.
Na categoria de rádio, o prémio foi para Boaventura Massango, do Instituto de Comunicação Social (INS), Maputo. Por falta de concorrentes, o prémio para a categoria de televisão não teve vencedor.


Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008:: Notícias


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Assassinado a sete anos

Siba-Siba Macuacua


A FAMÍLIA de António Siba-Siba Macuácua, ex-PCA do Banco Austral, assassinado a 11 de Agosto de 2001, quando estava a tentar recuperar o crédito mal parado do banco, queixa-se do facto do Governo e doadores incidirem as suas acções na tentativa de recuperar o crédito mal parado do banco, relegando para o segundo plano as investigações do crime. Num comunicado tornado público há dias e que leva a chancela da viúva Aquina Manjate e família, estes lamentam o facto de o Governo e os doadores trocarem informação sobre os níveis de recuperação desse crédito mal parado, mas a questão central, o assassinato, tem sido posta de parte.


Siba-Siba Macuácua, ex-funcionário do Banco de Moçambique, indicado para dirigir o processo de saneamento do Banco Austral em 2001, foi assassinado friamente a 11 de Agosto daquele ano, financeira.
No dia do seu assassinato, o ex-PCA encontrava-se no seu local de trabalho, tendo sido jogado do 15º andar por um grupo de desconhecidos ainda a monte.
No comunicado, os signatários explicam que a questão do Banco Austral tem estado na agenda do Diálogo Político entre o Governo e os doadores e, em Setembro de 2006, um grupo de trabalho conjunto foi estabelecido para discussão dos próximos passos. Mas a preocupação do Governo e dos doadores, lê-se no documento, incide apenas sobre a recuperação do crédito mal parado, ignorando completamente a investigação sobre o assassinato.

O diálogo político, segundo escreve a família do malogrado, realiza-se no quadro da revisão conjunta anual entre as duas partes, a qual serve para avaliar o desempenho do Governo na implementação do Plano de Acção para a redução da pobreza. Na esteira dessa revisão conjunta, o Governo e os doadores trocam informação sobre os níveis de recuperação do crédito mal parado, mas a questão central, o assassinato, tem sido posta de parte.

Na presente revisão conjunta, iniciada em Março e com término previsto para 30 de Abril de 2008, o Governo já forneceu aos doadores informação sobre o estágio da recuperação do crédito.
“Mas sobre o assassinato não tem havido informação sobre o curso das investigações. Este silêncio é repugnante, tanto mais que o tempo vai passando e eventuais pistas para a descoberta dos responsáveis pelo hediondo crime vão se apagando”, lê-se a dado passo do comunicado.

Na sexta-feira, dia 25 de Abril, o Governo e os doadores juntaram-se em mais um diálogo político, onde discutiram questões sensíveis no quadro do apoio orçamental. “O caso Banco Austral não se resume a dinheiro, teve uma dimensão social muito grave que foi a perda de um pai de família”.
Em Agosto deste ano vão passar-se sete anos desde o assassinato de António Siba-Siba Macuácua. A Polícia volta a dizer que pouco ou quase nada andou no capítulo das investigações.

O Banco Austral foi privatizado em 1997, mas foi alvo de fraudes e de créditos mal parados na ordem dos 150 milhões de USD. Em 2001, o Banco Austral voltou ao controlo do Estado e António Siba-Siba Macuácua foi indicado para retirar o banco do caos.
O único e considerado grande passo dado, segundo a família, foi a realização de uma Auditoria Forense em 2005, sob pressão dos doadores que canalizam fundos directamente ao Orçamento do Estado. A auditoria, segundo explicam, trouxe elementos importantes para a responsabilização criminal da gestão danosa do banco e pistas para a clarificação do crime. Mas, conforme apontam, a investigação está a correr de forma muito lenta.


Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008:: Notícias

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Navio chinês já tem autorização para atracar em Luanda

Na imagem o Navio Chines com oito contentores de armas compradas pelo governo dz Zanu-PF


O governo angolano autorizou, esta sexta-feira, o navio chinês que transporta armas para o Zimbabwe a atracar no porto de Luanda para descarregar apenas parte da carga que era destinada a este país.
Segundo a agência de notícias estatal angolana, Angop citada pela RTP, o An Yue Jiang, navio da companhia China Ocean Shipping Company, que já tinha sido impedido de atracar na África do Sul e em Moçambique, viu agora permitido o acesso ao porto de Luanda.



O polémico navio, o An Yue Jiang, vai atracar em Luanda apesar de o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos de Angola ter avançado na quarta-feira com uma providência cautelar junto do Tribunal Marítimo de Luanda para impedir que armamento chinês destinado ao Zimbabué seja descarregado em portos angolanos.
No entanto, segundo a nota do governo divulgada pela Angop, o governo garante que o armamento que o navio transporta com destino a Harare não vai ser descarregado.
A chegada ao porto de Luanda, cuja hora e dia não são avançados pela nota do governo, acontece depois de o porta-voz do governo de Pequim ter anunciado, na quinta-feira, que o navio estava de regresso à China.
A carga do navio inclui, para além de outro material para Angola, até aqui desconhecido, três milhões de munições para as espingardas automáticas AK-47, 1.500 RPG (morteiros com auto-propulsão) e mais de três mil granadas de morteiro.

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terça-feira, 29 de abril de 2008

Empresa privada inicia recolha de lixo na urbe


Recolha de lixo na cidade de Maputo está, desde semana finda, sob responsabilidade de uma empresa privada contratada pela edilidade para prestar aquele trabalho durante os próximos três anos.

Trata-se da Enviroserv, uma firma sul-africana que venceu o concurso público lançado, ano passado, pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) para a contratação de uma empresa especializada em recolha e gestão de resíduos sólidos urbanos.

No âmbito do contrato, a Enviroserv deverá colocar 70 contentores de 12 metros cúbicos na zona de cimento e garantir a sua remoção diária para a Lixeira de Hulene.

Paralelamente a isso, o CMCM assinou uma série de contratos com micro-empresas para que recolham lixo porta a porta dentro dos bairros e transport]a-lo através de carrinhas de mão, vulgo “txovas”, para os contentores da Enviroserv espalhados pela cidade.

A contratação daquela firma formalizou-se ano passado, mas ela só arrancou semana finda após finalizada a mobilização dos equipamentos, mão-de-obra e ultrapassada uma série de requisitos exigidos para a prestação do serviço ao CMCM.

Quanto à recolha porta a porta de resíduos sólidos, o CMCM sublinha que os munícipes não vão precisar de pagar, dado que as empresas que farão este trabalho possuem contratos com a edilidade e vão ser pagas com fundos provenientes da taxa de limpeza.

É neste sentido que em alguns bairros da capital, com destaque para Mafalala, Urbanização, Polana-Caniço e Hulene, são todas as manhãs vistos jovens com “txovas” a recolher lixo nas entradas das residências.

Para o sucesso da campanha, as autoridades apelam a todos munícipes no sentido de deixarem lixo à porta, de modo a flexibilizar o trabalho dos funcionários.

Ao que constat]amos, parece que a entrada do novo operador privado já surtiu algum efeito. Pelo menos ontem, os principais focos de lixo na cidade apresentavam-se limpos.

Esta é a segunda vez que o CMCM contrata um privado para a recolha de resíduos sólidos. O vencedor da primeira – a Interwaste – veio a revelar incapacidade para o trabalho, cenário que as autoridades garantem que não se vai repetir.

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Ensino a distância para 8ª classe


A partir de amanhã algumas escolas do país mais concretamente Maputo e Sofala vão ministrar o ensino a distância para estudantes que por vários motivos não concluíram os seus estudos. Este tipo de ensino a distância está aberto para todos os candidatos que queiram prosseguir com os seus estudos até a 12ª classe assegurou ao «Canal de Moçambique» o respectivo supervisor afecto a Direcção de Educação e Cultura na Cidade de Maputo, Francisco Mandlate. "Temos muitos estudantes que por vários motivos ainda não concluíram os estudos por isso que introduzimos o ensino a distância no país.
Com a introdução deste, pretendemos obter maior número de candidatos para concluiu os estudos", disse Francisco Mandlate. Segundo ele "os candidatos para o ensino a distância do nível secundário devem ter concluído a 7ª classe. Vamos dar maior primazia a rapariga estudante".

Francisco Mandlate diz ainda que "na primeira fase da introdução do ensino a distância teremos apenas o curso diurno em algumas escolas e distritos com professores permanentes para leccionar as disciplinas". "Montamos o ensino à distância em algumas escolas e distritos que não tem falta de professores de forma a que os estudantes não saiam prejudicados como também tenham um acompanhamento escolar desejado", assegurou Francisco Mandlate. Recordar que o ensino a distância introduzido no país em 1996 dava primazia aos professores que tinham o nível primário e secundário. Por outro lado Francisco Mandlate disse ainda que "os candidatos ao ensino à distância no nível secundário farão exames com nota de frequência, uma vez que frequentaram as classes em regime semi-presencial".

Questionado sobre as lacunas que os estudantes apresentam em termos de ensino, Francisco Mandlate afirmou que "as dificuldades sempre existem, mas para colmatar isso, capacitamos os professores e dotamos as escolas de material adequado para dar vazão as necessidades dos estudantes". "Preparamos este programa de forma a limar algumas dificuldades do passado logo no início das aulas. Apetrechamos as escolas de manuais e vamos disponibilizar o apoio necessário para o processo de ensino aprendizagem", disse. Os candidatos para esta modalidade terão que arcar as despesas da matrícula no valor de 280,00MT/ano.

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Polícia deteve 17 congoleses em Manica



A polícia moçambicana da Guarda Fronteira deteve, recentemente, em Manica 17 congoleses que tentavam entrar, ilegalmente, no país através da fronteira com o Zimbabwe. Deste número, 4 são homens, 5 senhoras e 8 crianças que segundo contaram aos jornalistas estão a fugir das tensões étnicas no seu país.

Segundo depoimentos de um dos detidos, que não apuramos o seu nome, o grupo saiu do Congo a 28 de Fevereiro último e estava num campo de refugiados de guerra na República do Zimbabwe.
A fonte explicou que no bairro de onde o grupo é natural há pessoas que se fazem às residências durante a noite e quando se deparam com pessoas que não sejam da sua etnia matam-nas, daí, o medo de permanecer a viver no local ser enorme.

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Um tráfico humano de luxo


Aeroporto de Mavalane recebe diariamente entre 10 a 15 estrangeiros traficados com o envolvimento dos Serviços de Migração, Aeroportos, Alfândegas, Polícia e MHS. “O País” conta-lhe o que viu e viveu, numa investigação de risco...

“O País” viu e viveu no aeroporto de Mavalane todo o esquema usado para permitir a entrada de pessoas traficadas de outros países para Moçambique. Os referidos imigrantes ilegais, maioritariamente do Centro, Sul e Médio Oriente da Ásia ( principalmente, Paquistão, Índia, Bangladesh e Líbano) são trazidos pelos voos nocturnos das companhias aéreas que escalam o aeroporto de Mavalane, em Maputo, idos da África do Sul, num esquema de tráfico que envolve um “pentágono de luxo”, composto por funcionários das Alfândegas, Migração, Aeroporto, Polícia da República e da MHS, que os protege do aeroporto até (...)

São jovens do sexo masculino com idades compreendidas entre 18 e 30 anos. Estima-se que, anualmente, desembarcam no aeroporto de Maputo entre 3.600 a 5.400 pessoas traficadas de países asiáticos e africanos.

O fenómeno do tráfico tende a tomar contornos alarmantes, com “cheiro” a ameaça às integridades territoriais. Trata-se de um tipo de tráfico que envolve avultadas somas de dinheiros. Alguns dados em nosso poder mostram que algumas quadrilhas cobram, por imigrante, valores entre 10 mil e 25 mil dólares. Parte deste valor é usado para aliciar os serviços de Migração, das Alfândegas, dos Aeroportos e da Polícia para que os deixem passar. Tratando-se de imigrantes que movimentam muito dinheiro, suspeita-se que os seus motivos para escalar o nosso país estejam ligados a crimes transnacionais, tais como o tráfico de drogas, de pessoas, lavagem de dinheiro, entre outros.

“O País” desencadeou uma série de contactos visando entender as motivações deste fluxo de imigrantes ao nosso país. As pessoas contactadas, incluindo um agente da polícia, afirmaram desconhecer as reais motivações alegando que, tratando-se de pessoas que movimentam muito dinheiro, “estaria em perigo a nossa vida”.

Alguém os espera
Eram 20h:13 (passavam três minutos após a hora marcada para a chegada do voo) quando três jovens de características indianas - podendo ser libaneses, paquistaneses, bengaleses, entre outros - entraram no edifício do aeroporto e imediatamente se dirigiram ao segundo piso, onde controlariam o voo. A nossa equipa de reportagem, também seguiu para o mesmo piso sem que tenha sido suspeita. No mesmo piso, já lá havia mais dois senhores da mesma raça, supostos patrões do grupo, totalizando assim, cinco elementos.

Poucos minutos depois, o autor destas linhas desce ao primeiro piso e verifica que o horário de chegada do voo havia sido alterado de 20h:13 para 20h:55. Eram 20h:35. Vendo que a hora se aproximava, a equipa do “O País” escala, novamente, o segundo piso. Faltavam, precisamente, sete minutos da hora marcada, quando o voo TM 306, das Linhas Aéreas de Moçambique, aterra. Imediatamente, dois deles descem ao primeiro piso e dirigem-se directamente à sala de recepção de bagagens, uma zona proibida para pessoas estranhas.
A nossa equipa de reportagem tentou entrar na mesma sala, mas por ser “estranha” não foi permitida, mesmo com argumentos esgrimidos para o efeito.

Suspense
Perante a insistência, alegando motivos de peso, eis que nos é permido o acesso à zona proibida. No interior, os estranhos éramos nós - o repórter e os três jovens -, um deles entrou tardiamente. Aí todo o cuidado era pouco, um verdadeiro filme de suspense, em que uma suspeita pode ser fatal. Havia um forte dispositivo de segurança no interior, no corredor e fora do aeroporto. O movimento era estranho.

Os três jovens – um deles deambulava de um lado para o outro, feito de controlador da situação – estavam atentos ao grupo que iam buscar. De lado onde estavam, gesticulavam para a sala de desembarque, dando sinais a eles no sentido de se dirigirem ao balcão. Uns entenderam e outros não, e continuaram na fila. O jovem que fazia movimentos “desusados” pára em frente do autor deste texto e acena com a cabeça. No entanto, os traficados não entendiam o esquema, eis que o funcionário que trazia colete da MHS chama dois indivíduos trajados de camisas amarelas com logotipo dos Aeroportos de Moçambique. Antes perguntara ao jovem quantos indivíduos vinham, se eram seis, ao que lhe é respondido que eram apenas cinco.
Os trabalhadores do aeroporto dirigiram-se a um dos balcões e fizeram sinal para que passassem. No canto, estava um polícia a paisana, outros espalhados pela sala. Na entrada da sala havia mais três polícias, e fora do edifício, mais de sete.

Os trabalhadores da Migração que se encontravam nos balcões simularam estar a fazer um “check-out”. E todos acabaram por passar. Dois dos jovens que os iam buscar dirigiram-se para fora. Muito próximo donde estava posicionado, o jovem de muitos movimentos pergunta ao outro onde estava o seu passaporte, ao que respondeu que se encontrava no bolso do casaco. Na mesma altura, o autor desta reportagem efectuava uma chamada, cujo teor era o que estava a acontecer no aeroporto. Foi quando o trabalhador que trazia o colete da MHS se dirigiu a ele e fixou-se nas suas costas, o que criou um suspense. A ideia era simples: ouvir o teor da conversa telefónica. Só que imediatamente a chamada foi interrompida.

Segundos depois, e porque só faltava a parte da recepção de valores, dirigiu-se ao exterior do edifício, enquanto, noutra sala se recebia as quantias. Aí não havia mínimas condições para a equipa se manter por mais tempo. É que a segurança era mínima. É que não deviam apresentar passaportes para fazer o “check-in”.
Fontes polícias e aeroportuárias informaram-nos que alguns haviam entregue os seus passaportes a um funcionário do aeroporto ou da Migração que depois os devolveu já fora do edifício, após pagamento dos valores combinados. “Os agentes da Migração, das Alfândegas e do Aeroporto que estiverem nos balcões deixaram-nos passar sem fazer o ‘check out’”, para dar a entender que “essas pessoas embarcaram na África do Sul, mas não há registo de desembarque em Maputo” e, consequentemente, se conclui que “não chegaram ao nosso país”, contou uma das fontes.

Os valores à solta
“O País” sabe que no voo da tarde, proveniente da África do Sul, chegaram 12 pessoas do mesmo grupo. Mais: também apurámos que os valores envolvidos em cada operação variam de 60 a 70 dólares americanos (1.500 a 2000 MT), em função do número de ilegais que chegam. Portanto, quanto maior for o número, maior será o valor que os traficantes desembolsam. Por outro lado, os jovens moçambicanos – geralmente são dois – que conduzem o grupo à viatura não têm um valor fixo por operação, havendo dias em que lhes são dados 100 MT. Em alguns momentos, quando os valores são desembolsados pelos traficados, estes jovens chegam a receber 50 dólares.
Arriscado
O esquema de segurança é forte, de tal forma que todas as movimentações são suspeitas. Sentimos isso durante o período de “check-out”. A nossa equipa foi aconselhada a partir do aeroporto rapidamente, para evitar correr riscos, alegadamente porque podiam existir membros da PRM que a tivesse descoberto. “Eles só podem ter pessoas (agentes da PRM) para os escoltar, porque, caso contrário, estes podem ser interpelados por outros elementos da PRM e serem detidos. É perigoso seguí-los, de tal forma que melhor é saírem antes”.
A nossa reportagem não conseguiu apurar onde iriam ser alojados. No entanto, os nossos informantes afastaram a possibilidade de se dirigirem a hotéis. “Acho que há apartamentos onde serão alojados”.

Dar-es-salam - Pemba, outra rota
Outros grupos de emigrantes clandestinos, dependendo dos dias, chegam no Aeroporto de Moçambique pelos voos da tarde, provenientes de Dar-es-Salam, capital da Tanzania. O grupo que usa esta rota escala, primeiro, a cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado, antes de chegar a cidade de Maputo, no entanto, em números não superiores a 10 – entre cinco a seis pessoas.
Segundo apurámos, a maioria de ilegais que usa a rota Dar-es-salam – Pemba – Maputo apresenta as mesmas aparências dos que usam a via Joanesburgo - Maputo. Desconhece-se as rotas descritas antes de escalarem África do Sul e Dar-es-salam. No entanto, “O País” sabe que a opção pela rota Dar-es-Salam para escalar Maputo pode resultar de um cenário traçado, não passando de uma simples estratégia, para evitar que haja suspeitas após a saída em massa do Aeroporto. “Mas são poucas as vezes que usam aquela via”, reforça a fonte.

Ora, há uma diferença entre o grupo que usa a rota Joanesburgo - Maputo e o que recorre à via Dar-es-salam – Pemba - Maputo. É que este último, embora siga o mesmo esquema, após a saída do aeroporto, recorre a táxis para o levar ao destino. “Se existe alguém, essa é uma pessoa que nós não vimos. Esse grupo deve ser de Magreb e Paquistão”, conta.
Curiosamente, este mês, foi repatriado, por via aérea, um grupo de imigrantes ilegais detectados em Pemba, Cabo Delgado. Trata-se de um grupo de cidadãos de diferentes nacionalidades, entre africanos e asiáticos, que entraram em Moçambique através de embarcações de pesca, via Tanzania.

Desaparecimento de 60 passaportes
Durante o último fim-de-semana, terão desaparecido 60 passaportes nos aeroportos de Moçambique. Trata-se, segundo apurámos de fontes da Migração, de passaportes de supostos imigrantes. “Houve roubo de 60 passaportes durante o fim-de-semana, mas a instituição (Migração) não quer tornar pública essa informação”.

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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Anibalzinho leva oito polícias à cadeia

Anibal Antonio dos Santos Junior (Anibalzinho)


OITO agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) afectos ao Comando da Cidade de Maputo e responsáveis pela equipa destacada para velar pela segurança da cela onde se encontra encarcerado Aníbal António dos Santos Júnior (Anibalzinho) encontram-se detidos numa das unidades da corporação e a responder em processos disciplinares, indiciados de faltar às suas responsabilidades. A detenção dos agentes, segundo dados revelados ontem, segundo dia do julgamento do “caso Albano Silva”, aconteceu pouco depois de ter sido gorada mais uma das inúmeras tentativas de fuga do réu, facto que levou a Direcção do Comando a atribuir parte das culpas ao grupo pelo facto de terem sido encontrados instrumentos cortantes nas mãos do recluso.

Sobre a questão das refeições suspensas para Anibalzinho, um dos comandantes da força que cuida dele, quando chamado pelo juiz do processo, Dimas Marrôa, a explicar com detalhe as razões que estarão por detrás da tal medida, disse que decidiram pelo extremo dada a sistemática desobediência do réu às normas vigentes, que quase sempre é encontrado com instrumentos cortantes, com os quais procura se apoiar para tentar fugir da cadeia. É que Anibalzinho não só recebe comida da responsabilidade daquele comando, como também e com maior frequência recebe refeições vindas da sua casa, sendo neste exercício que se acredita que estão a passar os referidos instrumentos para o réu.

As autoridades vão mais longe ao afirmar que outros tantos polícias estão a cumprir sanções pelos antiquados actos de indisciplina de Anibalzinho, que tem estado a investir tudo ao seu alcance para fugir da cadeia. O mau comportamento, indiscutivelmente, acaba envolvendo alguns agentes que nem sempre conseguem explicar como é que tais instrumentos chegam a ir parar às mãos dele por forma a cortar as grades.

Aliás, conforme explicou, os actos incorrectos de Anibalzinho são de tamanha monta que chegou a arrebentar um tubo de chuveiro da casa de banho da sua cela, instrumento com o qual pretendia espancar um dos agentes que o guarnece. Porque as manobras dele são tantas, os homens da lei e Oordem fizeram saber que a cela do réu está toda ela destruída, incluindo o tubo de canalização de água que o furou na tentativa de se evadir.

Há dias, segundo foi dito ao Tribunal, o réu chegou a passar, durante o período do banho solar, um objecto cortante a um dos colegas presos, para que este, à calada da noite, rompesse o cadeado e depois abrisse todas as celas para se escapulirem. Esta atitude levou a que os banhos solares fossem também cancelados ao grupo de detidos que se encontra no edifício de um piso onde funcionam as celas do Comando.

Uma das provas evidentes da tamanha indocilidade do réu foi vivida ontem, enquanto decorria a sessão. Anibalzinho desatou a bater, e durante muito tempo, a porta da cela onde está e que dista a menos de 10 metros da sala de julgamento, na tentativa de despertar alguma atenção dos presentes.
Julgado a par de outros cinco co-réus neste processo pelo seu comportamento de insubmissão crónica e na forma continuada, Anibalzinho encontra-se isolado do resto do grupo nas celas do Comando da Polícia na capital do país. Condenado por duas vezes, o réu já fugiu, também, por igual número de veze, da Cadeia de Máxima Segurança da Machava, vulgo BO.

IMPROPÉRIOS DE MAGNO QUASE PARAVAM AUDIÇÃO

O segundo dia de julgamento do “caso Albano Silva” foi marcado pelo interrogatório a Fernando Magno, a quem se atribuiu, segundo o despacho de pronúncia, a autoria do único tiro que visava pôr termo à vida do advogado Albano Silva.

O réu, que começou por negar tal acusação, chegou a ver o seu interrogatório suspenso pelo Tribunal porque, no lugar de responder às questões que lhe iam sendo colocadas, dirigia-se de forma grosseira ao advogado António Vasconcelos, que está ao serviço do ofendido Albano Silva.
Porque eram impropérios de certa forma nojentos, o juiz Dimas Marrôa decidiu parar com o interrogatório. Depois de algum tempo e após o réu prometer se comportar bem, respondendo às questões com alguma prudência, foi lhe dada mais uma oportunidade.

Na altura o juiz Marrôa chamou à atenção para o facto de o réu estar a desperdiçar uma das soberanas e derradeiras oportunidades de se defender, formulando respostas que ajudem não só o Tribunal a tomar uma decisão sábia, mas também a si mesmo.
Entretanto, com a audição de Fernando Magno, o julgamento foi interrompido, devendo os trabalhos ser retomados na próxima segunda-feira. A vez será de Anibalzinho, isto depois de ouvidos Osvaldo Muianga (Dudu) e Fernando Magno.

Sexta-Feira, 25 de Abril de 2008:: Notícias

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Dia Internacional dos Monumantos

Escultura em bronze, ilustrando a resistencia a colona em Mocambique

Lugares sagrados são bens preciosos da humanidade
“OS monumentos e sítios, em geral, e o património religioso e os lugares sagrados, em particular, são, pois, uma dimensão essencial das nossa vidas quer na ordem do material, quer na ordem do espiritual e simbólico, pois neles se conserva parte da complexa trajectória dos povos”, foi com estas palavras que Eneas Comiche presidente do Município de Maputo, destacou a necessidade de preservar os monumentos e sítios, este ano foram celebrados sob o lema “Património Religioso e Lugares Sagrados.

Aquele governante falava a 18 de Abril no edifício de Sua Alteza Aga Khan, lugar sagrado que acolheu as cerimónias centrais organizadas pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios ( ICOMOS-Moçambique).
Para Comiche a “bela Cidade das Acácias, é hoje um verdadeiro mosaico cultural, linguístico e religioso, habitado por monumentos e sítios que contribuem para a construção da nossa memória colectiva que nela estão profundamente enraizados”.

Com efeito, “os monumentos e sítios, em geral, e o património e os lugares sagrados, em particular, são, pois, uma dimensão essencial das nossas vidas quer na ordem do material, quer na ordem do espiritual e simbólico, pois neles se conserva parte da complexa trajectória dos povos”, disse o edil sublinhando, no entanto que, “ao comemorarmos esta data com o lema “património religioso e Lugares Sagrados”, nada mais estamos a fazer, senão reconhecermos a importância desta dimensão humana presente em todas as sociedades”.

Comiche aproveitou a ocasião para pedir a todos os munícipes para que se comprometam com a causa da valorização do património colectivo, “porque deve ser considerado como um meio para o conhecimento da nossa história e para a promoção da imagem e do desenvolvimento da nossa cidade”.

VALORIZAR PATRIMÓNIO HUMANO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO DO HOMEM
No encontro de reflexão havido no edifício de Aga Khan intervieram outras figuras, com o destaque para as religiosas. Assim, o presidente do Conselho Islâmico de Moçambique, Aminudin Muhamad destacou o Islão como sendo uma religião de tolerância apelando aos seus membros para que respeitem os lugares sagrados, porque estes tem uma ligação com os antepassados.
Aquele religioso enalteceu o papel que a Aga Khan tem levado a cabo na preservação dos vários monumentos do país, sublinhando a necessidade de se continuar a proteger o ser humano, pois, ele é o maior património da humanidade.

“Temos que valorizar o património humano através da formação e educação das crianças e não só, tal como tem sido a aposta da Aga Khan”, elucidou.
À este propósito convém anotar que a Fundação Aga Khan tem um projecto que visa fundar uma academia de raiz com currículo de padrão internacional. As obras de construção arrancam próximo ano, tal como explicou o vice-presidente daquela fundação religiosa, aquando da visita efectuada àquele edifício sagrado.

Enquanto isso, o arquitecto Laje da Faculdade de Arquitectura da UEM que usou da palavra, considera importante a Lei 10/88 sobre a Protecção de bens patrimoniais que defende a protecção da memória do povo, por conseguinte, um legado cultural para as futuras gerações.
O arquitecto focou aspectos relativos a normas e critérios de classificação dos monumentos, baseando-se no artigo 25/26.


Na sua alocução questionou sobre os critérios que são actualmente estabelecidos para eleger um edifício como de valor patrimonial, uma vez que a Lei 10/88 no seu Artigo 4, refere que são classificados como patrimónios aqueles que tenham sido construídos antes de 1920.
Na ocasião o Presidente da Comissão Nacional ICOMOS-Moçambique, Leonardo Adamowicz traçou um breve historial sobre o 18 de Abril, criado pela instituição que dirige em 1982 sob aprovação da UNESCO na sua 22ª Conferencia Geral.
No entanto, Foi exibido o resultado de uma pesquisa fotográfica sobre o património religioso do país, com maior destaque para igrejas católicas.

Ao acto de celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assistiram para além do Edil de Maputo, várias outras personalidades tais são os casos do presidente do ICOMOS, vice-presidente da Fundação de Sua Alteza Aga Khan, do Presidente do Conselho Islâmico de Moçambique, o representante da Primeira Dama, o secretário-geral do Conselho das religiões em Moçambique e do representante da Faculdades de Arquitectura da Universidade Eduardo Mondlane.

Um momento de cânticos de louvor foi protagonizado pelos membros das confissões religiosas convidadas, num acto que culminou com uma visita guiada aos compartimentos mais significativos do sumptuoso edifício de Aga Khan.


Edificio Agha Khan em Maputo

GOVERNO VISITA BAIXA DA CIDADE
Paralelamente a cerimónia organizada pelo ICOMOS no edifício de Aga Khan, a Direcção Nacional da Cultura (Departamento de Monumentos) organizou uma visita guiada à alguns monumentos da área classificada da Baixa da Cidade do Maputo, nomeadamente, Estação dos CFM, Mesquita da Baixa, Fortaleza Nossa Senhora da Conceição e Sé Catedral.
Foi uma ocasião para promover o diálogo inter-religioso, bem como fazer reflexão sobre a conservação e protecção desses lugares de adoração religiosa.

Um seminário que teve lugar no Centro Cultural Franco-Moçambicano foi pretexto para debater o estágio actual dos monumentos e sítios de Moçambique. A ideia de reflectir sobre eles, tem a haver com o reconhecimento da importância desta tipologia do nosso património, uma vez representar cerca de 75 porcento da nossa herança cultural.
Por outro lado a necessidade de se preservar e valorizar a vasta diversidade deste património herdado através de gerações.

Na ocasião foi sublinhado a devem continuar os trabalhos em monumentos; fundação, preservação e valorização de arquivos e museus, especialmente as colecções inerentes a matéria; salvaguarda as paisagens, nomes de lugares, ritos e peregrinações com significado e símbologia sagrada; proteger o acervo de obras de arte, ciência, construção de edifícios ( arquitectura), entre outros.

Mesquita da baixa antes das obras, meio seculo de existencia.

Foi em 1870 que um residente do então povoado pantanoso decidiu ofertar à comunidade a que pertencia, haveres e terrenos existentes na então denominada Travessia do Funil, hoje Rua da Mesquita, para que nela se construísse a Mesquita.
Começou por uma modesta barraca de madeira e zinco, onde com toda a regularidade, passou a ser exercido o culto islâmico.

Em 1887, ano da elevação da povoação à categoria de cidade, a barraca de zinco foi substituída por uma construção mais ampla em alvenaria.
A Mesquita, com planos rectangulares e em estilo árabe, tinha a particularidade de não ser cópia de qualquer mesquita conhecida. Nela ficou transparecido todo o simbolismo islâmico.
Contudo, o edifício sofreu em 19021 algumas alterações tendo ficado com seis minaretes parabólicos e no topo com dezoito pequenos crescentes, símbolos do islâmico.
Entretanto, foi em 2003 que o edifício da Mesquita sofreu outra restauração. Em Setembro de 2005 a mesma foi reinaugurada com uma nova roupagem, sem no entanto, perder o seu traço arquitectónico original.

Ao longo do tempo, a cidade velha foi pantanosa na então Lourenço Marques, perdendo a sua fisionomia primitiva, hoje apresenta-se hoje com prédios novos e modernos que acompanham o crescimento da própria urbe.


Se Catedral, uma das mais antigas...

A criação de uma Paróquia na cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, data de meados do século XVIII. Inicialmente dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, passou em 1884 a ser invocada como de Nossa Senhora da Conceição de Lourenço Marques, dispondo da Igreja Paroquial junto das actuais instalações da Rádio Moçambique.

Com efeito, foi a 15 de Agosto de 1931 que o Governo Geral José Pereira Cabral doou o actual terreno, vindo a primeira pedra a ser lançada a 26.08. 1936 pelo Prelado de Moçambique cessante. Dom Rafael Maria da Assunção, já então transferido para Bispo de Cabo Verde. As obras arrastaram-se por oito anos, até a sua inauguração a 15 de Agosto de 1944 pelo Cardeal Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, Patriarca de Lisboa, investido na qualidade do Legado do papa Pio XII. Na nova catedral ficou, assim, instalada a actual Paróquia da Sé Catedral, cujo primeiro pároco foi o Monsenhor António Alves Martins, a sua morte em Fevereiro de 1959. Ao longo de décadas passaram pela Sé Catedral vários chefes religiosos.

BREVE HISTORIAL DA DATA
O Dia Internacional de Monumentos e Sítios foi criado a 18 de Abril de 1982, pela ICOMOS e em 1983 foi aprovado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, ciência e Cultura), na sua 22ª Conferencia geral. Este Dia oferece uma oportunidade especial para elevar a consciência pública relativa à diversidade do património mundial e os esforços que são exigidos para proteger e conserva-la, como também chamar atenção a sua vulnerabilidade.

Entre 25 e 31 de Maio de 1964, na cidade histórica-cultural de Veneza realizou-se um encontro sobre o tema. Desse encontro, saíram várias resoluções, das quais, duas viriam a ter um impacto particular ao marcar uma nova era no domínio da conservação e restauro dos monumentos e sítios: o documento conhecido por carta de Veneza e a sua consequente criação do Conselho Internacional dos Monumentos e sítios (ICOMOS).

A comemoração do 18 de Abril tem como objectivo; aumentar a consciência pública relativamente á diversidade do património e á necessidade de proteger e conservar o património, chamando-se a atenção para a sua vulnerabilidade. È portanto, uma data em que se procura celebrar a solidariedade internacional em torno do património de todo o mundo, reclamando colectivamente o imperativo da sua salvaguarda e valorização.


Igreja da Polana em Maputo


O QUE É UM MONUMENTO
Um monumento é uma estrutura construída por motivos simbólicos ou comemorativos, mais do que para uma utilização de ordem funcional.
Os monumentos são geralmente construídos com o duplo objectivo de comemorar um acontecimento importante, ou homenagear uma figura ilustre e, simultaneamente, criar um objecto artístico que melhorará o aspecto de uma cidade ou local.
Entretanto, estruturas funcionais que se tornaram notáveis pela sua antiguidade, tamanho ou significado histórico, podem também ser consideradas monumentos.

Quarta-Feira, 23 de Abril de 2008:: Notícias

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Magno nega atentado contra Albano Silva


No segundo dia de julgamento, iniciado esta quarta-feira, o tribunal ouviu, em declarações, o réu Fernando Magno, que negou que tenha havido um atentado contra a vida do advogado Albano Silva. “Não é possível que Albano Silva haja sido atentado”, disse Magno sem explicar as razões que lhe faziam duvidar.

O réu, contudo, disse conhecer os co-réus Momade Assif Abdul Satar (Nini) e Aníbal dos Santos Júnior (Anibalzinho). Quanto ao primeiro, afirmou-o ter conhecido entre 1996 e 1997, ambos frequentavam o casino do Hotel Polana, local onde travaram amizade.
Sobre Anibalzinho, garantiu que a amizade deriva do facto de ele ser mecânico. Sendo que frequentemente mandava os seus carros para serem reparados.

Aliás, disse que foi em virtude da amizade que ligou insistentemente a Anibalzinho nas vésperas do atentado contra o causídico. Negou, no entanto, que o facto de lhes ter ligado tenha alguma ligação com o atentado.
O tribunal quis igualmente saber de Fernando Magno o que ditou a sua prisão, ao que explicou que se encontra detido devido o facto de ter confessado, durante a instrução do processo, que fora ele que atentou contra a vida de Albano Silva.

Acrescentou ter confessado o crime a mando do então director da PIC da cidade de Maputo, António Frangoulis, que alegadamente lhe prometeu safar.
Amanhã haverá um interegno, sendo que o julgamento retoma na próxima segunda-feira provavelmente com a audição dos réus Anibalzinho e Dangerman.

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Moçambique realiza seis operações ao coração

O Hospital Central de Maputo (HCM), realizou, esta semana, pela primeira vez na sua história, um total de seis operações, com sucesso, ao coração, das quais duas ao coração aberto, uma ao fechado e as restantes aos pulmões. Tal foi possível graças a uma máquina que custou ao Ministério da Saúde cerca de 150 mil euros.

É uma cirurgia delicada, segundo Atílio Morais, cirurgião cardiotoráxico e vascular, pois é feito com o coração totalmente parado e o pulmão sem ventilação, onde especialistas identificam o doente como morto.

Uma ou duas horas, dependendo do caso de cada paciente, são suficientes para este tipo de operação. Até ao momento, não há estatísticas quanto aos casos cardiovasculares que surgem no país e que necessitem deste tipo de operação, mas Moçambique dispõe de capacidade para fazer o diagnóstico.

As províncias de Maputo, Sofala e Nampula são as que dispõem de cardiologistas e de capacidade para diagnosticar problemas cardiovasculares.
De referir que a equipa médica moçambicana especializada para estes casos trabalha em parceria com a de Valência, de Espanha.

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Marinha de Guerra reforçada

A MARINHA de Guerra de Moçambique conta com mais duas embarcações, oferecidas pelos Estados Unidos da América ao abrigo dos acordos de cooperação existentes entre os dois países.

As embarcações foram entregues ontem, em Maputo, num acto em que estiveram presentes o Ministro da Defesa Nacional, Filipe Nhussi, e altas patentes militares, bem como o Encarregado de Negócios dos Estados Unidos da América, e vão contribuir nos esforços do Governo visando equipar, com qualidade e em quantidade, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique.

Sexta-Feira, 25 de Abril de 2008:: Notícias

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Graça Machel “honoris causa”


GRAÇA Machel tornou-se ontem na primeira africana a ser investida doutora “honoris causa” pela Universidade de Barcelona, Espanha, em reconhecimento do seu contributo para o mundo da ciência, do conhecimento e da cultura.

Graça Machel, presidente do Fundo da Aliança Global de Vacinas e Imunização (GAVI), viúva do antigo presidente moçambicano Samora Machel e esposa do ex-chefe do Estado sul-africano, Nelson Mandela, foi agraciada num acto oficial na universidade, em que o reitor da UB, Josep Samitier, recordou os valores que ela representa: “justiça, liberdade e democracia”. Samitier destacou a luta de Graça Machel “para combater as doenças transmissíveis, especialmente a SIDA, bem como a favor da igualdade, da mulher e da educação”.

Graça Machel, declarando-se muito feliz pelo reconhecimento, notou que coincidiu com a celebração do Dia do Livro e referiu que “muito continua por fazer para melhorar o planeta. Ainda há milhões de pessoas que sobrevivem com menos de um dólar por dia, mais de 10 milhões de crianças morreram antes dos cinco anos com doenças que se podem prevenir e mais de mil milhões de pessoas são analfabetas, dois terços das quais mulheres”. Referindo-se às melhorias das condições de vida em Moçambique e no Continente Africano, disse que é essencial redobrar os esforços para “conseguir que todas as crianças recebam as vacinas essenciais”.

Quinta-Feira, 24 de Abril de 2008:: Notícias

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Jornalistas da TVM e RM ganham prémio



UNICE Matavele, jornalista da Televisão de Moçambique (TVM), e Hermínia Francisco, da Rádio Moçambique (RM), foram as grandes vencedoras da primeira edição do prémio jornalístico sobre malária nas categorias de televisão e rádio, respectivamente, uma realização que se caracterizou por fraca participação dos jornalistas.

Promovido pela Malaria Consortium Moçambique, o prémio foi divulgado na cidade de Maputo no arranque das actividades da Semana de Luta contra Malária, que amanhã se assinala em todo o mundo. Além de receberem certificados, as laureadas deverão viajar para o Gana, onde irão manter encontros de troca de experiências com jornalistas e médicos da “African Media and Malaria Research Network - AMMREN”.

Quinta-Feira, 24 de Abril de 2008:: Notícias

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Paradeiro de navio chinês com armas para o Zimbabwe envolto em mistério


Tudo quanto se sabe a respeito da localização do navio de pavilhão da República Popular da China, An Yue Jiang, que se presume ainda tenha a bordo 77 toneladas de material bélico destinadas ao regime de Harare, é que às 16h20 (hora de Moçambique) do dia 22 do corrente encontrava-se a 57 milhas do Cabo da Boa Esperança, a sul da Cidade do Cabo.

Um comunicado de imprensa da Unidade de Informações Marítimas (MIU) da seguradora Lloyds, refere que os movimentos do An Yue Jiang estão a ser seguidas através de portos que poderão ser escalados pelo navio já que este poderá ter desligado o transponder de bordo. Trata-se de um sistema de rádio ou radar que ao receber um determinado sinal, emite um sinal de rádio próprio que possibilita a sua detecção, identificação e localização.

A MIU acrescenta que há em África, na região a Sul do Equador, 32 portos que poderão ser utilizados pelo An Yue Jiang. A possibilidade do navio transferir a sua carga para uma outra embarcação, ou até mesmo de ser reabastecido, no alto mar, não é excluída pela unidade da Lloyds, que destaca o facto de momento haver dois navios pertencentes à mesma empresa armadora do «An Yue Jiang», a COSCO (China Ocean Shipping Group Company), a navegar na referida zona. Com uma capacidade de deslocação de 15 nós, o «An Yue Jiang» estaria a navegar a uma velocidade inferior a fim de poupar combustível.

O navio chinês dispõe de seis guindastes, nomeadamente dois com capacidade para manusear 50 toneladas de carga, e quatro outros que podem levantar cargas de 10 toneladas. Esta característica do «An Yue Jiang» faz com que ele possa proceder à baldeação de carga para um outro navio em pleno alto mar.

(Redacção / MIU)

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Associação de Médicos confirma casos de violência e turtura.


Embora o regime de Harare tenha desmentido notícias veiculadas pela imprensa independente, e reiteradas ontem em Maputo pelo presidente do MDC, Morgan Tsvangirai, reportando casos de tortura, dados divulgados pela Associação de Médicos pelos Direitos Humanos do Zimbabwe (ZADHR) provam a autenticidade das denúncias. Num comunicado, a ZADHR refere que entre 29 de Marco, data em que se realizaram as eleições no Zimbabwe, e o dia 14 de Abril, membros daquela associação haviam tratado 157 casos de ferimentos resultantes de violência e tortura. Até às 12 horas do dia 15 de Abril, acrescenta o comunicado, 30 dos pacientes ainda se encontravam hospitalizados. Um terço dos pacientes é constituído por mulheres, incluindo uma rapariga de 15 anos que foi raptada, juntamente com a mãe, e forçada a deitar-se de barriga para baixo, tendo depois sido chamboqueada nas nádegas.

A mãe, que se encontra grávida, sofreu as mesmas sevícias, e tal como a filha teve de ficar internada num hospital. Referindo-se às províncias onde se têm registado casos de tortura, a ZADHR cita Manicaland, que faz fronteira com Moçambique, Mashonaland Oriental, Mashonaland Ocidental e Masvingo. As 30 vítimas que se encontram hospitalizadas são originárias da região de Mudzi.

O ferimento mais comum observado pelos médicos filiados na ZADHR situava-se na zona das nádegas, com a particularidade de mostrar tecido extensivamente macio o que resulta de agressão prolongada com recurso a objecto rijo e contundente. O sinal mais visível é a presença de contusões em áreas extensas, ocorrendo ainda danos substanciais dos tecidos sob a pele, incluindo os músculos. Este tipo de destruição do tecido muscular, salienta o comunicado da ZADHR, pode causar graves problemas renais. A ZADHR acrescenta que nove pacientes sofreram fracturas (ossos partidos), quase todos eles dos braços (cúbito e/ou rádio) e/ou das mãos (metacarpos e/ou falanges).

Um homem que foi observado pelo pessoal da ZADHR tinha múltiplas escoriações nas costas, fracturas no rádio direito e esquerdo, no cúbito esquerdo, e no terceiro e quarto metacarpos da mão direita. Estas fracturas são típicas de “ferimentos em defesa”, quando uma vítima ergue as mãos e os braços para proteger a face ou a parte superior do corpo durante uma agressão física. Um outro paciente tinha uma fractura exposta na perna (tíbia), resultante de agressão com objecto contundente sobre todas as partes do corpo.

(Redacção / www.kubatana.net)

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

CFM adquire novas carruagens


A empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) acaba de comprar um numero não especificado de carruagens com vista a colaborar na minimização da falta de transporte público que a cidade de Maputo tem vindo a viver.

Dois milhões de dólares é o valor que a empresa desembolsou para a aquisição destas carruagens compostas por três unidades triplas com capacidade para 120 passageiros.

As automotoras vão operar nas rotas Marracuene/Matola Gare, enquanto se aguarda pelo estudo do impacto social a ser efectuado na fase experimental do funcionamento daqueles meios de transporte.

Fonte: Jornal O Pais

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Salario Minimo vai melhorar

Pelo menos oito sectores de actividade deverão já ter acordado níveis de reajustamento do salário mínimo até ao final de Abril corrente, atendendo ao progresso das negociações que estão a ser desenvolvidas a nível sectorial. Até ao momento, pelo menos seis sectores já têm propostas de reajustamento, que variam entre 15 e 30 por cento em relação ao actualmente em vigor. Francisco Mazoio, representante dos sindicatos e que falou à nossa Reportagem em nome das partes em negociação, disse que até aqui não está claro sobre o sector nove, que compreende a administração pública, defesa e segurança, uma vez que o Governo ainda não se pronunciou sobre os seus representantes na mesa negocial.Os sindicatos já declararam que estão preparados para discutir o salário mínimo a nível deste sector, visto que já dispõem de uma comissão integrando representantes da Organização dos Trabalhadores de Moçambique e das organizações socioprofissionais da área. Os outros sectores são os da agricultura, pecuária, caça e silvicultura, pescas, indústria e extracção de minerais. Foi definido, igualmente, o sector da indústria transformadora, da produção e distribuição de electricidade, gás e água, construção, das actividades e serviços não financeiros e o das actividades financeiras.
Segundo Francisco Mazoio, os índices acordados nos seis sectores são, regra geral, superiores aos da revisão alcançados nas discussões do ano passado, e confirmam a ideia segundo a qual os sectores com possibilidades poderiam fixar salários mínimos acima da média nacional.
Mazoio disse que o actual processo é mais trabalhaso em relação ao critério de fixação do salário mínimo para dois grupos que vigorava até ao ano passado. Entretanto, esperam-se melhores resultados em relação aos critérios que até então vigoravam.
Questionado sobre eventuais atrasos no processo de fixação do salário mínimo seguindo a actual modalidade, a nossa fonte disse que era previsível que houvesse alguma demora, mas no caso vertente ainda está-se dentro dos prazos.
“Será possível que até 1 de Maio tenhamos o processo acordado em oito dos nove sectores”, garantiu. Uma vez acordados os valores da revisão por sectores de actividade, seguem-se as discussões a nível da Comissão Consultiva do Trabalho, a quem compete remeter os resultados ao Conselho de Ministros, que decidirá em última instância.A fixação dos sectores segue-se a um memorando de entendimento assinado entre os parceiros sociais em Março do ano passado. O actual salário mínimo está fixado em 1645 meticais.
Fonte: Jornal Zambeze

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Mutola em Maputo


A corredora moçambicana, Lurdes Mutola, encontra-se desde o princípio desta semana em Maputo, onde irá continuar o seu programa de preparação com vista ao próximo campeonato africano de atletismo e aos Jogos Olímpicos de Beijing, competições a terem lugar, este ano, na Etiópia e China, respectivamente.

Os Jogos Olímpicos de Beijing, que se realizam de 6 a 17 de Agosto, serão o último desafio da "menina de ouro" nas pistas. Mutola vai-se despedir do atletismo na China.

Na tarde desta quinta-feira, Mutola efectuou, no Parque dos Continuadores, no centro da cidade de Maputo, mais uma sessão de treino inserida na preparação dos Jogos Olímpicos de Beijing.
Mutola treinou-se ao lado de outras atletas moçambicanas que vão participar, no próximo mês de Maio, no africano da Etiópia, como são os casos de Tina da Glória e Elisa Cossa, que não conseguiram os mínimos para os Jogos Olímpicos Beijing.

Fonte: O Pais Online

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Governo sul-africano estuda apoio a fundição de aço no país


O governo sul-africano admitiu terça-feira apoiar a construção de novas fundições na África do Sul e em Moçambique para forçar uma redução dos preços do aço no país, cujo mercado é dominado pelo líder mundial da indústria, ArcelorMittal.
Em declarações à imprensa sul-africana, o ministro sul-africano do Comércio e Indústria, Mandisi Mpahlwa, afirmou que estão a ser consideradas “várias alternativas” para aumentar a produção de aço na África do Sul.

Sipho Zikode, director da Industrial Development Corp, empresa pública responsável pela supervisão dos estudos de viabilidade, adiantou que até Setembro, o governo sul-africano deverá ter na sua posse os elementos necessários para tomar uma decisão sobre os projectos a apoiar.
"Vai depender dos estudos se é possível ter ambas" as fundições de aço, uma na África do Sul e outra em Moçambique, afirmou Zikode.

A construção de uma fundição na África do Sul conta com o interesse assumido da indiana Tata Steel, enquanto a sul-africana Palabora (grupo Rio Tinto) e a Anglo-American estão a estudar a construção de uma unidade semelhante no porto moçambicano de Maputo.

O projecto moçambicano está a ser acompanhado pelo governo moçambicano e pela empresa de investigação mineira Mintek, detida pelo Estado sul-africano.

Jornal O Pais

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Conferência traça estratégias contra a pobreza na SADC


Os chefes de Estado e de Governo dos países da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) aprovaram no domingo, em Port Loius (Ilhas da Maurícias), um conjunto de estratégias com vista a redução da pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável na região.O Primeiro-ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos, em representação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, chefiou a delegação angolana ao evento, que visou discutir metas para reduzir a pobreza até 2015.

Segundo a ministra do planeamento, Ana Dias Lourenço, em declarações à imprensa, no final da conferência, os Chefes de Estado e reafirmaram a necessidade de a SADC operacionalizar as suas estratégias e programas para o combate a pobreza. Foi ainda enfatizada a necessidade de deixar as palavras e avançar para acções, concretizando os planos para que se possa aliviar e combater a pobreza na região.

A ministra do Planeamento Informou que na declaração aprovada na Conferência foram identificadas as grandes prioridades de desenvolvimento da SADC.

Segundo disse, a problemática das infra estruturas, da integração económica regional do comércio e do género foram consideradas como prioritárias e fundamentais para que se possa efectivamente garantir um crescimento e desenvolvimento sustentáveis na região no combate à pobreza.

Sublinhou que os participantes reafirmaram a necessidade de se aprofundar as parcerias públicas/privadas e com os representantes da sociedade civil na implementação de acções com vista o combate à pobreza.

Os participantes manifestaram ainda a necessidade do desenvolvimento financeiro na região, valorizando a concepção de micro crédito e direccionado essencialmente para as mulheres e comunidades em geral. Entretanto, o presidente da SADC, Levy Muanawasa, considerou gratificante a conferência, pelo facto dos chefes de Estados e de Governo ou seu representantes terem afirmado o empenho para a redução da pobreza e atingir os objectivos do milénio, nomeadamente a garantia de condições dignas aos cidadãos até 2015.

O Também presidente da Zâmbia apelou os parceiros de cooperação e desenvolvimento no sentido de criarem facilidades de acessos ao fundo. "Temos de fazer uma mudança pragmática nos domínios das infra-estruturas e da SADC", enfatizou. Participaram na cimeira os representantes, ao mais alto nível, das repúblicas da Africa do Sul, Angola, Botswana, Democrática do Congo, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabué e os Reinos do Lesotho e Swalizândia. Estiveram igualmente o Presidente da República Federal Islâmica das Comores, o primeiro-ministro da Noroega, o vice-presidente da Seychelles, o comissário europeu para ajuda e desenvolvimento, o secretário geral da Commonwealth e um representante do Brasil e parceiros sociais de vários países. A reunião analisou a agenda de integração regional da SADC- rumo ao crescimento económico e a erradicação da pobreza” e “dimensões sociais e ambientais da na região”.

Fonte: Angola Press

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Moçambola-2008: Campeão soma e segue


DIVIDENDOS de ouro, é o que o Costa do Sol colheu na quarta jornada do Moçambola-2008. Com efeito, mercê do seu triunfo sobre o Estrela Vermelha por uma bola sem resposta e dos desaires dos outros candidatos ao título, o campeão acabou por aumentar para quatro pontos a sua vantagem sobre os segundos classificados, uma margem de certo modo confortável para a formação orientada por João Chissano, enquanto, em contraponto, o Desportivo continua a não reconhecer-se neste campeonato, tendo agora caído abaixo da “linha de água”.

Os principais adversários dos “canarinhos” tiveram uma jornada extremamente complicada, senão vejamos: o Ferroviário de Maputo foi a Nampula empatar (1-1) com o seu homónimo de Pemba, o Desportivo perdeu (2-0) diante da Liga Muçulmana e o Maxaquene foi derrotado (1-0) pelo Atlético Muçulmano. Mais ainda: Chingale e Ferroviário de Nampula, que vêm perseguindo o Costa do Sol na tabela classificativa, não foram além do 0-0 no desafio entre si, em Tete.

No Chiveve, teve lugar o embate entre as duas formações sofalenses na prova, tendo o Ferroviário da Beira somado os seus primeiros três pontos, ao bater o Benfica de Macúti por 2-0, enquanto, no Estádio Municipal 1º de Maio assistiu-se a uma partida bastante interessante entre FC Lichinga e Textáfrica do Chimoio, com os locais a ganharam por 2-1.

Na classificação, Costa do Sol continua invicto e destacado com 12 pontos, seguido do Ferroviário de Maputo, Atlético Muçulmano, Ferroviário de Nampula e Chingale, com oito cada; Liga Muçulmana e FC Lichinga, sete; Maxaquene e Textáfrica, quatro; Ferroviário da Beira e Estrela Vermelha, três; e, na zona da despromoção, Desportivo e Ferroviário de Pemba, dois; e Benfica de Macúti, zero ponto.

21 de Abril de 2008:: Notícias

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Mau tempo em Maputo e Gaza


AS cidades de Maputo e Gaza estão desde ontem sob influência da passagem de uma frente fria associada a forte actividade consectiva, caracterizada por aguaceiros e chuvas fracas, localmente moderadas, acompanhadas de trovoadas e ventos fortes.
Esta informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), citada pelo “Domingo”, e prevê para hoje uma acentuada descida de temperatura nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane e a continuação de períodos de chuvas acompanhadas de ventos fortes, principalmente ao longo da faixa costeira.

Notícias 21 de Abril de 2008::

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Expansão e formação elevam prestígio da UP


A EXPANSÃO geográfica e de cursos projectou a Universidade Pedagógica (UP) para um nível cada vez mais prestigioso e adequado para responder às necessidades em quadros especializados quer para o sector de Educação, quer para as diversas áreas de actividade na sociedade, no geral.

Com efeito, se em 2005 a UP tinha 5.539 estudantes, no ano passado o número subiu para 31.695, segundo revelou sábado passado, em Maputo, o reitor daquela instituição de ensino público, Rogério Utui.

O reitor falava na cerimónia de graduação de 884 profissionais dos 1112 que concluíram a formação académica em diferentes especialidades no ano lectivo de 2007.
A cerimónia foi marcada pela habitual afluência de familiares, colegas e amigos dos graduados, tendo como convidado de honra o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Mulémbwè, e o Ministro das Finanças, Manuel Chang, em representação do Governo.

Além da atribuição dos canudos, a UP distinguiu aqueles que em tempo académico tiveram o melhor aproveitamento, bem como os graduados mais novos e mais velhos, quer no nível de bacharelato como no de licenciatura.
O evento serviu também para a graduação dos que terminaram o curso de 12+1 e que irão preencher as lacunas em professores nos diferentes estabelecimentos de ensino.
Na ocasião, Rogério Utui parabenizou os graduados, apelando para a necessidade de dignificarem a instituição e de saber solucionar os diferentes problemas que surgem no dia-a-dia nos locais de trabalho e na sociedade no geral.

Conforme disse, a UP está empenhada na busca “de tudo” que possa melhorar ainda mais a qualidade de formação, ao mesmo tempo que alarga a sua presença nas províncias. Nesta perspectiva, já possui delegações no Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo (sede).

“Nos seus primeiros anos de actividade, a UP restringiu-se a dar o seu contributo à área específica de formação de professores e outras directamente ligadas à Educação. Hoje, esta situação mudou”, apontou.
Com a expansão, além de evitar a emigração de estudantes de uma província para outra, pretende-se responde à necessidades financeiras da instituição, por forma a materializar os seus objectivos.

“O maior número de estudantes concentra-se em Maputo, com cerca de 17 mil, seguindo-se as delegações de Sofala e Nampula”, frisou.
Em termos do corpo docente, a UP tem 750 que trabalham a tempo inteiro, dos quais 350 estão na sede. Do universo global dos docentes, 10 porcento têm o grau de doutor em várias especialidades.

Por seu turno, Manuel Chang afirmou que o Governo tem o sector da Educação como uma das prioridades, sabido que um homem formado possui maiores aptidões psíquicas para enfrentar os desafios do combate contra a pobreza absoluta.
Segundo ele, os graduados devem lutar não só para a sua auto-realização, como contribuir para o desenvolvimento do país.

Com cerca de duas décadas de vida, a UP ministra hoje, em cinco faculdades, 21 cursos, todos eles configurados numa versão bietápica, nomeadamente bacharelato e licenciatura.

21 de Abril de 2008:: Notícias

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quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cabo Verdiana arrecada premio de Jornalismo D. Djuta Ben David

A quarta edição do prémio de jornalismo, D. Djuta Ben David - Jornalismo pela Integração dos Imigrantes, foi apresentada ontem na cidade da Horta, nos Açores, uma iniciativa conjunta da Direcção Regional das Comunidades dos Açores e da Associação dos Imigrantes nos Açores.
A vencedora do prémio D. Djuta Ben David, uma cabo-verdiana, autora do livro - Jornalismo pela Integração dos Imigrantes, terá direito, este ano, a um diploma e uma viagem ao Brasil, com estadia durante sete dias.

A directora regional das Comunidades Alzira Silva, justificou a iniciativa com o facto da população imigrada corresponder já a cinco/seis por cento da população activa nas ilhas, o que significa uma "percentagem significativa".
O concurso é aberto aos jornalistas e fotojornalistas com trabalhos publicados nos Açores, entre 14 de Setembro de 2007 e 30 de Junho de 2008, no âmbito da problemática da imigração e das relações inter-culturais.
A data limite para a apresentação de candidaturas ao Prémio de Jornalismo D. Djuta Ben David é o dia 7 de Julho de 2008.
O momento, foi igualmente aproveitado pelo Governo Regional dos Açores para anunciar a realização de um inquérito junto dos imigrantes com vista a apurar as suas áreas laborais e saber se pretendem ver a sua situação evoluir para outras áreas.

De acordo, com a directora regional das Comunidades, os resultados do inquérito vão permitir ajustar as políticas do Governo Regional, numa acção integrada entre diversos departamentos, no sentido de uma evolução positiva e constante.

Fonte: Expresso das Ilhas

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Papa é recebido hoje, dia do seu aniversário, na Casa Branca

Lider da igreja Catolica, o Papa Bento XVI


No mesmo dia em que faz 81 anos, Bento XVI é recebido pelo casal presidencial norte-americano, que oferece uma cerimónia de boas vindas nos jardins da Casa Branca, onde são esperadas 12 mil pessoas.

Esta será a maior recepção já destinada a um chefe de Estado pelo presidente Bush em todo o seu mandato. Uma salva com 21 tiros, uma recepção para cerca de 12 mil pessoas e uma apresentação da soprano Kathleen Battle são alguns dos destaques da sumptuosa recepção que a Casa Branca destinará ao papa Bento XVI nesta quarta-feira.
Bento XVI iniciou a viagem com um pedido de desculpas pelos abusos sexuais cometidos por sacerdotes norte-americanos, que qualificou de «vergonhosos» e na agenda do Papa estão assuntos como os direitos humanos, imigração ou tolerância religiosa, mas as atenções estão viradas para os recentes escândalos de pedofilia que assombram a Igreja Católica.
O presidente dos Estados Unidos e o Papa compartilham uma série de ideais, entres eles a condenação ao aborto, às pesquisas com células-tronco e à defesa da abstinência como forma de combate à SIDA.
Numa entrevista dada recentemente George W. Bush afirmou que ele e o papa «acreditam que existe o certo e um errado na vida e que o relativismo moral tem o perigo de minar a capacidade de termos sociedades mais esperançosas e livres».
O líder americano foi pessoalmente à base militar Andrews, em Maryland, receber Bento XVI, prática que nunca reservou a nenhum outro dignitário internacional durante o seu mandato.

Fonte: PNN Portuguese News Network

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quarta-feira, 16 de abril de 2008

MDC apresenta condições para uma Segunda Volta Eleitoral

Bandeira do MDC do Zimbabwe

O Movimento para a Mudança Democrática (MDC), principal partido da oposição no Zimbabwe, disse que o seu líder, Morgan Tsvangirai, poderia tomar parte numa segunda volta das eleições presidenciais desde que fossem cumpridas certas condições. Um porta-voz do partido disse que uma segunda volta deveria contar com a presença de observadores internacionais, salientando que as condições prevalecentes no Zimbabwe não permitiam um escrutínio livre e justo.

A posição agora assumida pelo MDC surge numa altura em que o partido dirigente da África do Sul, o ANC, se distanciou do presidente sul-africano, Thabo Mbeki, exigindo que a Comissão Eleitoral do Zimbabwe divulgue os resultados das eleições presidenciais com carácter de urgência. Voltando a contrariar a atitude de Mbeki, o Comité Nacional do ANC foi ainda mais longe, considerando existir uma crise no Zimbabwe. Nas vésperas da cimeira da SADC realizada em Lusaka o último fim-de-semana, o presidente sul-africano havia recomendado paciência até que os resultados das eleições presidenciais fossem divulgados, para depois negar a existência de uma crise política no Zimbabwe.
Baleka Mbete, membro do Comité Executivo Nacional do ANC, considera que a não divulgação dos resultados duas semanas após a realização do escrutínio significa que algo de errado se está passar no Zimbabwe. Por seu turno, o secretário-geral o ANC, Gwede Mantashe, disse que o seu partido iria entabular negociações com a ZANU-PF e o MDC com vista à resolução da crise provocada pelo regime liderado por Robert Mugabe.


No Zimbabwe, a greve geral declarada pelo MDC em protesto contra a recusa do regime em divulgar os resultados das eleições presidenciais, não surtiu o efeito desejado. Segundo agências noticiosas, bancos, estabelecimentos comerciais e escritórios mantiveram as portas abertas durante o dia de ontem.
Fonte: Jornal canal de Mocambique 2008-04-16

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Moçambique tera segundo cabo de fibra óptica


Moçambique poderá ter, até 2010, um segundo cabo submarino de telecomunicações, ou seja, cabo de fibra óptica ligando os países da África Austral e Oriental com a Índia, Europa e América.

A ligação, para além de Moçambique, vai ligar a África do Sul, Madagáscar, Tanzania e Quénia à Índia, Europa, concretamente França e Reino Unido, bem como aos Estados Unidos da América.
Trata-se de um cabo que será colocada a 12 milhas da costa em direcção à praia da Costa do Sol. O mesmo vai passar pela área onde está instalado o cabo submarino da empresa Telecomunicações de Moçambique (TDM), que liga a cidade de Maputo, a Nampula, passando pela cidade da Beira, em Sofala.

O projecto de montagem do novo cabo de fibra óptica é de iniciativa privada, de uma empresa de capital nacional e estrangeiro, denominada CAPITEL em parceria com a SEACOM (Companhia Africana de Cabos Submarinos).

O presidente da CAPITEL, Alcido Ngwenha, disse que neste momento, estão em curso actividades de consulta pública para identificar as preocupações das populações e questões que devem merecer especial atenção dos consultores durante o processo de elaboração do estudo de impacto ambiental.

O estudo de impacto ambiental deverá terminar até Novembro do presente ano, devendo em Janeiro de 2009 iniciar as primeiras experiências para garantir que em 2010 o cabo esteja efectivamente funcional.
A instalação desse cabo de fibra óptica vai permitir uma maior e mais rápida circulação de informação.
Fonte: Jornal O Pais 12/04/2008

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