AS receitas resultantes da exportação do camarão decresceram de 92 milhões de dólares, em 2006, para 78 milhões em 2007, devido à baixa de produção influenciada pela crise que afecta o mercado mundial dos derivados do petróleo e pela obsolescência do equipamento.
Este ano, apenas 51 das 59 embarcações autorizadas a operar na pesca do camarão requereram licenças, devido a dificuldades que os respectivos proprietários têm de assegurar um abastecimento regular de combustíveis para se fazerem ao mar.
Este ano, apenas 51 das 59 embarcações autorizadas a operar na pesca do camarão requereram licenças, devido a dificuldades que os respectivos proprietários têm de assegurar um abastecimento regular de combustíveis para se fazerem ao mar.
Segundo Ivone Lichucha, directora nacional de Administração Pesqueira, a baixa de produção no biénio 2006/2007 também afectou outros produtos de exportação, como o camarão de águas profundas, a gamba e kapenta, situação que põe em causa a prestação global da indústria pesqueira nacional, que contribui com cerca de três por cento para o Produto Interno Bruto (PIB).
Outro constrangimento que afecta a actividade piscatória é, segundo a fonte, a crescente intervenção de operadores ilegais perante a incapacidade do Estado de exercer o necessário controlo efectivo da situação, devido a carências de meios para o efeito.
De acordo com a fonte, o Governo está a negociar com os seus parceiros, nomeadamente com algumas agências de cooperação, a obtenção de fundos para a aquisição de barcos especializados a serem usados em operações de fiscalização dos cerca de 2700 quilómetros de costa do país.
Sobre a fiscalização, sabe-se que o Executivo já ensaiou várias alternativas para viabilizar o controlo das águas territoriais, incluindo a combinação de esforços entre os Ministérios das Pescas, Defesa Nacional e Transportes e Comunicações, cujo impacto e resultados é ainda praticamente desconhecido.
“Estamos à procura de pelo menos 80 milhões de dólares de crédito junto dos nossos parceiros internacionais para a compra dos barcos de que precisamos para a fiscalização, numa altura em que o país perde anualmente cerca de 38 milhões de dólares de receitas devido à actividade ilegal”, disse.
Recentemente, as autoridades moçambicanas apreenderam uma embarcação com bandeira namíbia, surpreendida com 43 toneladas de tubarão ilegalmente pescado em águas nacionais. Do trabalho posteriormente realizado pelas equipas de inspecção, resultou a apreensão de quatro toneladas de barbatanas de tubarão, 1.8 de rabo de tubarão, 11.3 de fígado e 20 toneladas de óleo daquela espécie marinha protegida.
Em Moçambique a pesca artesanal garante a sobrevivência de mais de 100 mil famílias.
Fonte: Jornal Noticias
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