segunda-feira, 12 de maio de 2008

BADEA disposto a custear reabilitaçã da orla marítima de Maputo


Os 13 quilómetros da degradada barreira de protecção da orla marítima da cidade de Maputo poderão ser reabilitados com o financiamento do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África (BADEA). A possibilidade de as obras, orçadas em 18 milhões de dólares, serem financiadas por aquela instituição financeira, foi ontem avançada pelo respectivo director-geral, Abdelaziz Khelef, que se encontra em visita de trabalho ao país.

Khelef falava na praia da Costa do Sol, no quadro de uma passeata pela cidade, na qual o presidente do município, Eneas Comiche, lhe deu a conhecer o ponto de situação das obras de reabilitação das vias de acesso e do sistema de drenagem das águas pluviais agora em curso na urbe, para além de lhe mostrar outros projectos vitais para a capital parados devido à falta de fundos.


Digite aqui o resto do postDe sublinhar que a reabilitação das estradas, praças, passeios e do sistema de drenagem, a ser entregue em Agosto próximo, está orçada em cerca de 22 milhões e trezentos mil dólares, financiados pelo BADEA e fundo da OPEC.
Falando à Imprensa, Abdelaziz Khelef disse que a sua instituição está muito sensível ao projecto, que, aliás, foi desenhado com o apoio do BADEA, pelo que dentro de dias chegará a Maputo uma missão para avaliar as necessidades.

“Tenho esperança de que ajudaremos na reabilitação da barreira costeira, dada a sua importância para a protecção da estrada, que incentiva o desenvolvimento de várias iniciativas na zona”, disse.
O director do BADEA mostrou-se seguro de que com a reabilitação da barreira costeira, cuja erosão ameaça engolir a estrada, os dados económicos de Maputo vão mudar, uma vez que isso poderá atrair muitas iniciativas de desenvolvimento económico e social naquela zona da urbe.
“É tarefa nossa apoiar iniciativas que melhorem as condições sociais e económicas dos países africanos no geral e, particularmente, de Moçambique”, acrescentou.

Dos 13 quilómetros da barreira, o troço que exigirá maior atenção e, por sinal, a prioridade da edilidade, compreende a extensão entre o Clube Marítimo e a Costa do Sol, onde, segundo Eneas Comiche, deverão ser construídos oito quebra-mares, estruturas com a função de reduzir o impacto das ondas sobre a barreira.
Comiche explicou que enquanto se negoceiam os 18 milhões de dólares para a reabilitação geral, o Governo central vai injectando cerca de 20 milhões de meticais por ano para intervenções de emergência e localizadas.

Para além de visitar as obras da baixa e ver “in loco” quão a orla marítima da cidade de Maputo está a desaparecer devido à erosão, o director-geral do BADEA esteve ainda na zona da Rua Dona Alice, que liga o Bairro de Laulane e Costa do Sol, e inteirou-se também do corte da Avenida Julius Nyerere, cuja eliminação exige o investimento de cerca de dez milhões de dólares.

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