segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Exportação de madeira não processada é uma realidade


A partir do Porto de Nacala , “A situação já mexe com os operadores nacionais, alegadamente porque o governo e a Frelimo favorecem os estrangeiros, sobretudo chineses e mais uma vez a ADECOR é chamada a intervir”. Digite aqui o resumo do post

A exportação da madeira em toros, não processada, apesar de proibida legalmente pelo governo moçambicano, ainda persiste a partir do porto de Nacala, na província de Nampula, no norte do país.
De acordo com uma denuncia efectuada por alguns operadores madeireiros e pela Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais, ADECOR, muitas são as concessões que fazem o empacotamento da madeira em toro e ainda fresca perante olhar impávido das autoridades da agricultura ao nível daquela província nortenha.
Os denunciantes dizem que os operadores nacionais são obrigados a processarem a madeira, mas meia volta os chineses que nem se quer tem uma carpintaria fazem a exportação da madeira em toro e como se não bastasse ainda bastante fresca. Na semana finda, uma brigada ligada ao sector de Florestas, trabalhou naquele distrito, junto dos estaleiros de parte dos exportadores, como é o caso do Tsay, nos arredores daquela cidade ferro-portuária e no local, testemunharam que ainda era feita a exportação da madeira em toros.
Testemunhas que viveram o momento, falaram à reportagem do «Canal de Moçambique». “Eles não fizeram nada, abriram apenas os contentores da frente e os de trás deixaram assim fechados” – disse um dos denunciantes, para depois adiantar que “eles querem apenas nos lançar areia nos olhos, porque depois entraram nos gabinetes e tratam dos assuntos à sua maneira. Foram corrompidos, porque mais tarde, aqueles chineses voltaram a empacotar a madeira e ninguém disse mais nada”.
Num outro desenvolvimento, o nosso interlocutor, que falou em anonimato, disse que “alguns contentores já entraram no porto nas mesmas condições, porque até lá dentro do porto tu vês água que sai dos contentores pelo transpirar da madeira fresca e tudo isso os responsáveis vem e bem”. Outras fontes acusam o governo e o partido Frelimo de estarem a proteger os chineses, porque segundo sustentam “tudo acontece nos olhares deles e nunca fazem nada, mas quando somos nós os nativos é uma guerra.
Apreendem os nossos camiões e nos cobram elevadas multas, o que é injusto”. As acusações vão mais além. “Se os chineses fazem isso é porque alguém forte do governo ou na Frelimo os protege, porque este governo é radical demais”. Aliás “tudo está claro porque muitos dos sócios destes chineses são filhos, sobrinhos e até irmãos de pessoas de grande renome ao nível da estrutura governamental e do partidão”.
A dado passo, as nossas fontes mostraram-se muito mais agastadas com o facto de o governo estar a criar decretos e diplomas ministeriais e até leis sem as cumprirem. “Porque parece que neste país a lei funciona para uns e para outros não”. Segundo dizem os denunciantes “estamos cansados de sermos sacrificados em benefício de um grupo minoritário, porque o que estão fazendo connosco é demais e o governo sabe disso, porque a madeira entra pelos postos de controle internos e sai pelos nossos portos onde o governo diz ter colocado pessoas lá para fazerem o controlo das coisas”. Nos últimos tempos, muitos dos exportadores chineses alugam quintais nos arredores da cidade de Nacala-a-Porto para guardarem a sua madeira até o fim do processo de escoamento e dar entrada no porto. Isto é visível em muitas partes de Nacala-a-Porto.

Os factos
Com a denúncia, a nossa reportagem deslocou-se no terreno, mas os factos começaram a vir a terreiro. Da cidade de Nampula à de Nacala-a-Porto só não vê quem não quer. Viajamos num carro da «Green Timber World», um dos potenciais exportadores da madeira em toro ao nível nacional.
O motorista do autocarro em conversa, durante o percurso de cerca de duzentos quilómetros de estrada que durou acima de três horas, foi-me explicando que nos próximos tempos a «Green Timber World» vai efectuar a exportação de um total de setecentos contentores contendo madeira em toro e fresca para a China.
Perguntamos ao motorista a proveniência da madeira, pelo que ficamos a saber que parte significativa vem da província da Zambézia, através de rotas obscuras e abertas para o efeito. Ao longo da viagem, o condutor foi-nos revelando mais dados. Chegando a afirmar que o empacotamento da Green Timber World, é efectuado no bairro de Muahivire, arredores da cidade de Nampula.
Alegando que “Lá, em Nacala, estamos a evitar incómodo, porque às vezes vem fiscais que não aceitam gorjetas. Mas alguém de lá dentro na Agricultura aconselhou aos nossos patrões para efectuarem o empacotamento da madeira fora de Nacala que é o que estamos fazendo”. Na cidade de Nacala, das investigações feitas pela nossa Reportagem, ficamos a saber que muitas famílias estão enriquecendo com o negócio de aluguer de quintais aos chineses.
Mas também, por ser caro, de momento os chineses estão erguendo estaleiros com muros altamente elevados para guardarem os seus contentores de madeira até a chegada dos navios. Lá, no porto de Nacala, apuramos de alguns funcionários que “o único que não precisa de nada é a Green Timber World porque todos já os conhecemos e os nossos chefes já nos disseram para não os interpelarmos”. Todavia, deslocamo-nos para alguns estaleiros nos arredores da cidade. É um facto, vimos muitos contentores guardados em quintais com muros gigantes que não permitem a visibilidade do exterior.
Chegamos ao estaleiro do Tsay e da JUNMA LDA, onde constatamos a existência de contentores com madeira em toro e empacotado em contentores e prestes a serem exportados. Alguns dos trabalhadores que labutam naqueles dois estaleiros, confirmaram-nos ser para exportação a madeira daquelas concessões e disseram-nos que a exportação é feita em toro e, sobretudo fresca.
Com efeito, disseram-nos que os seus patrões fazem a exportação de madeira da primeira espécie não serrada, com destaque para mondzo, pau-ferro, entre outras espécies da mesma classe.

O papel da ADECOR
Tendo recorrido a todos os mecanismos possíveis para verem ultrapassada a situação, os operadores que cumprem com a legislação andam “chateados com a tendência cada vez mais galopantes do não cumprimento das leis em vigor no país”.
Com efeito, recorreram à ADECOR, Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais, com o sentido de, como sociedade civil, ajudar na resolução da contenda. Dai que na semana finda, fizeram uma denúncia concisa na presença de uma inspecção do ministério da Agricultura. Ligaram aos serviços de floresta e fauna e estes nada fizeram. Viram apenas os contentores e voltaram aos seus gabinetes. Segundo dizem testemunhas os fiscais “foram lá e receberam dinheiro e foram embora. Nada fizeram. Nós estamos contra isso. Devem fazer funcionar a lei e não fazem”.
De acordo com uma fonte da Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais, ADECOR, algo tem de ser feito para reverter a actual situação, “porque é um bem que está sendo destruindo e as coisas não podem continuar assim, o governo deve cumprir com o seu papel”. A nossa fonte referiu ainda que a exportação feita em toro, prejudica sobremaneira os honestos, porque “as pessoas preocupam-se em cumprir com as leis e como provam factos os outros e os próprios fiscais violam-nas e corrompem-se”.

(Aunicio da Silva)
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José Eduardo dos Santos vai recandidatar-se


Luanda – O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, vai recandidatar-se às eleições presidenciais de 2009, foi avançado pelo secretário-geral do seu partido MPLA. Embora o actual presidente ainda não tenha confirmado a sua candidatura, o secretário-geral do partido afirmou que José Eduardo dos Santos é o «candidato natural» do partido.
Uma vez que o MPLA venceu as legislativas de Setembro com 81 por cento dos votos, espera-se que o resultado das eleições presidenciais de 2009 dê a vitória a José Eduardo dos Santos.

As eleições presidenciais ocorrerão apenas depois de o Parlamento votar com uma nova Constituição, que irá estabelecer se os futuros presidentes serão escolhidos pelo Parlamento ou pelo povo, como acontece actualmente.
Se for realmente o Parlamento a escolher o novo presidente é natural que José Eduardo dos Santos seja reeleito uma vez que o seu partido controla dois terços da Assembleia. Segundo Alcides Sakala, porta-voz do maior partido da oposição, a UNITA, «o presidente tem que ser eleito pelo povo» e, se for esse o caso, então «Eduardo dos Santos já é o vencedor».
(c) PNN Portuguese News Network

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“Hospital privatizado” Médico congolês “ditador” no hospital de Gondola Chimoio

O hospital distrital de Gondola, está aparentemente "privatizado" por um médico congolês, Honoré Sumba Kahozi, afecto àquele ponto da província central de Manica assumindo a pasta de médico-chefe. Há muitas acusações feitas pela população daquele distrito devido ao seu “mau desempenho”.

Este é acusado por vários extractos, desde funcionários até doentes, de estar a tomar conta daquele estabelecimento hospitalar, a seu bel-prazer e ao não considerar qualquer ponto de vista vindo de outros colegas seus. Segundo um residente daquele distrito, e por sinal vizinho do hospital, numa quarta feira uma parturiente (sua familiar) “morreu devido a teimosia do médico”.
“Ela (a parturiente) veio para o hospital mal, com dores de parto, e como o parto estivesse complicado, a parteira (na ausência do médico) optou por transferi-la de urgência para o Hospital Provincial de Chimoio, mas o médico viria a mandar regressar a ambulância que já estava a caminho do hospital provincial com a doente…”.
Ainda de acordo com as declarações do nosso interlocutor, a decisão do médico em mandar recuar a ambulância à proveniência fora motivada pelo facto de ninguém na sua ausência estar autorizado a tomar qualquer decisão. Ainda de acordo com a fonte, “regressados ao Hospital Distrital de Gondola, o médico não assistiu aquele parto complicado, tendo de seguida entregue o mesmo trabalho às parteiras e seguiu para a sua residência para almoçar.
Não resistindo às dores, a parturiente viria a morrer no mesmo dia.”. A fonte acrescentou ainda que “uma enfermeira tentou contactá-lo (o medico) telefonicamente, só que fracassou pelo facto deste estar com o telemóvel desligado e fora de casa”. Assim se perdeu uma vida. Ou melhor: duas, contando que estava para nascer um outro ser humano.
Para além deste caso de abuso de poder que levou o médico congolês a ditar a morte de uma parturiente, as nossas fontes revelaram-nos vários exemplos que caracterizam a sua má conduta e querem-no fora do cargo, pois segundo sustentam, a continuar naquela unidade hospitalar “vai transformando paulatinamente o hospital numa coisa privada”.
Governo distrital sem voz
Segundo um trabalhador daquela unidade sanitária, o médico que também é professor de Francês na Escola Secundária Macombe naquele distrito “tem o ar de mandar no hospital como se fosse dele”. Adiante explicou a mesma fonte que “o médico já fora do hospital, manda os alunos do curso nocturno (na sua maioria adultos) varrerem o pátio em caso destes chegarem atrasados às suas aulas e também os violenta com notas baixas”.
O mau ambiente que reina em torno deste médico é agora de tal ordem que tudo serve para o deitar abaixo. “Numa ocasião anterior o médico já mandou passear, o governo distrital quando este necessitava de um dado dos serviços distritais de Saúde, Mulher e Acção Social, pois estes são por ele fornecidos ao invés do director distrital de Saúde, como manda a regra”, conta-nos indignada uma fonte.
“Vezes sem conta, o governo distrital passou vergonha em várias visitas dos governantes superiores, porque há vezes que precisando de dados de saúde não os tiveram, porque o médico não estava presente, e estes estão cativos no seu computador, e quando isso acontece, o governo distrital cruza os braços”, acrescenta uma das fontes.
Na sua chegada ao distrito, o médico era como um "Deus da terra" dada a sua simpatia no atendimento aos doentes, e na sua primeira visita do titular da pasta de saúde, Ivo Garrido, àquele distrito os populares pediram por muito para que o ministro nunca transferisse o seu "Deus" pois, segundo eles, fazia maravilhas na cura dos doentes. Entretanto tudo mudou.
Os trabalhadores do sector da Saúde em Gondola já elaboraram e enviaram uma carta anónima ao titular da pasta de saúde, Paulo Ivo Garrido relatando o mau desempenho do seu médico e o desrespeito protagonizado por ele aos colegas e para a administradora do distrito de Gondola, Catarina Dinis.
Ainda segundo nos disseram, desde a emissão da referida carta, neste segundo trimestre do corrente ano, ainda não veio resposta de nenhum dos destinatários.

Medica-chefe provincial sem palavras
Entretanto, tentamos sobre o assunto contactar via telefone a médica-chefe provincial de Manica, Marília Pugas, a qual não confirmou e nem desmentiu os abusos de poder e arrogância protagonizados pelo seu colega. Pugas disse estar ocupada na ocasião. Alegou que estava a caminho de Changara, na província de Tete.
Na altura prometeu contactar com a nossa reportagem, o que até agora não aconteceu. Quanto ao médico, este nem nos quis atender. Quando soube que somos jornalistas desligou o telefone.

(José Jeco)

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Filmes lusófonos disponíveis na Internet a partir de 2009


O director do Instituto de Cinema e Audiovisual de Portugal, José Pedro Ribeiro, anunciou esta quinta-feira, em Luanda, o lançamento em 2009 de uma plataforma de distribuição de filmes lusófonos na Internet, visando permitir que os profissionais da comunidade mostrem as respectivas produções com mais regularidade.

O responsável, que falava à margem do terceiro Ciclo de Conferências do Festival Internacional de Cinema de Luanda (FICLuanda), explicou que os trabalhos podem ser disponibilizados gratuitamente ou mediante pagamento de direitos de autor.
"Vamos disponibilizar uma plataforma de Internet para os detentores dos direitos poderem colocar as suas obras, dando a possibilidade a qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, de fazer o download e visualizar o filme, a troco de um pagamento que fica previamente estabelecido com o detentor dos direitos", explicou.

Com essa iniciativa, precisou José Ribeiro, a sua instituição conta criar uma espécie de portal cinematográfico gratuito, que considera "uma nova forma de difusão", em que as condições de cedência e acesso aos filmes serão determinadas pelos legítimos autores.
Disse estarem a ser criadas, a nível do Instituto, as condições técnicas para a entrada em funcionamento do portal, no qual manifesta o interesse de ver adicionados filmes de toda Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Gostaríamos muito que fosse o mais aberto possível. Estamos ansiosos em receber conteúdos dos diversos titulares dos direitos dos países da CPLP, para poder integrar esse projecto. É nossa vontade que o mesmo seja aberto a todos, para que a cinematografia da comunidade seja mostrada a todo mundo", acrescentou.

Sobre os financiamentos prestados a realizadores e produtores dos países africanos, José Ribeiro disse estar a ser desenvolvido, desde o ano 2000, um programa de fomento à cooperação com a CPLP, que visa apoiar longas-metragens de ficção.
De igual modo, informou, iniciaram em 2004 um outro projecto de intercâmbio no domínio da formação, virado aos documentários, que já permitiu, com apoio da RTP, a produção de documentários de vários países africanos.

"Isso foi bastante enriquecedor, mas continuamos a procurar melhores soluções, para que sejam produzidos mais obras e conteúdos audiovisuais", expressou.
Ainda em relação ao intercâmbio, o responsável aconselhou os profissionais de cinema de Angola a participarem de um concurso de apoio às co-produções, iniciado em 2000, que permite aos realizadores lusófonos apresentarem os seus projectos regularmente.

Esse programa, explicou, é administrado pelo Instituto de Cinema de Portugal, com o qual já foram apoiados profissionais como Flora Gomes e Zezé Gambôa.
"A ideia é fazerem uma co-produção entre um produtor português e outro de um dos países da CPLP, que seja efectuado por um realizador desses países. São essas as condições. É tudo através da internet e fácil de aceder", esclareceu.

Lamentou o facto de grande parte dos cineastas e realizadores de Angola não estarem informados sobe este e outros projectos da sua organização, razão porque prometeu fazer diligências juntos das autoridades ligadas ao cinema angolano e ao Ministério da Cultura, em geral, no sentido de haver melhor conhecimento dessa realidade.

Anunciou para 2 de Janeiro de 2009 a abertura das inscrições para a próxima edição do concurso, sem se referir à data de encerramento das candidaturas.
Os temas a concurso podem ser livres e, ao vencedor, é atribuído o valor de 50 mil euros.

Fonte: Jornal de Angola

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A televisão brasileira, Rede Globo, lançará um programa para países africanos lusófonos


A Rede Globo anunciou que lançará em breve um programa dirigido aos seus telespectadores nos países africanos de língua portuguesa. O programa “Revista África”, uma iniciativa da TV Globo Internacional, será uma co-realização com a produtora independente de Angola Promoangol.
O programa será uma revista electrónica cultural com reportagens gravadas em Angola e Moçambique, apresentado pela Miss Angola, Lesliana Pereira.

Actualmente, Angola concentra o maior número de assinantes da TV Globo Internacional, com 150 mil, de um total de 500 mil telespectadores que pagam para acompanhar a programação da emissora no exterior. Trata-se da terceira atracão exclusiva do canal internacional, depois da série “Planeta Brasil”, produzida em Nova York, e do “Cá Estamos”, voltado para a comunidade portuguesa que assiste à TV Globo Portugal.

No último final de semana, a TV Globo Internacional realizou o “Dia da Amizade Angola-Brasil”. O espectáculo musical reuniu mais 20 mil pessoas no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, com apresentações de artistas dos dois países.

“Sabemos do carinho que o público angolano tem por nós. Nada mais justo do que promover esta grande festa e celebrar essa amizade”, disse o director da TV Globo, Marcelo Spinola, citado em um comunicado.

FNT/Lusa

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Promoção de qualidade : País deve acelerar criação de normas

O PAÍS deve acelerar o desenvolvimento de normas e códigos de prática para a produção, inspecção e ensaios de modo a melhorar a saúde, segurança e qualidade de vida das pessoas, segundo defendeu ontem, em Maputo, a secretária permanente do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), Ana Maria Raquel.

A secretária permanente falava no âmbito da semana de qualidade que neste ano decorre sob o lema “Edifícios Inteligentes e Sustentáveis”, numa organização do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ).

Segundo disse, o tema escolhido neste ano é apropriado sobretudo neste momento em que o sector de construção está em franco crescimento constituindo uma das maiores indústrias a nível mundial, com imensas consequências para os três pilares do desenvolvimento sustentável, nomeadamente económico, social e ambiental.

“Com as mudanças climáticas que o mundo vem registando, pretende-se chamar atenção àqueles que concebem os edifícios como sejam, arquitectos e engenheiros de construção civil para que construam os edifícios de forma inteligente em termos de segurança e sustentabilidade da espécie humana”, disse ela.

No âmbito da normalização deixou um apelo para que, à semelhança do que acontece no resto do mundo, haja, no país, um maior envolvimento dos técnicos quer do sector privado quer das instituições do Estado, no trabalho de elaboração de normas moçambicanas.
Trata-se de normas que devem estar dentro dos padrões de nível regional e internacional e que possam garantir a qualidade de produtos e serviços.

Na sua intervenção, Alfredo Sitõe, director do INNOQ, afirmou que a sua instituição tem 107 normas moçambicanas aprovadas para as diversas áreas de actividades e já presta serviços de calibração de instrumentos de medição nas áreas de massa, temperatura, volume e comprimento.

“Daí que o objectivo macro deste seminário é apresentar uma amostra do trabalho desenvolvido e sensibilizar os sectores públicos e privado para que usem as normas moçambicanas e os serviços de calibração disponíveis”, destacou.

De acordo com Sitõe, o grande desafio para o INNOQ, no âmbito do projecto de apoio ao melhoramento do ambiente de negócios e facilitação do comércio que tem o apoio da União Europeia e UNIDO é desenvolver 70 normas moçambicanas por ano.
De igual modo, pretende iniciar a certificação de produtos, expandir os serviços de metrologia legal a nível dos municípios, bem como os de metrologia industrial.

Na mesma cerimónia interveio o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Salimo Abdula. Conforme disse, a normalização e qualidade constituem mais um passo rumo ao desenvolvimento do país daí que deve merecer um lugar de destaque nas agendas de todos.

No entender do presidente da CTA, a qualidade não custa dinheiro como se pretende dar a entender nalguns segmentos das actividades económicas.
“Pelo contrário, a qualidade gera dinheiro e ela é uma estratégia acertada para a sobrevivência das empresas”, disse.

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Ainda existem problemas básicos de direitos humanos no Brasil


São Paulo – O secretário-geral do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Estado de São Paulo, Ariel de Castro Alves, anuncia que o Brasil, após 60 anos da assinatura da DUDH ainda enfrenta problemas básicos de direitos humanos.


Organizações de direitos humanos da cidade de São Paulo organizaram quarta-feira uma cerimónia para recordar a assinatura da DUDH onde foi lembrado que, apesar da assinatura do documento o Brasil ainda se depara hoje com situações de desrespeito dos direitos humanos básicos.
Focou que existem problemas relacionados com a dignidade humana, liberdade, igualdade, direitos sociais, económicos e culturais. Adianta que estes temas são uma «utopia» para a maioria da população brasileira.

Arial Castro Alves referiu que grande parte dos casos de desrespeito pelos direitos humanos observados hoje são resquícios do regime militar, que deixou uma «herança» de práticas contrárias à perpetuação dos direitos humanos. Por isso, o secretário-geral do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Estado de São Paulo defende a abertura dos arquivos para que cada torturador seja responsabilizado pelos crimes que cometeu.
Os avanços constatados no campo dos direitos humanos acontecerem principalmente nas áreas institucional e legal.
A história de ditadura militar do Brasil durou 21 anos e ocorreu entre 1964 e 1985.

(c) PNN Portuguese News Network

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Incremento do movimento de navios: Nacala congestionado


O MOVIMENTO de navios está a aumentar nas últimas semanas no Porto de Nacala tendência que se prevê venha a manter-se ao longo do presente mês de Dezembro. Só na semana passada, o porto recebeu treze navios de grande calado, contra uma previsão inicial de nove, situação que levou a que algumas embarcações tivessem que aguardar ao largo esperando a sua vez para atracar.

O incremento do tráfego naquele porto, um dos maiores da costa oriental de África, está a impor uma mudança de atitude por parte do operador, o consórcio Corredor de Desenvolvimento do Norte - CDN, que procura formas de garantir o rápido manuseamento da carga e consequente entrega aos clientes em tempo útil, de modo a criar espaço para uma maior rapidez na entrada de navios que aguardam no alto mar.

Fontes ligadas às operações no Porto de Nacala disseram ao “Notícias” que uma das causas da demora no processo de carga e descarga dos navios é a fraca capacidade dos operadores.
“O problema é que os navios não só vêm descarregar como também carregam mercadorias de exportação, operações que levam tempo a ser executadas, acabando por fazer com que outros navios fiquem semanas no alto mar, à espera que chegue a sua vez para entrar no porto”, explicou a fonte.

O director executivo do porto, Agostinho Langa, disse que a maioria dos navios que atracam em Nacala transporta carga contentorizada. O terminal de contentores tem a capacidade para receber apenas dois navios simultaneamente, contra quatro do terminal de carga geral, situação que cria alguns embaraços no atendimento às embarcações que assim são forçadas a esperar no canal de acesso ao porto. Agostinho Langa explicou que no mês de Novembro, o porto manuseou mais de quatro mil contentores, quantidade que supera as metas que a empresa estabelecera para aquele período.

Segundo soubemos, o movimento de navios no Porto de Nacala poderá aumentar nos próximos tempos, tendência que será favorecida pela industrialização do Malawi, potencial utilizador daquele sistema ferro-portuário, que tem um plano de importar 60 mil toneladas de trigo por ano, além de clinker em quantidades não especificadas, para alimentar a indústria de produção de cimento.

O minério de ferro descoberto nos jazigos do Gilé, na Zambézia, e Lalaua, em Nampula, será escoado através do Porto de Nacala para diferentes mercados pelo mundo fora.
A fonte referiu, igualmente, a dificuldades financeiras que a empresa Navique enfrenta, situação que ditou a retirada de navios de cabotagem que agora procuram alternativas para escoar as suas mercadorias.

“Aí vamos assistir à chegada ao Porto de Nacala de um número maior de navios internacionais transportando mercadorias nacionais, sobretudo a cerveja e outras a partir de Maputo, para abastecer o mercado regional”, explica.

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Nasceu novo partido na África do Sul: Lekota eleito líder do COPE


FOI formalmente apresentado ontem, na cidade sul-africana de Bloemfontein, um novo partido político; trata-se do Congresso do Povo (COPE), constituído maioritariamente por dissidentes do Congresso Nacional Africano, ANC. O COPE escolheu para seu líder Mosiuoa Lekota, que se demitiu do cargo de ministro da Defesa depois do ANC - liderado por Jacob Zuma - ter removido, em Setembro, Thabo Mbeki da presidência da República. A apresentação do COPE significa que, pela primeira vez em 14 anos, o governo do ANC tem um sério desafio da oposição.

Mosiuoa Gerard Patrick Lekota, a quem foi dada a alcunha de “Terror” pela agressividade que o tornou famoso quando, ainda jovem, praticava futebol, demitiu-se do ANC em meados de Outubro, na sequência de divergências com a direcção do partido agora liderado por Jacob Zuma. Lekota começou de imediato a trabalhar na constituição de um novo partido, juntamente com outros dirigentes e militantes do partido no poder que entraram em ruptura com Zuma.

O presidente do COPE nasceu em Senekal, província do Free State, e esteve preso na cadeia da ilha de Robben entre 1974 e 1982 por actos de conspiração que colocaram em perigo a segurança do Estado, durante o regime do “apartheid”.
Exerceu o cargo de ministro da Defesa entre 1999 e 2008 em dois executivos chefiados pelo ex-presidente Thabo Mbeki.

A primeira conferência nacional do COPE, que ontem terminou na cidade de Bloemfontein, capital da província do Free State, elegeu também Mbhazina Shilowa, ex-sindicalista e chefe do executivo provincial de Gauteng e ex-militante do ANC, para o cargo de 1º vice-presidente, e Lynda Odendaal para 2ª vice-presidente do novo partido.

A secretária-geral eleita é Chaltotte Lobe. Deidre Carter é a secretária-geral adjunta, Hilda Ndude é a tesoureira, Mluleki George (que foi “vice” de Lekota na Defesa) é o secretário-executivo e Smuts Ngonyama, outro dissidente do ANC, ocupará o cargo de director nacional de Política do novo partido. O director de comunicações é Philip Dexter, outro dissidente do ANC, que será coadjuvado por Linda Hlope.

A conferência, que decorreu no campus da Universidade do Free State (UFS), em Bloemfontein, teve início domingo e contou com a participação de cerca de 4.500 militantes. Segundo responsáveis do novo partido, o COPE conta já com 480 mil militantes a pagarem quotas e pretende pôr fim, nas eleições gerais de 2009, à hegemonia do ANC no parlamento.

Os novos líderes acusam o ANC de ter traído os princípios orientadores do movimento de libertação através da supressão da liberdade de pensamento e debate no seio da organização e da perseguição e destituição de todos os que não manifestam lealdade ao presidente do partido, Jacob Zuma.

Nos últimos dias, Mosiuoa Lekota defendeu que o COPE deve ser verdadeiramente multirracial e multi-étnico, acolhendo militantes de todas as raças e credos e discursando e entoando canções em várias línguas, como inglês, «afrikaans» e «sutho».

Ontem, o ANC levou a cabo, também na cidade de Bloemfontein, um grande comício, coincidindo com o lançamento oficial do COPE, levando a uma situação de grande tensão entre militantes dos dois partidos. De acordo com as agências de noticias, o comício do ANC realizou-se a poucos metros do local onde decorria a reunião do COPE. Na segunda-feira, as forças de segurança tiveram que intervir em força, para impedir a circulação de uma caravana automóvel de apoiantes do COPE, que pretendia mobilizar militantes em redor da cidade para evitar possíveis confrontos com milhares de militantes do ANC que começavam a convergir em Bloemfontein para o comício de ontem.

A liderança do ANC, que tem trocado insultos com os dirigentes que abandonaram as suas fileiras para fundar o novo partido, decidiu convocar para um estádio de Bloemfontein um comício comemorativo do 47º aniversário da fundação da sua ala militar (MK, ou Umkhonto we Sizwe), que lançou ataques armados, na sua maioria à bomba, contra alvos civis e militares sul-africanos nos tempos do “apartheid” e que viria a ser desmobilizada após as eleições de 1994.

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HCM já trata problemas relacionados com a disfunção renal

Os pacientes de Maputo com patologia relacionada com disfunção renal já não precisam se deslocar ao estrangeiro. O Ministro da Saúde, Ivo Garrido, diz que foi vencido o cepticismo de alguns que ainda duvidavam de que em Maputo iria passar a haver uma unidade médica de género.
Passados trinta e três anos de independência o Hospital Central de Maputo (HCM) conta finalmente, desde a última segunda-feira com uma unidade médica de Hemodiálise que se destina ao tratamento de pacientes que sofrem de patologias relacionadas com a disfunção renal. A referida unidade é, passe a definição, uma máquina, digamos, de rins artificiais. Nessa máquina processa-se a diálise, isto é, através de um processo artificial, por filtração, são retiradas todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal.
Contrariamente, ao que até ao momento vinha acontecendo, com a inauguração daquela unidade médica de hemodiálise, os pacientes que careciam de tratamentos com o referido equipamento já não precisam de se deslocarem ao estrangeiro para se tratarem.
De acordo com o ministro da Saúde, Prof. Dr. Paulo Ivo Garrido, a Hemodiálise é um procedimento por meio do qual se faz o sangue do doente circular através de um aparelho externo denominado dialisador. Ivo Garrido vaticina igualmente que esta constitui a primeira unidade de hemodiálise do país, adiantando que “mais uma vez estamos a pôr em funcionamento algo que muitos consideram impossível mesmo depois de termos aberto ainda este ano, neste hospital uma unidade de cuidados médicos extra-corporal relacionados com o coração”.
Mostrando-se agastado com o cepticismo de certos círculos de opinião quanto aos “avanços” que o pelouro de saúde pode registar no sentido de proporcionar mais e melhor acesso ao tratamento de diversas patologias, o interlocutor viria a referir que muito se tem falado de auto-estima mas na prática acontece o contrário. "Assistimos a casos de doentes que por pequenina coisa atravessam a fronteira para receberem tratamento no estrangeiro mesmo sabendo que internamente podem ser curados”, disse Ivo Garrido para de seguida referir que “esta unidade que acabamos de inaugurar vai contribuir para a melhoria assistencial aos pacientes que padecem de patologias renais e a diminuição de envio deste tipo de doentes para os países estrangeiros”.
Na mesma ocasião, o titular da pasta governamental da Saúde disse que o equipamento da unidade de hemodiálise ora inaugurada foi oferecido pelos japoneses e “é de alta tecnologia e qualidade”.

(Emildo Sambo)

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Governo de São Tomé estuda adopção do euro como moeda nacional


São Tomé - Primeiro-ministro são-tomense, Rafael Branco admitiu a possibilidade a possibilidade de São Tomé e Príncipe vir a adoptar o euro como moeda nacional.

«O euro é uma dessas tais moedas e certamente é uma moeda que está nos nossos planos de estudos», disse Rafael Branco garantindo que o governo e uma equipa de peritos estão a estudar formas e mecanismos que visam dar um conteúdo concreto desta inserção do país por meio da adopção de uma moeda.

Para o chefe do executivo são-tomense a adopção do Euro como moeda nacional é uma decisão que terá implicações por muitos e muitos anos e muitas vezes é difícil voltar atrás. «Mas é nosso entendimento que precisamos de uma moeda estável» sublinha.

(c) PNN Portuguese News Network

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TV Zimbro de Angola, primeiro canal televisivo privado já emite em regime experimental

Já começou a emitir, no sábado passado, a primeira televisão privada de Angola. O projecto chama-se TV Zimbro, tem a chancela do grupo MediaNova e apresenta-se como a primeira estação televisiva privada a transmitir em sinal aberto.

Arrancou em regime experimental, que se prolongará até Março de 2009, e assume-se como um projecto sofisticado e inovador. «Um canal angolano, feito por angolanos para os angolanos» é a divisa do canal.

Álvaro Torre (que amanhã também vai apresentar a Publivision Portugal) é o presidente do conselho de administração da Tv Zimbro, enquanto João Van Dúnem assume a direcção-geral interina. José Silva Pedro é o director-geral executivo, Amilcar Xavier o director de informação e Manuel Ribeiro o director de programas. No total, a equipa do canal rondará os cerca de 200 colaboradores.

Entretenimento, ficção e informação são as apostas fortes da programação da TV Zimbro. Neste fase, a emissão pode ser vista no canal 5 da TV Cabo.

FNT/iol.pt

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Para prevenir cheias: HCB reduz descargas


A Hidroeléctrica de Cahora Bassa baixou as descargas dos anteriores 3500 para cerca de 3000 metros cúbicos por segundo como medida para melhorar a situação hidrológica no baixo Zambeze que atingiu o nível de alerta em Caia na passada segunda-feira. Entretanto, a chuva que continua a cair a montante dos rios da zona centro está na origem da subida dos níveis que se observa desde o início da semana.

Com efeito, segundo dados a que a nossa Reportagem teve acesso da Direcção Nacional de Águas, o país registou de domingo a segunda-feira precipitação dispersa com destaque para a bacia do Zambeze em Chiúta com 180.7 milímetros, Inhzónia na Bacia do Púngoè com 67,6 e Púngoè Sul com 63,4 milímetros. Também houve registo de 77,5 milímetros de precipitação na Bacia do Limpopo em Xai-Xai.

Devido a chuvas intensas que se registam no norte da província de Tete, a bacia hidrográfica do Zambeze mantém-se acima do alerta em Caia.
Dados a que a nossa Reportagem teve acesso dão conta que em Caia o nível de alerta de cinco metros foi ultrapassado ontem com o registo de 5.7 metros.

Atendendo a esta situação, Joaquim Manaque, delegado do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades em Caia, disse que tudo estava a ser feito para que a população não seja afectada.
Indicou que praticamente todas as pessoas que viviam em zonas de risco já foram retiradas para locais seguros. Neste momento segundo a fonte, a maioria das pessoas está nos centros de reassentamento, não havendo por isso vidas em perigo.

Para os próximos dias espera-se que os níveis hidrométricos nas bacias hidrográficas do Zambeze e Licungo continuem a registar uma ligeira subida, devido à persistência da queda de chuva a Norte das províncias de Tete e Zambézia, bem como no território malawiano.

Para as restantes bacias hidrográficas espera-se que os níveis continuem estáveis. Mesmo assim, chama-se a atenção a toda a sociedade e em particular a população das zonas ribeirinhas para que tomem medidas de precaução atendendo que se está em plena época chuvosa.

Notícias

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José Eduardo dos Santos vai à China Popular pedir mais empréstimos


Em busca de bilhôes de dólares PR esta na China Popular aonde faz uma visita oficial de três dias(16 a 19), a segunda neste ano para negociar a abertura uma nova linha de crédito para Angola.

A visita com o rótulo de reforço das relações de amizade e cooperação existentes entre os dois países e povos deverá trazer para Angola o aval do suporte financeiro para as obras sociais anunciadas durante a campanha eleitoral.

Para o jornalista Reginaldo Silva é lamentável o facto de não haver informação oficial referindo-se minimamente sobre os propósitos da deslocação do chefe de Estado para evitar especulações ou adivinhar o que leva José Eduardo à China, tendo em conta o nível de relação entre os dois países.

«No caso concreto, o que se ouve é que pode estar em negociação mais um mega empréstimo feito para apoiar um programa mais específico relacionado com o programa da habitação, uma grande promessa eleitoral do MPLA na sua campanha para as eleições de Setembro último, mas vamos ter que ficar um pouco por aqui, dando naturalmente importância a esta deslocação mas deixando no ar uma série de hipótese em relação aos propósitos mais específicos.»

O programa de reconstrução nacional em curso no pais é financiado por uma linha de crédito da China e abrange as áreas de infra-estruturas, transportes, saúde, educação e construção civil.
Reginaldo Silva diz ser já uma preocupação da comunidade internacional o grau de endividamento de Angola e torna-se ainda mais grave quanto os angolanos não sabem a quantas andam.

«Fala-se muito desta necessidade de créditos adicionais, numa altura em que já não sabemos a quantas andamos, qual é o relacionamento financeiro de Angola com a China. Já ouvimos falar em tantos milhões e biliões e também já ouvimos falar de dívidas há mais de que Angola, até ao último debate do parlamento, por parte da oposição, de que Angola se estava a endividar em excesso que a divida podia já não estar a ser muito sustentável. São todas essas referências que nós ouvimos e que nos fazem interrogar qual é esta necessidade de qual é de facto o montante hoje da relação financeira entre Angola e a China, porque de facto é muito importante sabermos da dívida externa de Angola.»

Esta é a segunda vez, este ano, que o presidente José Eduardo dos Santos vai à China, em Agosto último o chefe de Estado angolano foi à terra da «grande muralha» para assistir aos jogos olímpicos de Beijing 2008.

Acompanham o chefe de Estado os ministros das Finanças, Severim de Morais, Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, o vice- ministro da Defesa Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem e funcionários da Presidência da República.
Já o encarregado de Negócios da embaixada da China em Angola, Wang Wei, defende que a deslocação do presidente angolano ao seu pais é de carácter importante neste período em que a cooperação entre Angola e a China «está cada vez mais intensa».

O alargamento da cooperação para outras áreas, segundo Wang Wei é matéria de estudo entre os dois países, mas do lado da China existe vontade política para tal, enquanto trabalham neste momento na revitalização e aumento da cooperação.

O encarregado de Negócios da embaixada da China em Angola garante ainda ser possível o reforço da linha de crédito da China para Angola, avaliada em mais de 5 mil milhões de dólares americanos, como resultado do aprofundamento da cooperação entre os dois países.


FNT/angola24horas

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Na cura de deficientes em Chimoio: Profeta diz que opera milagres

MAIS de duas centenas de pessoas portadores de várias deficiência, tiveram suposta cura miraculosa na cidade de Chimoio, por obras de um profeta de origem zimbabweana que se encontra abrigado no cume do monte Tchissui, arredores da capital da província de Manica.

Trata-se de Mfundisse Mark Chidangue que há mais de duas semanas está a devolver a esperança a milhares de pessoas em Chimoio, onde cegos estão a recuperar a visão, os surdos e mudos já ouvem e falam e os deficientes físicos retomaram a sua actividade locomotora, deixando multidões estupefactas.
Portadores de deficiência física que se dirigiram ao profeta, segundo testemunhas, regressaram andando, deixando para trás as cadeiras de rodas pelas quais se faziam transportar bem como próteses.Familiares e doentes curados, boquiabertos, ontem dirigiram-se aos órgãos de comunicação social em Chimoio, a fim de enaltecer os supostos milagres de Mark Chidangue, o qual reconheceu que “vinha curando no Zimbabwe, mas o seu poder cresceu substancialmente após chegar em Chimoio e se instalar no monte Tchissui”

.Ontem, o profeta compareceu nos estúdios da Rádio GESOM, em Chimoio onde num debate apresentou publicamente o seu poder curativo e durante uma hora foi respondendo os vários pedidos de esclarecimento, via telefone, sobre a sua actividade curativa.

Em declarações ao “Notícias”, Chidangue disse que os milagres que está a operar não são produto da sua criação, mas sim poder conferido por Deus através do seu filho, Jesus Cristo.
Explicou que cura as pessoas não com recurso a medicamentos, mas pelas rezas e pela fé dos próprios doentes, pondo as suas mãos na cabeça dos enfermos.

Ele disse que nesta actividade não cobra valores, trata-se de um trabalho filantrópico, visando salvar aqueles que sofrem.Autoridades da Saúde em Chimoio confirmaram os milagres de Mark Chidangue e disseram terem já enviado doentes para o profeta para que fossem curados, uma vez falhados os tratamentos médicos modernos.

Aliás, ontem, doentes e seus familiares que contactaram Chidangue por conselho de funcionários da Saúde compareceram na Rádio GESOM, onde confessaram e agradeceram os milagres do profeta, que, entretanto, sendo zimbabweano, não possui residência, vivendo a maior parte do tempo na montanha.

VICTOR MACHIRICA

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Governo acciona medidas de contenção da cólera


O governo de Moçambique está a accionar medidas de prevenção contra cólera junto às populações que vivem ao logo da fronteira com o Zimbabwe. Dados avançados pelas autoridades de saúde do país, indicam que as autoridades moçambicanas estão empenhadas na identificação das condições existentes nas unidades sanitárias localizadas ao longo da fronteira com o vizinho Zimbabwe por forma a fazer o rastreio da doença que já causou a morte confirmada desde a última informação oficial, de mais de quinhentas pessoas e internamento de cerca de doze mil, desde que a crfise de cólera eclodiu em Agosto último no país vizinho.
Para o efeito, o sector de saúde já criou brigadas encabeçadas por quadros seniores do Ministério da Saúde, que estão a trabalhar no sentido de identificar as capacidades de resposta por parte destas instituições sanitárias, face a qualquer eventualidade de surto em Moçambique.
Estas brigadas estão a trabalhar nas províncias de Manica e Tete (centro), Inhambane e Gaza (sul), que se localizam ao longo dos cerca de quinhentos quilómetros de extensão de fronteira com o Zimbabué. A operação resulta do facto de a doença tender a alastrar-se para os países vizinhos dos quais Moçambique faz parte. Entretanto para a província de Manica, onde desde há dias se encontra o director nacional da saúde pública, Mouzinho Saíde, as autoridades de saúde locais garantem estarem criadas todas as condições para que a doença não entre para o país, particularmente pela fronteira de Machipanda.
Falando à nossa Reportagem, o director provincial da Saúde, Quinhas Fernandes afirmou que no caso de surto, está tudo garantido no sentido a doença não causar mortes, pois, segundo ele a resposta será dada em tempo oportuno.

(José Jeco)

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Renovação da frota das LAM: Primeira aeronave já está em Maputo

JÁ se encontra em Maputo, o primeiro dos quatro aviões adquiridos pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), no quadro do projecto de renovação da sua frota, num investimento de cerca de cem milhões de dólares norte-americanos. A aeronave, que aterrou pela primeira vez em Moçambique por volta das 13.00 horas, é um “Bombardier Q400”, de 72 lugares, tendo sido baptizado com o nome de “Gorongosa”.


Trata-se de uma aeronave equipada com motores turbo hélice e é considerada de última geração, constando entre as suas características, a rapidez (fez Joanesburgo-Maputo em cerca de 50 minutos) e relativamente silencioso devido ao seu sistema de supressão de vibração e ruído – NVS.

O presidente do Conselho de Administração das LAM, José Viegas, disse a jornalistas que a chegada do “Gorongosa” constitui o concretizar de um “sonho” da sua empresa que preconiza melhores serviços para os seus clientes e em boas condições de segurança.

O avião, a ser operado pela MEX – uma das empresas participadas pelas LAM - deverá fazer, nalguns dias de semana, segundo José Viegas, as rotas Maputo-Joanesburgo; Beira-Joanesburgo; Maputo-Vilankulo-Inhambane-Joanesburgo e Maputo-Beira, entre outros destinos ainda por definir. O voo inaugural do “Gorongosa” está previsto para próxima semana, tendo como destino a cidade da Beira.

A aquisição dos aviões constitui a materialização do compromisso assumido pela empresa, nomeadamente de renovar toda a sua frota doméstica e regional com vista ao aumento das frequências de voos dentro do território moçambicano e para Angola, Quénia e África do Sul.

O segundo avião “Bombardier Q400” é esperado no domingo, enquanto que entre Julho e Agosto do próximo ano, as LAM esperam receber dois aviões a jacto “Embraer 190”, cada um providenciando 93 lugares e que vão tornar a frota moçambicana numa das mais modernas de todo o continente.

Os aparelhos permitem uma significativa redução dos gastos de combustível, o que também significa melhores resultados a nível ambiental e económico.

As LAM exploram uma frota de aeronaves composta por quatro aviões a jacto e dois turbo-hélice. Dos aviões que fazem parte da sua frota quatro são da marca Boeing 737 - 200, dois dos quais oferecem doze (12) lugares em classe executiva e noventa e seis (96) em classe económica e que têm sido utilizados para o transporte de passageiros e carga para percursos de médio curso, nas ligações domésticas e regionais.

Para além destas aeronaves, as LAM exploram através da sua subsidiária a MEX-Mozambique Express, dois (2) “JetStream 41” que são aviões turbo-hélice modernos e pressurizados, com capacidade para vinte e nove (29) passageiros em classe económica. Estes aviões operam voos regionais (até Joanesburgo e Durban) e voos domésticos incluindo alguns destinos turísticos, como é o caso de Vilankulo e Inhambane.

José Viegas disse que até final de 2009 três dos actuais “Boeing” serão retirados da frota, e o último (quarto) em 2010.

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“Anibalzinho ainda não foi recapturado”

José Pacheco, desmente notícias postas a circular segundo as quais este foragido tinha sido apanhado pela Polícia na fronteira entre Moçambique e a Swazilandia. Classifica as informações de "rumores tendenciosos"
O ministro moçambicano do Interior, engenheiro José Pacheco, classificou de “rumores tendenciosos e de manobras de diversão”, as informações postas a circular segundo as quais o foragido Aníbal António dos Santos Júnior, também conhecido por Anibalzinho, tinha sido recapturado pela Polícia de Guarda Fronteira, em Namaacha, quando este se encontrava ao volante de uma viatura, a caminho da vizinha Swazilandia, um dia depois da sua “fuga” (?) das celas do Comando da cidade de Maputo.

Citando fontes da Policia não identificadas, alguns órgãos de comunicação social em Maputo noticiaram ao principio da semana em curso, isto é um dia após a alegada “fuga” de Anibalzinho e outros dois comparsas, que este tinha sido recapturado pela polícia moçambicana na última segunda-feira, sem ter oferecido nenhuma resistência às autoridades policiais, próximo da fronteira entre Moçambique e a Swazilândia, hipótese desde logo posta em duvida pelas fontes do Canal de Moçambique na Namaacha. Agora vem o próprio ministro do Interior, José Pacheco dizer que “são manobras de diversão para quem quer comprometer o trabalho que a Polícia está efectuar neste momento para a localização e recaptura dos fugitivos”.
De acordo o ministro, “ainda não existem dados que possam ajudar a recaptura” dos três mais mediáticos criminosos da actualidade moçambicana. Segundo a opinião pública e mesmo até de sectores críticos na própria polícia, a saída dos três cadastrados das celas do Comando da PRM na Cidade de Moputo pode ter sido um acto engendrado dentro da liderança da corporação.
O titular da pasta do Interior, referiu que neste momento, decorrem trabalhos de uma comissão por si criada, visando apurar as circunstâncias que terão permitido a suposta fuga de Anibalzinho, Todinho e Samito, das celas do Comando da Polícia ao nível da capital do país, consideradas pelas autoridades local mais seguro do que a Cadeia de “Máxima Segurança”, vulgo BO, na Machava de onde o confesso líder do esquadrão na morte que a 22 de Novembro de 2000 assassinou o jornalista Carlos Cardoso, já saíra por duas vezes, segundo ele próprio, apadrinhado por alguns oficiais superiores da polícia.
O própiro Anibalzinho disse em Novembro deste ano ao ZAMBEZE que dali nunca fugiu, mas, sim, tiraram-no. Pacheco afirmou que a referida comissão, também ainda não apurou nada, sendo que qualquer informação que tenha sido adiantada não passa de “simples rumor e manobra de diversão que não podemos confirmar”.

Actual situação dos da capital do país
Entretanto aqui na cidade de Maputo, onde a Polícia da República de Moçambique (PRM) diz ter reforçado a sua capacidade operativa para conter eventuais acções criminosas durante a quadra festiva que se avizinha, parece que os mesmos criminosos também dentro de reforço das suas estratégias de actuação começam a contrariar a resposta da Polícia.
Grupos de malfeitores começam a aumentar as suas incursões nalguns bairros desta urbe, sobretudo durante as noites, protagonizando assaltos com diversos meios. Desde ao princípio da semana em curso, pelo menos cinco residências foram tomadas de assaltado no bairro da Polana Caniço "B", através do uso de meios contundentes, por desconhecidos que nelas se apoderaram de diversos bens, incluindo electrodomésticos.
Os assaltos vêm acontecendo durante a noite e na presença dos proprietários, que por enquanto não têm tido capacidade de resistir às acções dos meliantes. Não está posta de parte a hipótese de se voltar a assistir a uma onda de acções de justiça pelas próprios mãos a que as populações geralmente recorrem para fazer estancar ondas de criminalidade quando as autoridades se revelam incapazes de suster as acções dos miliantes.
Num outro bairro, Polana Caniço "B", muitas pessoas vem-se queixando de estarem a ser vitimas de acções criminosas nas ruas, mesmo a pouca distância dos locais onde a polícia está habitualmente, suscitando a impunidade da Policia que já se diga que os agentes que não defendem as vítimas dos roubos estão mais virados para a extorsão de jovens que andam sem bilhetes de identidade, que aliás é um documento que apesar das várias promessas de solução o mesmo Ministério do Interior, que tem a seu cargo a Identificação Civil (DIC) continua a mão conseguir satisfazer a procura. Às vítimas têm estado a ser-lhes tirados bens tais como valores monetários, telemóveis, para além de algumas terem sido molestadas. Ainda esta semana, a PRM reconheceu o aumento dos índices da criminalidade no país todo.

(Bernardo Álvaro)

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Já não há cólera no Zimbabwe - afirma Mugabe


O PRESIDENTE do Zimbabwe, Robert Mugabe, afirmou ontem que "já não há cólera" no seu país, porque os médicos controlaram a epidemia, apesar de a ONU ter referido quarta-feira a morte de 800 pessoas

."Tenho o prazer de anunciar que os nossos médicos, auxiliados por outros e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), conseguiram domar a epidemia. (...) Por isso já não há cólera", afirmou Mugabe num discurso emitido pela televisão, citado pela agência Lusa.

Segundo a fonte, o Presidente do Zimbabwe denunciou os apelos do Primeiro-Ministro britânico, Gordon Brown, e do Presidente norte-americano, George W. Bush, para que o Chefe do Estado zimbabweano se demita.

"Por causa da cólera, Brown quer a intervenção militar", denunciou o líder zimbabweano, adiantando que também Bush pretende o mesmo devido à cólera. Mas, frisa Mugabe, "já não há motivos para uma guerra, uma vez que a cólera já não existe".
Segundo um relatório divulgado quarta-feira pela OMS, a epidemia da cólera que afecta o Zimbabwe causou, desde Agosto, cerca de 800 mortos e infectou mais de 16 mil pessoas.
A epidemia fez também 10 mortos na África do Sul, país que acaba de declarar a sua região norte, fronteiriça com o Zimbabwe, "zona de catástrofe".

O Governo provincial do Limpopo anunciou que a “zona de desastre” abrange todo o distrito de Vhembe, onde se situam o posto fronteiriço de Beit Bridge e a vila de Musina, onde já foram tratados 664 pacientes com cólera e morreram oito em semanas recentes.

Mogale Nchabeleng, porta-voz do Governo do Limpopo, declarou que o estado de emergência agora declarado poderá aliviar as autoridades provinciais e nacionais no esforço de melhor circunscrever a epidemia com origem no vizinho Zimbabwe através da eliminação de burocracias nas iniciativas governamentais.

Beit Bridge e Musina são pontos nevrálgicos da imigração clandestina, tendo sido pontos de entrada de pelo menos quatro milhões de zimbabweanos desesperados, que abandonaram o seu país desde 2000 em consequência da penúria alimentar existente.

A LUSA apurou junto de autoridades fronteiriças que o número de zimbabweanos que atravessam a salto a cerca fronteiriça em Beit Bridge tem aumentado significativamente, e que apenas uma pequena percentagem é capturada.

Muitos zimbabweanos que atravessam a fronteira estão infectados com cólera e as águas do rio Limpopo, que separa os dois países, contêm a bactéria da cólera, o que levou as autoridades em Musina a declararem a água canalizada na vila imprópria para consumo.

O porta-voz do Governo do Limpopo disse à LUSA que no hospital de Musina estão actualmente em tratamento 76 pacientes, todos zimbabweanos, sendo imperativo reforçar o sistema de saúde na área para travar com eficácia a penetração da cólera em território sul-africano.


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