segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Promoção de qualidade : País deve acelerar criação de normas

O PAÍS deve acelerar o desenvolvimento de normas e códigos de prática para a produção, inspecção e ensaios de modo a melhorar a saúde, segurança e qualidade de vida das pessoas, segundo defendeu ontem, em Maputo, a secretária permanente do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), Ana Maria Raquel.

A secretária permanente falava no âmbito da semana de qualidade que neste ano decorre sob o lema “Edifícios Inteligentes e Sustentáveis”, numa organização do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ).

Segundo disse, o tema escolhido neste ano é apropriado sobretudo neste momento em que o sector de construção está em franco crescimento constituindo uma das maiores indústrias a nível mundial, com imensas consequências para os três pilares do desenvolvimento sustentável, nomeadamente económico, social e ambiental.

“Com as mudanças climáticas que o mundo vem registando, pretende-se chamar atenção àqueles que concebem os edifícios como sejam, arquitectos e engenheiros de construção civil para que construam os edifícios de forma inteligente em termos de segurança e sustentabilidade da espécie humana”, disse ela.

No âmbito da normalização deixou um apelo para que, à semelhança do que acontece no resto do mundo, haja, no país, um maior envolvimento dos técnicos quer do sector privado quer das instituições do Estado, no trabalho de elaboração de normas moçambicanas.
Trata-se de normas que devem estar dentro dos padrões de nível regional e internacional e que possam garantir a qualidade de produtos e serviços.

Na sua intervenção, Alfredo Sitõe, director do INNOQ, afirmou que a sua instituição tem 107 normas moçambicanas aprovadas para as diversas áreas de actividades e já presta serviços de calibração de instrumentos de medição nas áreas de massa, temperatura, volume e comprimento.

“Daí que o objectivo macro deste seminário é apresentar uma amostra do trabalho desenvolvido e sensibilizar os sectores públicos e privado para que usem as normas moçambicanas e os serviços de calibração disponíveis”, destacou.

De acordo com Sitõe, o grande desafio para o INNOQ, no âmbito do projecto de apoio ao melhoramento do ambiente de negócios e facilitação do comércio que tem o apoio da União Europeia e UNIDO é desenvolver 70 normas moçambicanas por ano.
De igual modo, pretende iniciar a certificação de produtos, expandir os serviços de metrologia legal a nível dos municípios, bem como os de metrologia industrial.

Na mesma cerimónia interveio o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Salimo Abdula. Conforme disse, a normalização e qualidade constituem mais um passo rumo ao desenvolvimento do país daí que deve merecer um lugar de destaque nas agendas de todos.

No entender do presidente da CTA, a qualidade não custa dinheiro como se pretende dar a entender nalguns segmentos das actividades económicas.
“Pelo contrário, a qualidade gera dinheiro e ela é uma estratégia acertada para a sobrevivência das empresas”, disse.

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