segunda-feira, 24 de novembro de 2008

«Olhares» virados para África

Nasceu de uma constatação que se moldou em ideia e deu forma a um projecto. «Olhares Cruzados» surge com o objectivo fomentar o contacto entre crianças brasileiras e africanas, um reflexo da prioridade brasileira em África e nos países emergentes.

«O projecto da Dirce Carrion e dos seus colaboradores traz consigo a ideia da integração e da cooperação entre os povos. Os nossos caminhos podem ser diversos, mas convergem nos objectivos» escreveu o presidente brasileiro, Inácio Lula da Silva, em Abril de 2008 sobre o projecto «Olhares Cruzados».

«Olhares Cruzados» nasceu em 2004, sob a coordenação de Dirce Carrion, com a criação de ateliers de fotografia e redacção com crianças do morro da Chacrinha, Rio de Janeiro, de Cabinda, Angola, do bairro de Hulene em Maputo, Moçambique, e da Vila dos Papeleiros em Porto Alegre. O resultado destes trabalhos foi finalmente apresentado em Janeiro 2005 no livro «Brasil-África Olhares Cruzados» durante Fórum Social Mundial de Porto Alegre.

Provocar o intercâmbio entre crianças de duas comunidades geograficamente diferentes mas com origens históricas semelhantes é o objectivo principal do projecto «Olhares Cruzados» considerou Dirce Carrion. Assim, são distribuídas máquinas fotográficas a crianças de comunidades diferentes. Cada criança fotografa o seu meio e o seu dia-a-dia. Paralelamente, em oficinas de criatividade, produzem cartas, desenhos, brinquedos, pinturas e cerâmicas para trocarem entre si. Estes trabalhos colectivos são publicados posteriormente na colecção «Olhares Cruzados» e apresentados em exposições onde as crianças intervenientes «são as convidadas de honra e os verdadeiros autores do projecto», explicou a responsável do projecto.

Com a parceria do Ministério das Relações Exteriores brasileiro em 2005 o mesmo projecto foi aplicado no bairro de Belair em Port Au Prince, Haiti e paralelamente na comunidade quilombola (designação dos descendentes de refugiados e escravos) do Frechal no Maranhão. Em 2006, com o apoio da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, participaram na mesma iniciativa crianças da comunidade quilombo de São Lourenço, em Pernambuco, e da Ilha de Gorée no Senegal. Juntamente com a Unicef, em Março de 2007, «Olhares Cruzados» é realizado na Republica democrática do Congo (RDC).

No mesmo ano «Olhares Cruzados» abrangeu as comunidades dogons da aldeia Songho no Mali, da Serra da Capivara no Piauí, indígenas da etnia Terena e Aymaras, Bolívia, comunidades senegalesas da região da Casamance e da comunidade quilombola dos Kalungas, Goiás. Em Moçambique as crianças de Miteme e Matole Boque da província de Manica estabeleceram o mesmo intercâmbio com as de Morro Alto e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul no Brasil.

Juntamente com uma exposição foi lançado recentemente na Escola de Belas Artes em Kinshasa o livro «Brasil Congo – Olhares Cruzados» que reuniu os trabalhos das crianças de Diadema, na periferia de São Paulo, e as de Kimbanseke em Kinshasa. Um evento que resultou num sucesso diplomático para o Brasil, permitindo à sua embaixada na capital congolesa se destacar da sua tímida presença no país.

«O objectivo principal desta exposição é traçar um paralelo entre o Brasil e a RDC, e mostrar que as dificuldades que temos no Brasil são muito semelhantes aquelas que o Congo enfrenta» disse à PNN Flávio Bonzanini, embaixador do Brasil na RDC.

Mais de 45 por cento dos brasileiros são de origem africana, representando um universo de cerca de 80 milhões de pessoas, fazendo do Brasil o país com a maior população de origem africana no exterior de África, além de ser também segundo país do mundo, após a Nigéria, com maior número de habitantes de origem africana.

Logo após a tomada de posse em 2003, Lula da Silva decidiu reconhecer a contribuição dos povos africanos na construção da identidade brasileira instituindo a lei 10.639 que impõe a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, simultaneamente criou o SEPPIR (Secretaria Especial de Politicas de Promoção da Igualdade Racial).

O continente africano tornou-se numa prioridade da política exterior de Lula da Silva. Em cinco anos o Brasil passou de 17 a 33 o número de embaixadas em África, e Brasília assistiu ao aumento de 17 para 25 de representações diplomáticas de Estados africanos no Brasil.

Rui Neumann

(c) PNN Portuguese News Network

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NOVO SECRETÁRIO EXECUTIVO DA CPLP VISITOU CABO VERDE

O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Domingos Simões Pereira, vem participar na Conferência sobre o Acordo Cambial Cabo-verdiano, agendada para a amanhã de manhã. Esta conferência internacional é aberta pela ministra das Finanças, Cristina Fontes.


Chega hoje à cidade da Praia, o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Domingos Simões Pereira, que vem participar na Conferência sobre o Acordo Cambial Cabo-verdiano, agendada para a amanhã de manhã. Esta conferência internacional é aberta pela ministra das Finanças, Cristina Fontes, e conta com as presenças de outros membros do Governo, embaixadores acreditados em Cabo Verde e elementos dos serviços da Administração Pública de Cabo Verde e Portugal, entre outros membros da sociedade civil e do tecido empresarial dos dois países.

No final da tarde de amanhã, o secretário executivo da CPLP intervém na conferência internacional sobre Educação e Diálogo Intercultural, organizada pelo Conselho da Europa e pelo Centro Norte-Sul, em colaboração com a Assembleia Nacional de Cabo Verde.
Praia, 30 Outubro (O Liberal)

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Moçambique será penalizado pela FIFA


A FEDERAÇÃO Moçambicana de Futebol (FMF) será novamente multada pela Federação Internacional da modalidade (FIFA) na sequência do fogo de artifício activado pelos adeptos da Selecção Nacional, os “Mambas”, nos festejos do golo do empate frente à Costa do Marfim, a 7 de Setembro último no Estádio da Machava, marcado por Miro. A FMF foi recentemente notificada pela FIFA para se pronunciar sobre o sucedido.

Segundo explicações dadas pelo Secretário-Geral da FMF, Filipe Johane, o fogo do artifício é um dos engenhos proibidos nos campos dos jogos pela FIFA.

“Estamos sob alçada disciplinar da FIFA e já fomos notificados. Já nos pronunciámos em relação à notificação e, em princípio, não escaparemos à multa. O que pode acontecer é a redução do valor se a FIFA considerar atenuantes os argumentos apresentados pela FMF em relação ao sucedido”, disse Johane.

De salientar que a FMF foi multada, em Setembro último, com multas na ordem de 16 mil francos suíços, aproximadamente 352 mil meticais, devido ao arremesso de objectos para o campo no jogo com Botswana, que culminaram com o ferimento de um dos membros da equipa técnica dos tswanas, e danos provocados pelos “Mambas” em Madagáscar (estragos nos balneários), em protesto à marcação da grande penalidade contra a Selecção Nacional.

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Voos directos Luanda-Pequim

A TAAG (Linhas Aéreas de Angola) deverá iniciar no próximo fim-de-semana os voos regulares Luanda-Pequim, para tentar captar o crescente movimento entre as duas capitais, disse hoje à agência Lusa fonte diplomática angolana.

Será um voo directo, de cerca de 13 horas, duas vezes por semana e numa primeira fase funcionará em regime de "charter".

Milhares de chineses trabalham em Angola, sobretudo na construção civil, e "este ano a Embaixada de Angola em Pequim já concedeu 40.000 vistos", adiantou a mesma fonte.

Angola é um dos principais parceiros económicos da China em África, sobretudo devido ao petróleo, que representa cerca de 80 por cento do comércio entre os dois países.

Na década de 1960, no auge do diferendo sino-soviético, o então líder da UNITA, Jonas Savimbi, frequentou uma academia militar chinesa e a China apoiou o seu movimento.

China e Angola só estabeleceram relações diplomáticas em 1983, oito anos depois da independência daquela antiga colónia portuguesa, mas hoje, a cooperação entre os dois países "está num nível muito bom", diz o embaixador de Angola em Pequim, João Manuel Bernardo.
Lusa/Fim

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ANGOLAGATE REVELA COMISSÕES EM BANCOS PORTUGUESES


Mais de 21 milhões de dólares recebidos por altos responsáveis do regime angolano no caso que envolve o negócio ilícito da venda de armas da Rússia a Angola passaram por bancos portugueses em Lisboa e Almada, revela o jornal Público.


Os dados constam da lista de transferências bancárias do caso Angolagate, cujo julgamento começou em França no dia 6 de Outubro e que envolve altas figuras do Estado francês.

De acordo com o jornal, contas em bancos portugueses foram destinatárias de mais de 50 das 70 transferências listadas, somando mais de 21 milhões de dólares. Nesse conjunto, destacam-se a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Comercial Português (BCP).

No despacho de pronúncia do juiz Philippe Courroye, que o jornal diz ter visto, são elencadas as transferências bancárias que totalizam mais de 54 milhões de dólares (cerca de 41,5 milhões de euros ao câmbio actual), para contas de dignitários de Angola e pessoas próximas do regime de Luanda em comissões relativas a contratos de venda de armas entre 1993 e 2000.

Os beneficiários são responsáveis como José Eduardo dos Santos, Presidente angolano, o embaixador Elísio de Figueiredo ou o ex-chefe da Casa Civil da presidência José Leitão e a mulher e o filho deste, e altas patentes das Forças Armadas Angolanas, entre outras figuras.

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Militares soviéticos receberam autorização secreta para combater no país


A situação militar criada em torno de Luanda era tão grave na véspera da proclamação da independência, em 11 de Novembro de 1975, que os dirigentes soviéticos deram autorização secreta para que os seus militares participassem nos combates ao lado do MPLA contra a UNITA e a FNLA.


“Na véspera dos acontecimentos decisivos de 11 de Novembro de 1975, recebemos de Moscovo um telegrama cifrado que autorizava directamente aos nossos especialistas militares a participarem em acções de combate ao lado das forças do MPLA e das tropas cubanas. Isto era explicado pela situação extremamente tensa da situação que surgiu no país na véspera da proclamação de independência do país”, recorda Boris Putilin, que trabalhou nos meados dos anos 70 do século passado como primeiro secretário da Embaixada soviética no Congo (Brazzaville).

Foi precisamente este homem que, em 1975, coordenou, pela via da GRU (Direcção Principal de Reconhecimento – espionagem militar) do Ministério do Interior, os fornecimentos de armas ao MLPA da URSS, mas também os planos de ajuda da parte dos especialistas militares soviéticos e cubanos.

“O primeiro grupo de militares soviéticos, dirigido pelo coronel Trofimenko, que se encontrava na República do Congo, através da qual passava a corrente fundamental de ajuda para o MPLA, foi enviado para Luanda”, continua Putilin, acrescentando que este grupo tinha uma espécie de “carta branca” de Moscovo para participar em acções militares.

O primeiro grupo de militares e tradutores soviéticos entrou em Angola a 16 de Novembro de 1975, cinco dias após a proclamação da independência.

“No dia 1 de Novembro, o primeiro grupo de especialistas e tradutores militares soviéticos, entre os quais eu me encontrava, chegou a Brazzaville, entãei na capital da República Popular do Congo num voo regular da Aeroflot”, recorda Andrei Tokarev, tradutor militar, em declarações à Lusa.

“Antes de nos enviar e dando-nos as últimas instruções, em Moscovo, no Estado Maior tentaram dar-nos o máximo de informação fresca sobre os acontecimentos em Angola. O MPLA controlava a maioria das províncias do país e a capital, mas compreendemos que este controlo não era seguro”, continua Tokarev, hoje professor da Universidade Militar de Moscovo.

Segundo esta fonte, “cada uma das partes fazia esforços para desenvolver o seu êxito; por exemplo, o Zaire comprou à França “Mirages”, esperava-se a qualquer momento a sua chegada. Talvez eles participassem nos voos sobre a capital de Angola, Luanda, no seu bombardeamento.”

“A fim de evitar isso - continua Tokarev - o nosso comando enviou para essa região (por um prazo de mês e meio, mas com a possibilidade de prolongamento) o nosso grupo: oficiais e sargentos, especialistas no emprego militar de complexos móveis de defesa anti-aérea “Strela”, e nós, cadetes-tradutores militares”.

Estes primeiros especialistas militares soviéticos começaram de imediato o treino dos soldados e oficiais do MPLA.

Tokarev recorda: “Os nossos especialistas montaram rapidamente, numa antiga base aérea militar portuguesa de Luanda, vários pontos de treino e começámos imediatamente a treinar os combatentes das FAPLA. Os nossos especialistas iam frequentemente à frente de combate, que estava situada a apenas algumas dezenas de quilómetros. Normalmente, eram acompanhados por cubanos. À frente, regra geral, ia um jipe, um carro blindado ou tanque cubano, que nos protegiam.”

*José Milhazes
Fonte: Lusa

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O fim da TAAG


Governo aprova programa de saneamento da TAAG
A TAAG - Linhas Aéreas de Angolana vai ser gerida por uma Comissão de Gestão durante um ano. O Conselho de Administração da empresa pública, que era dirigido por Nelson de Jesus Martins, cessou ontem o seu mandato, por decisão do Governo.


Reunido ontem no Palácio Presidencial da Cidade Alta, em Luanda, sob orientação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o Conselho de Ministros aprovou a proposta para a reversão empresarial da TAAG, que passa pela refundação “a partir do zero” da companhia aérea.

O processo de refundação da TAAG, segundo um comunicado de imprensa saído da reunião de ontem do órgão colegial do Governo, deve produzir um “redesenho de base zero” e conceber os planos de migração actual da empresa. Destas operações, segundo o Executivo, vai surgir uma nova TAAG, financeiramente sustentável e assente num serviço de excelência aos passageiros.
O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) também vai ser reestruturado. Ontem, o Conselho de Ministros aprovou um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para o efeito, depois de ter apreciado o diagnóstico feito sobre a situação actual da instituição e as infra-estruturas de navegação aérea e dos serviços aeroportuários.

O Conselho de Ministros estabelece um plano de emergência para o INAVIC, coordenado pela Comissão Técnica de Reestruturação do Sector do Transporte Aéreo. Aquela instituição vai contratar especialistas externos para apoiar o seu processo de certificação dos operadores e manter contratos com instituições congéneres.

O Governo considera que as demais prioridades do INAVIC passam pela aceleração da realização das restantes iniciativas para a regulação do sector, de acordo com o Plano de Reestruturação do Sector do Transporte Aéreo em Angola. A reunião de ontem, a quarta extraordinária do Conselho de Ministros, analisou especificamente o estado de organização e de funcionamento da TAAG e do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC), adiados na terceira reunião extraordinária, realizada segunda-feira, 10 de Novembro.

De acordo com o ministro dos Transporte, Augusto da Silva Tomás, a comissão vai assegurar a concepção e execução de um “calendário agressivo, mas credível”, que retire a TAAG da lista das companhias aéreas proibidas de voar no espaço aéreo europeu. A TAAG foi incluída na lista negra da União Europeia no dia 4 de Julho de 2007, alegadamente por razões de segurança.

Por: Santos Vilola

Refundação da empresa pública
Um comité de refundação para a TAAG-EP foi ontem criado, em despacho conjunto dos ministros da Economia, Finanças e Transportes, e deve, durante um ano, prorrogável em função do programa, apresentar propostas sobre as mais diversas áreas da companhia. Tutelado pelo Ministério dos Transportes, o Comité do Programa de Refundação da Companhia de Transportes Aéreos de Angola TAAG-EP é coordenado por Adriano António Neto de Carvalho, tendo como adjunto Rui Paulo de Andrade Teles Carreira.
Entre as várias atribuições, cabe ao comité apresentar propostas de concepção de uma estratégia e de uma estrutura organizativa para a nova companhia de bandeira nacional e uma estrutura operacional que assegure uma operação eficiente e de acordo com as normas internacionais, particularmente no capítulo da segurança.
O comité deve ainda conceber medidas e o respectivo cronograma que permitam a retirada da TAAG da lista negra da União Europeia num curto espaço de tempo, elaborar um programa de transformação organizacional, focado na melhoria dos processos de suporte e num plano de transformação dos recursos da TAAG.
O despacho conjunto atribuiu, igualmente, ao comité competências para apresentar propostas ao Ministério dos Transportes, para a selecção de um parceiro estratégico internacional para a TAAG e da revisão do enquadramento das companhias de aviação estatais: TAAG, SONAIR e SAL.Um outro programa que o comité deve conceber é o de refundação da marca. A ideia é que a nova marca transmita a transformação preconizada para a companhia e reflicta o posicionamento desejado.
A equipa deve, igualmente, conceber um quadro de pessoal ajustado à operação e ao desempenho comercial da nova companhia e avançar um programa de libertação do pessoal excedentário, conceber um plano para o reforço da consistência da oferta doméstica da TAAG, através do aumento da utilização da frota actual e da diversificação da frota regional.
A revisão da estrutura da oferta internacional da TAAG, através da diversificação da base de destinos e do aumento de frequências para os principais destinos operados pela companhia, e a concepção de um plano de reforço da performance comercial da TAAG, no mercado angolano e no mercado internacional, constitui outra atribuição do comité que deve, ainda neste capítulo, desenvolver uma estratégia mais sofisticada de preços e de gestão de tarifas.
Durante o mandato, a equipa deve conceber um programa de redução dos custos variáveis, através da melhoria dos processos de contratação de serviços externos, renegociação de contratos e modernização dos aviões mais antigos da frota e um programa de redução profunda dos custos de estrutura, nomeadamente de redução dos custos de pessoal.
O comité, que vai ter orçamento próprio, pode propor ao ministro dos Transportes a contratação de empresas de consultoria para a realização de estudos e projectos técnicos que se mostrem necessários à concretização das suas tarefas. O despacho atribui ainda à equipa liderada por Adriano António Neto de Carvalho competências para propor ao ministro dos Transportes alteração do modelo de governo corporativo da TAAG.
O novo modelo pode ser dualista, separando o órgão de supervisão e o Conselho de Administração.É igualmente sugerido à equipa propostas para contratação de gestores competentes (para o conselho de Administração e para as segundas linhas), nacionais ou expatriados, com currículo relevante, que demonstrem capacidade para reverter a empresa e sólidos conhecimentos na indústria aeronáutica. Para este fim, pode recorrer, se necessário, a empresas de recrutamento de executivos nacionais ou internacionais.

Os novos elementos que vão gerir a companhia
O Governo nomeou ontem os membros da Comissão de Gestão que vai assegurar a continuidade das actividades da TAAG-EP. Nomeada por despacho conjunto dos ministros da Economia, das Finanças e dos Transportes, a equipa é composta por sete elementos e tem como coordenador António Luís Pimentel Araújo. Joaquim Teixeira da Cunha é o coordenador adjunto.
A comissão, que tem um mandato de um ano (podendo ser encurtado ou alargado em função do programa de refundação da companhia), é ainda integrada por Adriano António Neto de Carvalho, Efigénia da Purificação da Silva José Martins, Luís Eduardo dos Santos, Rui Paulo de Andrade Teles Carreira e Domingos Sebastião.
Aos membros nomeados serão distribuídos pelouros, por forma a assegurar o equilíbrio entre a complexidade da TAAG-EP e os grandes desafios que se lhes colocam.
A comissão substitui o conselho de administração que cessou as funções também ontem, por decisão do Conselho de Ministros.

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Kumba Ialá vai combater os narcotraficantes

No próximo domingo,
cerca de 550 mil eleitores guineenses votam nas legislativas do país,
podendo escolher entre 19 partidos e duas coligações.

Segundo Kumba Ialá, o problema do narcotráfico coloca em causa a "saúde pública, o futuro das gerações e a continuidade do Estado da Guiné-Bissau" .

O líder do Partido de Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, garante que vai prender os narcotraficantes a operar no país e entregá-los à comunidade internacional, caso vença as legislativas de domingo. "Com a vitória do PRS, a primeira decisão é prender todos os traficantes de droga e entregá-los à comunidade internacional para serem julgados", afirma o antigo Presidente guineense.

"Essa será a responsabilidade do Estado guineense", disse, apelando à comunidade internacional para intervir na Guiné-Bissau para "prender as pessoas que põem droga no país".
Segundo Kumba Ialá, o problema do narcotráfico coloca em causa a "saúde pública, o futuro das gerações e a continuidade do Estado da Guiné-Bissau". "Nós temos um país essencialmente agrícola, temos o mar que está cheio de pescado (...) por isso não temos interesse em comprar e vender droga", salientou.

Sobre o projecto do PRS caso ganhe as legislativas de dia 16, Kumba Ialá afirma que vai "cultivar as pessoas para aprenderem a democracia". "Na nossa política nós rejeitamos a violência. Pautamos sempre a nossa política pelo espírito de paz, de unidade nacional, democracia, tolerância e o diálogo aberto", sublinha o líder da segunda maior força política guineense.

Kumba Ialá garante também que o "PRS controla totalmente o país sem excepção" e promete regressar sexta-feira a Bissau, último dia da campanha, para fazer "explodir a cidade". "Vamos arrombar com aquilo tudo, porque não temos adversário", afirma, sublinhando, contudo, que a explosão é "pacífica e democrática".
Questionado sobre quem será o primeiro-ministro caso o PRS vença as eleições, Kumba Ialá disse que "isso é um segredo".

O presidente do PRS, a viver em Marrocos desde 2005, após a vitória de João Bernardo 'Nino' Vieira nas presidebciais, recusou ser o primeiro-ministro guineense, não tendo revelado ainda quem vai ser apontado para a chefia do Governo caso aquela formação política vença as legislativas.
Lusa

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CPLP assina acordo para combate à Desertificação


O Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Domingos Simões Pereira, vai assinar, amanhã, (05/11/2008), em Istambul, na Turquia, um memorando de entendimento com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, representada pelo seu Secretário Executivo, Luc Gnacadja.
De acordo com uma nota do secretariado da CPLP, para alcançar o objectivo comum, pretende-se agora estabelecer uma plataforma de acção conjunta para cooperar no domínio da luta contra a desertificação e a degradação dos solos, combatendo os problemas da seca, da escassez, de água e da pobreza entre outros efeitos consequentes.

O acordo de cooperação ambiciona reforçar a sensibilização dos formuladores de políticas e decisores, e estimular a participação efectiva e coordenada de todos os actores relevantes envolvidos na luta contra a Desertificação. Estabelecerá como metas, ainda, o fortalecimento do envolvimento dos Estados-membros da CPLP nas plataformas de cooperação inter-regionais e de capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos.

No âmbito deste memorando, fixa-se a realização de diversas actividades como, por exemplo, seminários, campanhas de sensibilização e Educação e as estratégias de comunicação para apoiar e assistir tecnicamente os países da CPLP na elaboração e actualização dos Planos de Acção Nacionais.

A assinatura acontece à margem da sétima sessão do comité para a revisão da implementação da Convenção.

4-11-2008, 16:57:56
FS, Expresso das Ilhas

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Escândalo nas praias da capital com mulheres nuas e cenas de sexo exposto


Homens e mulheres nús, cenas de sexo exposto e pancadaria são alguns dos cenários que se assistem nalgumas praias de Luanda. A época balnear arrasta para as praias muitos banhistas.


O prazer de dar um mergulho no mar e matar, assim, o cansaço, de vários dias de trabalho é a opção para muitos. Mas o que se tem observado, nos últimos tempos, nas praias do Museu da Escravatura, e não só, tem deixado muitos banhistas e vendedores aterrorizados.
Dona Olga, vendedora no local, disse ao Novo Jornal que naquela praia acontece “de tudo um pouco”. “Os jovens que aqui fazem praia não têm responsabilidade. Muitos, às vezes, tomam banho nus, fazem amor ao ar livre e nós não podemos reclamar porque se reclamarmos eles vão por cima de nós”, explicou.

O consumo exagerado de bebidas alcoólicas por parte de muitos banhistas tem sido a razão apontada por algumas pessoas como sendo o motivo para o comportamento desaprovado. As constantes brigas entre membros do mesmo grupo, motivado pelo consumo de álcool, chegando mesmo a terminar em mortes, são outras queixas relatadas pelos populares.

De acordo com dona Olga, “só no mês passado, morreram três jovens ali”. A vendedora considera a situação “preocupante” e pede intervenção governamental. “Acho que o governo tem que prestar mais atenção à situação nas praias, porque a própria polícia, que faz o policiamento no local, só aparece quando há feridos ou mortos, o que é muito triste”, deplorou.

Fonte:Novo Jornal

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Morre na Itália a cantora sul-africana Miriam Makeba

A cantora sul-africana Miriam Makeba, 76, conhecida em todo o mundo como Mama África e famosa no mundo inteiro pela música "Pata Pata", morreu na madrugada desta segunda-feira (10) vítima de uma parada cardíaca depois de ter participado em um concerto a favor do escritor Roberto Saviano, ameaçado de morte pela máfia, na região de Nápoles.

A cantora morreu após participar de show em homenagem ao escritor Roberto Saviano
Voz lendária do continente africano e um símbolo da luta contra o regime do apartheid, Miriam Makeba passou mal depois de ter cantado por 30 minutos em um show dedicado ao jovem autor do livro "Gomorra" em Castel Volturno.

"Foi a última a sair do palco, depois de outros cantores. Houve um bis e neste momento alguém perguntou se havia algum médico entre o público. Miriam Makeba havia desmaiado e estava no chão", afirma um fotógrafo da agência France Presse presente ao evento.
Levada rapidamente para uma clínica de Castel Volturno, ela morreu em conseqüência de uma parada cardíaca.

Mais de mil pessoas compareceram ao concerto antimáfia, em uma área considerada um reduto da Camorra, a máfia napolitana, onde seis imigrantes africanos e um italiano foram assassinados em setembro passado em circunstâncias não esclarecidas.

Em "Gomorra", Roberto Saviano submerge o leitor no império da Camorra. O livro, traduzido para 40 idiomas, foi adaptado para o cinema e recebeu o prêmio do júri no último festival de Cannes e foi escolhido para representar a Itália no Oscar.

Miriam Makeba nasceu em 4 de março de 1932 em Johannesburgo. Ela começou a cantar nos anos 1950 com o grupo Manhattan Brothers e, em 1956, compôs "Pata, Pata", canção que seria seu maior sucesso.

A cantora viu seu país mudar com a chegada ao poder, em 1947, dos nacionalistas africaners. Aos 27 anos deixou a África do Sul pela carreira e teve a entrada proibida no país pelo compromisso com a luta anti-apartheid, incluindo a participação no filme "Come back, Africa".

O exílio durou 31 anos, em diversos países. A cantora fazia muito sucesso, mas seu casamento em 1969 com o líder dos Panteras Negras Stokely Carmichael, do qual se separou em 1973, não agradou as autoridades americanas, que a forçaram a emigrar para Guiné.

Depois da morte da filha única em 1985, voltou a viver na Europa, mas em 1990 Nelson Mandela a convenceu a retornar para a África do Sul.

MIRIAM MAKEBA - A Luta Continua

Fonte: France Presse, em Roma

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Cultura moçambicana no Brasil : Maravilhas do nosso país deixam cariocas encantados


O povo brasileiro, sobretudo os cariocas, fica deslumbrado com as maravilhas culturais de Moçambique. É um acto que decorreu no quadro da celebração da semana cultural de Moçambique naquele país da América Latina, que tinha como objectivos aproximar os dois povos, usando como pretexto as artes e a cultura.

Com efeito, de 6 a 9 do mês em curso, Moçambique esteve no Brasil e mostrou a sua capacidade criativa e inovadora, e, de forma conjunta, os moçambicanos e brasileiros celebraram ao ritmo da marrabenta e do samba as suas diferenças culturais, exaltaram as ligações e exprimiram os seus mais íntimos sentimentos, guindados por séculos de história, de semelhanças e de diferenças.

Pronunciando-se sobre o evento, o Embaixador moçambicano no Brasil, Isaac Murargy, afirmou que a presença dos artistas moçambicanos naquele país irmão – estamos ligados também pela língua portuguesa - é mais uma concretização que fortalece o intercâmbio multicultural entre os dois países.

Terra do plural, as amostras diversificadas através da arte multiplicaram-se num cenário multicolor que contribuiu para que os brasileiros não tivessem dúvidas da grandeza cultural moçambicana.

Como convidados estiveram o grupo de canto e dança “Milorho”, composto por nove bailarinos, Chila Lino na escultura, Chica Sales nas Artes plásticas, Ivan Luz e a apresentação de material reciclado, Suzethe Honwana, com as suas bonecas trajadas de capulana.

Chica Sales, artista plástica de renome, dos doze quadros de óleo sobre tela, dois feitos em tinta de china sobre papel, quatro aguarelas e dois lápis, infelizmente chegou à Brasília com seis quadros para a sua tão esperada exposição lhe porque foi desviada a mala contendo outras peças de arte, entre outros objectos preciosos programados para a mostra. Como uma mulher preparada, e porque verdadeira artista, Chica Sales não se abalou, antes fez dessa situação uma fonte de inspiração, conseguindo, após essa situação embaraçosa, produzir obras de belo efeito que estiveram patentes, a tempo e horas, na sala de exposição. Para isso, ela, de imediato, usou os pincéis e tinta que lhe foram fornecidos pela organização e preencheu as telas no Brasil preparadas, acto que impressionou a muitos dos que a acompanhavam e os demais que foram à sala de exposições para contemplar as suas obras e as dos demais compatriotas nossos. As suas obras foram oficialmente anunciadas e vistas no Museu Nacional da República.

Na música, Moreira Chonguiça, o homem do afro -jazz do momento, também se fez presente. Moreira cantou e encantou. Dotado de créditos já firmados no submundo do afro-jazz, Moreira Chonguiça conseguiu levantar a plateia e encarou estrondosas ovações dum público muito habituado aos sons da América Latina e dos Estados Unidos.

No campo cinematográfico não estiveram as grandes estrelas do Hollywood, mas os grandes cineastas moçambicanos mostraram obras de uma qualidade que fez abrir a boca aos brasileiros, eles também muito experientes na matéria de produção cinematográfica e com uma grande escola de produção de novelas.

Porém, Camilo de Sousa, Licínio de Azevedo e Elsa de Noronha não se deixaram quedar por isso, exibindo com a mesma verticalidade de quem vem de Hollywood os cinco filmes que tinham sido agendados para o efeito, entre os quais “Junod” , “O Crocodilo” e “O Grande Bazar”, películas que retratam a realidade sócio-cultural do povo moçambicano.

Na literatura, assistiu-se ao lançamento da obra “Nyembetê” do escritor moçambicano Calane da Silva.

Como os bons manjares da nossa terra não podiam faltar, porque também cartão-de-visitas, a gastronomia foi apresentada diariamente pelo Mestre Carlos Graça, cujo objectivo foi criar aos brasileiros e não só apetência e curiosidade nos apetitosos manjares dos nossos pratos típicos.

Fonte: Jornal Notícias

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O governo Moçambicano quer atrair 10 milhões de turistas por ano


O governo de Moçambique declarou nesta terça-feira a intenção de atrair 10 milhões de turistas estrangeiros por ano, apostando na melhoria dos aeroportos para receber vôos charter a partir de 2009.
O ministro moçambicano do Turismo, Fernando Sumbana, afirmou que a instituição está empenhada em tornar Moçambique num “destino turístico de classe mundial”.

As projeções do ministério moçambicano do Turismo apontam que até o final deste ano, o país será visitado por 800 mil turistas, em comparação aos 650 mil de 2007.

O incremento passa pela criação de condições que permitam aos aeroportos moçambicanos receber vôos charter, afirmou Fernando Sumbana.

As autoridades moçambicanas acreditam que o Mundial de Futebol de 2010 na vizinha África do Sul será um atrativo para colocar Moçambique no mapa turístico internacional, devido ao enorme potencial no turismo de praia e de safári de que o país dispõe.

Nessa perspectiva, estão em curso trabalhos de reabilitação da base aérea de Nacala, província de Nampula, no norte do país.

Sumbana adiantou que estão em curso contatos com parceiros internacionais e internos, com o objetivo de se conseguirem financiamentos para melhorar a infra-estrutura aeroportuária.

“Aliado a isto, temos já prontos os documentos normativos que vão regular todo o processo de investimento, incluindo a criação de infra-estruturas e promoção turística”, acrescentou.

FNT/Lusa do post

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Os ultimos momentos de Miriam Makeba


A MORTE de Miriam Makeba foi um drama que passou despercebido às cerca de quatro mil pessoas para quem ela actuou antes de cair inanimada nos bastidores de um palco de Castel Volturno, o vilarejo italiano perto de Nápoles onde ela morreu domingo. No entanto, alguns dos membros da sua banda acompanharam com alguma atenção – que mais tarde se transformou em emoção – os últimos instantes da vida da cantora, cujos restos mortais já se encontram na África do Sul.

O corista Zamo Mbutho, que trabalhou com Makeba durante 14 anos, descreveu os últimos instantes de Miriam Makeba como “simplesmente emocionantes”. “É difícil acreditar que isto (a morte da artista) aconteceu. Ainda temos a esperança que alguém venha e nos diga que é uma anedota, ela está bem. Preferia que ela nos tivesse dado um sinal claro de que se estava a ir, talvez isso nos teria preparado para o difícil”, disse Mbutho à chegada da banda de Makeba a Joanesburgo.

Descrevendo os últimos instantes de “Mama África”, como era conhecida a cantora, o baterista afirmou, no entanto, “pareceu que se estava a despedir”. “Ela cantou seis canções e por fim apresentou ‘Pata Pata’. Estava a divertir-se. Depois dessa canção agradeceu o público, ao mesmo tempo que distribuía uns tantos beijos com um sorriso radiante. Antes de sair do palco ainda deixou um micro na bateria. E foi já nas escadas (dos bastidores) que ela caiu”, comentou Zamo Mbutho, citado pelo diário “Sowethan”, de Joanesburgo.

O baterista Kwazi Shange recorda-se dos últimos instantes da vida de Makeba: “Eu estava com Zamo (depois da queda) a ver os paramédicos tentarem reanimá-la. Vi a sua face a mudar, mas estava ainda esperançoso na sua recuperação. Infelizmente, aconteceu o pior e estamos todos destroçados”, comentou ao “Mail e Guardian”, outro periódico da cidade onde “Mama África” nasceu há 76 anos.

O baixista com quem várias vezes Miriam Makeba veio a Moçambique, Mandla Zikalala, é, talvez, um dos colegas e companheiros que se conformou com o sucedido. Recordou que nada pode ser feito para mudar o que aconteceu com a diva sul-africana, apesar da tristeza que isso causa a todos. “Ainda estávamos a tocar as últimas notas quando ela caiu. Eu cheguei a pensar que era algo de pouca gravidade, que podia ser facilmente ultrapassado. Infelizmente era algo que resultou nesta saudade que já sentimos dela”.

Entretanto, as cerimónias fúnebres de Miriam Makeba ainda estão a ser preparadas em conjunto pela família da cantora e pelo Governo da África do Sul. Sabe-se apenas que será uma cerimónia de Estado e que o corpo da cantora será cremado, um desejo que ela manifestou em vida.~

CONCERTO NÃO TINHA ACABADO
O caixão com os restos mortais de Miriam Makeba chegou ontem ao Aeroporto OR Tambo de Joanesburgo provenientes de Itália. A recepção foi feita pela família, acompanhada de perto pelo Ministro sul-africano das Artes e Cultura, Pallo Jordan, e proeminentes músicos do país.

Efectuou-se depois uma procissão que levou o caixão do aeroporto a uma casa mortuária do Soweto, nos arredores de Joanesburgo.

A actuação de Miriam Makeba na noite de domingo em Itália nem sequer chegara ao fim quando ela se dirigiu aos bastidores, onde acabou caindo inanimada. Segundo o corista Zamo Mbutho, estava planeada a apresentação de doze temas, tendo sido apresentadas apenas seis, o último dos quais “Pata Pata”, que constituiu assim a apoteose do “show”.

Makeba deslocara-se aos bastidores provavelmente para trocar de roupa (que não era tanto sua marca) ou simplesmente para repousar-se um pouco, como também poucas vezes fazia.

Comentando o incidente, o guitarrista Mandla Zikalala recordou que “era a primeira vez que (Miriam Makeba) saía do palco sozinha”.

Moçambique poderá homenagear Mirian Makeba.
Moçambique pocurará formas de homenagear a artista sul-africana, Miriam Makeba, falecida esta segunda-feira na Itália.

O Ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, disse que Moçambique perdeu uma artista amiga e destacada personalidade para África e o Mundo.

Aires Aly afirmou que foi com grande pezar e consternação que o país recebeu a informação do falecimento da artista sul-africana, Miriam Makeba.

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Nelson Mandela afirma que Miriam Makeba foi a mãe da África do Sul


O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela afirmou nesta segunda-feira que a lenda da música e simbólica ativista antiapartheid Miriam Makeba, que morreu neste domingo, aos 76 anos, foi "a mãe da jovem nação".

"Foi a primeira-dama da canção da África do Sul e ganhou, merecidamente, o título de Mama África. Foi a mãe de nossa luta e de nossa jovem nação", afirma Mandela em um comunicado.

JOHANNESBURGO (AFP)

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Morre “pai” da cirurgia em Moçambique

O MÉDICO espanhol Juan Carballedo, considerado um dos “pais da cirurgia” no nosso país, faleceu subitamente sexta-feira em Maputo. O Doutor Carballedo participou na formação da maioria dos médicos moçambicanos especialistas em cirurgia, anestesia, medicina intensiva e traumatologia. Colaborador do Minsitério da Saúde no atendimento à população, formação de pessoal sanitário e apoio institucional, Juan Carballedo era também representante da organização espanhola Consórcio Inter-Hospitalar de Cooperação (CIC).

Fonte: Jornal Notícias

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Angola pode estar a combater no Congo


A cimeira no Quénia, que analisou a situação na RD Congo, viu esvaziado o seu esforço, sobretudo político, com a divulgação de que tropas angolanas poderão estar a combater ao lado dos militares do Governo. A ONU desmente.
De acordo com afirmações de um funcionário da ONU e de um oficial paraguaio dos "capacetes azuis", militares angolanos estarão a combater os rebeldes na zona de Goma, no Kivu-Norte.

Citados pela agência Associated Press, os elementos da ONU garantem que a tropa angolana chegou à região nos últimos quatro dias. Recorde-se que no dia 29 de Outubro, a RD Congo pediu formalmente a Angola apoio político e militar em face do avanço dos rebeldes liderados pelo general tutsi Laurent Nkunda.

A denúncia da presença angolana foi desmentida, a partir de Nova Iorque, por Edmond Mulet, sub-secretário-geral de ONU, admitindo que a confusão possa ter origem no facto de alguns soldados congoleses terem sido treinados em Angola e, por isso, falarem português.

A confirmar-se a presença angolana, poderá o que era um conflito local transformar-se em regional, sobretudo porque é previsível que, mais uma vez, o Ruanda, suspeito de apoiar os rebeldes, mande tropas para o país.

Estas informações surgiram horas depois de o Governo de Angola ter, em comunicado, apelado ao diálogo e à procura de "soluções definitivas".

Nkunda decretou um cessar-fogo unilateral na semana passada, quando as suas forças chegaram aos arredores da cidade de Goma, mas nos últimos dias sucederam-se as informações sobre confrontos na zona.

A ONU, que reconhece não ter capacidade militar (humana e bélica) para defender os civis, diz que ontem havia fortes combates em Kibati, a dez quilómetros a norte de Goma, onde cerca de 45 mil pessoas se refugiaram. Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou em Nairobi, onde participou numa cimeira africana sobre a RD Congo, que a força de manutenção de paz das Nações Unidas, MONUC, está no limite das suas capacidades.

Da cimeira, em que participaram também o presidente congolês Joseph Kabila e seu homólogo ruandês, Paul Kagame, saíu um apelo à resolução política do conflito, bem como à necessidade da criação urgente de um corredor humanitário para assistência aos cerca de 260 mil refugiados.

Foi também pedido a Ban Ki-moon "o reforço das forças de manutenção da paz" e a "adopção dos mecanismos à altura de pôr cobro à situação".

ORLANDO CASTRO 2008-11-08

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sao-Tomenses radicados em Cabo Verde, criam associacao.

São-tomenses radicados em Cabo Verde, criam associação para apoiar os caboverdianos idosos em São Tomé e Príncipe, bem como os seus descendentes.

Chama-se Associação dos Filhos dos Cabo-Verdianos Nascidos em São Tomé e Príncipe. Foi registado junto ao estado caboverdiano há cerca de 2 anos, e os seus representantes chegam este fim de semana a São Tomé, para estabelecer parcerias com outras organizações são-tomenses no sentido de atender os principais objectivos da sua criação. Apoio a inserção na sociedade caboverdiana dos antigos contratados que pretendem regressar a Cabo Verde, assim como a angariação de ajuda material e financeira com vista a melhoria das condições de vida dos são-tomenses descendentes de caboverdianos.
Por ocasião dos festejos da independência de São Tomé e Príncipe, no dia 12 de Julho último, os são-tomenses radicados em Cabo Verde, na maioria filhos dos antigos contratados para trabalho nas roças, mostraram a nação caboverdiana a sua verdadeira identidade.

Foi com músicas e danças das ilhas verdes como Ússua, Puita, e outras manifestações características de São Tomé e Príncipe, que a comunidade celebrou a festa maior do país. Numa nação crioula como é São Tomé e Príncipe, os descendentes de caboverdianos radicados na terra dos seus pais e avôs, mostraram que foram moldados desde a nascença com a massa são-tomense, ou seja, ” O homem é produto do meio social”.

É o caso da liderança da Associação dos Filhos de Cabo Verdianos Nascidos em São Tomé e Príncipe. A organização instituída na cidade da Praia - Cabo Verde há cerca de 2 anos, tem no seu seio antigos professores, militares, agricultores e também estudantes são-tomenses, que o tempo levou para a terra dos seus avôs, Cabo Verde.

Ligados a terra mãe, São Tomé e Príncipe, decidiram assumir a missão de ajudar os seus conterrâneos mais desfavorecidos. A Associação está a estabelecer parcerias com as organizações não governamentais da diáspora de Cabo Verde, a fim de canalizar ajuda material ou financeira a favor de projectos que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos descendentes de cabo-verdianos no arquipélago são-tomense.

Numa nota enviada ao Téla Nón, a Associação dos Filhos de Cabo Verdianos nascidos em São Tomé e Príncipe, anuncia para o dia 9 de Agosto a chegada de uma representação a São Tomé, exactamente para estreitar relações com as ONGS são-tomenses e definir estratégia de actuação. «Tentaremos assinar protocolo de parceria com outras associações lá existentes, distribuição de alguns materiais, dentre outras actividades», refere a Associação.

Braz Gabriel, professor do Liceu Domingos Ramos, na cidade de Praia, na qualidade de Presidente do Conselho de Direcção da Associação, promete trabalho duro, em prol do desenvolvimento da sua terra natal, São Tomé e Príncipe. «Dar apoio aos filhos dos cabo-verdianos que vêm de S. Tomé e Príncipe e ajudar os velhos e crianças que lá se encontram. Os nossos desafios são grandes e sozinhos achamos quase impossível caminharmos. Queremos parcerias com outras associações e instituições no sentido de podermos dar apoio aos nossos irmãos que se encontram em situação difícil», reforçou o Presidente da Direcção da Associação.

A delegação da Associação dos Filhos de Cabo Verdianos Nascidos em São Tomé e Príncipe, que chega ao país este fim de semana, é composta por três elementos. O contributo da associação poderá jogar papel importante no processo de luta contra a pobreza em São Tomé e Príncipe, uma vez que só os antigos contratados de Cabo Verde e os seus descendentes representam, segundo algumas estimativas, mais de 30% da população são-tomense.

A estimativa não toma em conta os contratados de Angola e Moçambique e os seus descendentes, com ênfase para os de Angola cujo número é bastante importante nas ilhas verdes.

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

«Sedgman» venceu concurso para construção de uma unidade de manuseamento


• O empreendimento terá capacidade inicial de produção de 800 toneladas por hora e mais tarde 3.000 toneladas por hora.

Os consórcios australiano e indiano das minas de carvão situadas na província de Tete, «Riversdale Moçambique e Tata Steel Limited», elegeram a sua congénere denominada «Sedgman» para construir uma unidade de manuseamento e preparação de carvão naquelas minas com vista ao arranque da produção em 2010 em reservas avaliadas em 1.255 mil milhões de toneladas métricas de carvão e tidas como as maiores de Moçambique.

De acordo com uma nota de imprensa dos consórcios «Riversdale Moçambique» e «Tata Steel Limited», a concessão das obras de construção da unidade industrial de manuseamento e preparação de carvão à empresa australiana «Sedgman» resulta de um concurso lançado pela «Riversdale Moçambique», dominado por capitais australianos e pela indiana «Tata Steel».

Entretanto, a mesma nota avança que até finais de 2008 a empresa australiana «Sedgman», firma vencedora do concurso, "deverá assinar um Acordo de Projecto e Implementação final e um relatório de definição de projecto".

O referido Acordo de Projecto e Implementação "vai conter todos os requisitos de infra-estruturas para o manuseamento de carvão numa unidade industrial com capacidade inicial de produção de 800 toneladas por hora e, posteriormente, para um outra capacidade de 3000 toneladas por hora".

Nesse âmbito, a nota de imprensa em causa documenta que esse processo "incluirá todos os materiais, planta e equipamento associados à construção das novas dependências para os devido trabalhos de exploração das minas de carvão de Tete".

A «Riversdale Moçambique» e a «Tata Steel» pretendem construir a primeira unidade industrial em 2009, "para sustentarem o seu projecto de produção de carvão metalúrgico duro e carvão térmico, com o objectivo de aumentar a capacidade para 3000 toneladas por hora até 2012".

Por outro lado, a mesma nota de imprensa daquele consórcio refere que, a «Sedgman» "é uma fornecedora de soluções de processamento para a indústria global de recursos minerais e uma empresa amplamente reconhecida como líder de mercado no projecto, construção e operação de unidades industriais de manuseamento e preparo de carvão".

Em Agosto último, o consórcio «Riversdale Moçambique» e a «Tata Steel» entregaram ao Governo moçambicano o estudo de viabilidade de exploração das minas de Bengo, apontando uma estimativa de produção de 20 milhões de toneladas de carvão por ano, num projecto cujo investimento inicial está orçado em 800 milhões de dólares (551 milhões de euros).

Por seu turno, a empresa australiana «Riversdale Moçambique» já anunciou a construção, a partir de 2009, de uma central térmica a carvão orçada em 1,2 mil milhões de euros, também na província de Tete, com capacidade para produzir dois mil megawatts, destinados ao consumo interno e à exportação para outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

De referir que há anos, a empresa brasileira Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD) também recebeu do Governo moçambicano os direitos de exploração nos próximos 35 anos do carvão de Moatize, com reservas estimadas em 2,5 mil milhões de toneladas de carvão, uma das maiores reservas mundiais ainda por explorar daquele mineral.

Com a devida autorização, a CVRD vai extrair 11 milhões de toneladas de carvão por ano, dos quais 8,5 milhões de coque para a indústria metalúrgica e 2,5 milhões de toneladas de carvão de queima para a produção de energia eléctrica.

(Emildo Sambo)

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Colóquio Anual da Lusofonia em Bragança


Língua portuguesa em risco?

Mistura com dialectos pode gerar novas línguas e aniquilar o português em países africanos - Linguistas
“É um processo linguístico que vamos ter que acompanhar e lutar para que a língua portuguesa vença, senão aparecerá uma nova língua”, disse à Agência Lusa a moçambicana Edma Sata, estudiosa do vocabulário, que se encontra a participar no evento.

Uma mistura de português e dialectos locais parece estar a gerar um novo idioma em alguns Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e alguns estudiosos temem que, se nada for feito, o português desapareça entre novas expressões. Esta preocupação surgiu em Brangança onde está a decorrer o Colóquio Anual da Lusofonia.

“É um processo linguístico que vamos ter que acompanhar e lutar para que a língua portuguesa vença, senão aparecerá uma nova língua”, disse à Agência Lusa a moçambicana Edma Sata, estudiosa do vocabulário, que se encontra a participar no evento. A linguista está em Bragança para partilhar o trabalho de recolha do léxico das línguas de Moçambique com o Colóquio anual da Lusofonia, que decorre até domingo na cidade transmontana.

Numa altura em que o novo Acordo Ortográfico para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) domina a discussão, esta estudiosa, citada pela LUSA, entende que, se nada for feito, “qualquer dia terá é que haver um acordo ortográfico a falar das variantes da mistura destas línguas”.

A mistura referida é o que considera a “confusão” em que o que predomina é “o meio português, meio dialecto”, explicou Edma Sata à agência noticiosa portuguesa.

“O português está muito assassinado em Moçambique, por exemplo, dizem descamisados para tirar a camisa, descabelar para cortar o cabelo, conflitar para entrar em conflito ou eu vou ali comprar umas jenessis, uma jeans", exemplificou.

Realidade semelhante é a de São Tomé e Príncipe, segundo outra estudiosa da línguas, natural daquele país, Helena Lima Afonso, que tem explicações idênticas às da colega de Moçambique. O acesso ao ensino da língua portuguesa chegou tarde, depois do período colonial, sobretudo para as populações rurais que sempre falaram os crioulos e que passaram a transferir a estrutura crioula, das línguas africanas, para o português.

“Daqui surgiu um português muito diferente do europeu com muitas interferências das línguas crioulas”, consideraram. “Mesmo os professores falam com essas interferências e passam para os alunos", contou Helena Lima Afonso.

Edma Satar tem exemplos de crianças que conhece, que falavam bem o português até irem para a escola e começarem a adquirir os novos termos. Tanto para Helena, como para Edma só será possível combater a situação apostando mais na formação dos professores e no incentivo à leitura e para isso, entendem que seria importante também contar com o apoio de Portugal. A comunicação social tenta dar um contributo, mas a linguista moçambicana lamentou que, por exemplo, em Moçambique os programas sobre a língua portuguesa passem na televisão em horários em que as crianças ou estão na escola ou na rua.

(Redacção / LUSA)

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Príncipe sem electricidade por carência de combustível


São Tomé - A ilha são-tomense do Príncipe regista actualmente cortes sucessivos de energia eléctrica na sequência da falta de combustível para a central local que o abastecimento era garantido pelo navio «Théreze» que naufragou na semana passada.

O navio, cujo naufrágio causou a morte de pelo menos 18 pessoas, transportava cerca de 10 mil litros de combustível para abastecer a central eléctrica da ilha do Príncipe.

A Empresa Nacional de Àgua e Electricidade (EMAE) está a racionar a distribuição de luz eléctrica às populações e na ilha do Papagaio a população só têm electricidade das 17 às 24 horas.

Uma fonte da EMAE precisou que se o stock de combustíveis não for reposto imediatamente a ilha ficará completamente às escuras.

O Governo, que carece duma embarcação própria para fazer a ligação inter-ilhas, contratou uma outra empresa que possui um navio com as mesmas características da embarcação acidentada.

(c) PNN Portuguese News Network

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Corrupção: Maioria dos países lusófonos piorou, Transparency International

Segundo o relatório apresentado hoje pela Transparency International que abrange 180 países, assinala que a maioria dos países lusófonos, excepto Cabo Verde, piorou a no índice global de corrupção.
A Transparency International, estima o grau de corrupção do sector público percepcionada pelos empresários e analistas dos respectivos países, e está organizada do menos corrupto (1/o lugar) para o mais corrupto (180/o), a que corresponde uma escala de 10 pontos (livre de corrupção) a zero pontos (muito corrupto).

Cabo Verde subiu dois lugares no índice, passando da 49/a para a 47/a posição, posição que partilha com a Costa Rica, Hungria, Jordânia e Malásia. A Cabo Verde segue-se o Brasil entre os estados lusófonos melhor classificados, no entanto a 80/a posição conseguida em 2008 revela uma queda de oito posições em relação ao ano anterior. O Burkina Faso, Marrocos, Arábia Saudita e Tailândia partilham a posição com o Brasil.

A descida menos significativa foi a de São Tomé e Príncipe, que passou do 118/o para o 123/o lugar, mantendo o mesmo número de pontos e partilhando a posição com países como o Nepal, Togo, Nigéria ou Vietname.

Moçambique caiu 15 posições na lista, ocupando agora o 126/o lugar, enquanto Angola e Guiné-Bissau perderam 11 lugares, uma queda que se registou igualmente na pontuação dos dois países.

Angola e Guiné-Bissau ocupam agora a posição 158 juntamente com Azerbaijão, Burundi, Gâmbia, Congo, Serra Leoa e Venezuela. Macau, é citado pelo segundo ano consecutivo como tendo registado um «agravamento dos níveis percebidos de corrupção», tendo passado do 34º para o 43º lugar.

Timor-Leste conta-se entre os países onde, segundo a Transparency International, a situação se deteriorou «significativamente» entre 2007 e 2008, tendo registado a pior queda com uma descida de 22 lugares.

Analisando a totalidade dos 180 países, a Dinamarca, Nova Zelândia e Suécia dividem o primeiro lugar como uma pontuação de 9,3 pontos, seguidos de Singapura como 9,2 pontos. Na ponta oposta da tabela, está a Somália com 1,0 pontos, precedida do Iraque e Myanmar com 1,3 pontos e do Haiti com 1,4 pontos.

(c) PNN Portuguese News Network

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EM NOVEMBRO, CABO VERDE E FRANÇA ASSINAM ACORDO SOBRE EMIGRAÇÃO


Cabo Verde e França vão assinar em Novembro, por ocasião da Conferência de Paris sobre emigração, um acordo de Mobilidade que compreende a facilitação de circulação e a abertura do mercado de trabalho francês a imigrantes cabo-verdianos segundo necessidades do país europeu.

O futuro acordo entre França e Cabo Verde centra-se na organização da imigração legal, na luta contra a imigração ilegal e no desenvolvimento solidário, segundo uma declaração conjunta dos dois ministros, divulgada hoje na Cidade da Praia.

Quanto à organização da migração legal, o futuro acordo prevê nomeadamente disposições relativas à facilitação de circulação de pessoas, a abertura do mercado de trabalho francês aos cabo-verdianos na base de uma lista de empregos, disposições sobre o intercâmbio de jovens profissionais e a possibilidade de jovens estudantes cabo-verdianos completarem os estudos e terem uma primeira experiência profissional em França.

O acordo entre os dois países compreende também, quanto à luta contra a imigração ilegal, o reforço do combate à falsificação de documentos e a cooperação para desmantelar redes de imigração clandestina.

A França compromete-se ainda a apoiar iniciativas de associações de imigrantes cabo-verdianos residentes no país e projectos de desenvolvimento em Cabo Verde que estes apresentem.

Recorda-se que Cabo Verde assinou com a União Europeia, a 05 de Junho passado, uma Declaração Conjunta sobre a Pareceria para a Mobilidade, uma iniciativa que se destina a agilizar o fluxo de pessoas entre o arquipélago e a Europa.

Em Dezembro do ano passado, a União Europeia escolheu Cabo Verde e a Moldávia como países piloto para uma nova abordagem das questões ligadas à imigração, facilitando a entrada de cabo-verdianos na Europa e de europeus no arquipélago.

FS, Expresso das Ilhas

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