segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

“Anibalzinho ainda não foi recapturado”

José Pacheco, desmente notícias postas a circular segundo as quais este foragido tinha sido apanhado pela Polícia na fronteira entre Moçambique e a Swazilandia. Classifica as informações de "rumores tendenciosos"
O ministro moçambicano do Interior, engenheiro José Pacheco, classificou de “rumores tendenciosos e de manobras de diversão”, as informações postas a circular segundo as quais o foragido Aníbal António dos Santos Júnior, também conhecido por Anibalzinho, tinha sido recapturado pela Polícia de Guarda Fronteira, em Namaacha, quando este se encontrava ao volante de uma viatura, a caminho da vizinha Swazilandia, um dia depois da sua “fuga” (?) das celas do Comando da cidade de Maputo.

Citando fontes da Policia não identificadas, alguns órgãos de comunicação social em Maputo noticiaram ao principio da semana em curso, isto é um dia após a alegada “fuga” de Anibalzinho e outros dois comparsas, que este tinha sido recapturado pela polícia moçambicana na última segunda-feira, sem ter oferecido nenhuma resistência às autoridades policiais, próximo da fronteira entre Moçambique e a Swazilândia, hipótese desde logo posta em duvida pelas fontes do Canal de Moçambique na Namaacha. Agora vem o próprio ministro do Interior, José Pacheco dizer que “são manobras de diversão para quem quer comprometer o trabalho que a Polícia está efectuar neste momento para a localização e recaptura dos fugitivos”.
De acordo o ministro, “ainda não existem dados que possam ajudar a recaptura” dos três mais mediáticos criminosos da actualidade moçambicana. Segundo a opinião pública e mesmo até de sectores críticos na própria polícia, a saída dos três cadastrados das celas do Comando da PRM na Cidade de Moputo pode ter sido um acto engendrado dentro da liderança da corporação.
O titular da pasta do Interior, referiu que neste momento, decorrem trabalhos de uma comissão por si criada, visando apurar as circunstâncias que terão permitido a suposta fuga de Anibalzinho, Todinho e Samito, das celas do Comando da Polícia ao nível da capital do país, consideradas pelas autoridades local mais seguro do que a Cadeia de “Máxima Segurança”, vulgo BO, na Machava de onde o confesso líder do esquadrão na morte que a 22 de Novembro de 2000 assassinou o jornalista Carlos Cardoso, já saíra por duas vezes, segundo ele próprio, apadrinhado por alguns oficiais superiores da polícia.
O própiro Anibalzinho disse em Novembro deste ano ao ZAMBEZE que dali nunca fugiu, mas, sim, tiraram-no. Pacheco afirmou que a referida comissão, também ainda não apurou nada, sendo que qualquer informação que tenha sido adiantada não passa de “simples rumor e manobra de diversão que não podemos confirmar”.

Actual situação dos da capital do país
Entretanto aqui na cidade de Maputo, onde a Polícia da República de Moçambique (PRM) diz ter reforçado a sua capacidade operativa para conter eventuais acções criminosas durante a quadra festiva que se avizinha, parece que os mesmos criminosos também dentro de reforço das suas estratégias de actuação começam a contrariar a resposta da Polícia.
Grupos de malfeitores começam a aumentar as suas incursões nalguns bairros desta urbe, sobretudo durante as noites, protagonizando assaltos com diversos meios. Desde ao princípio da semana em curso, pelo menos cinco residências foram tomadas de assaltado no bairro da Polana Caniço "B", através do uso de meios contundentes, por desconhecidos que nelas se apoderaram de diversos bens, incluindo electrodomésticos.
Os assaltos vêm acontecendo durante a noite e na presença dos proprietários, que por enquanto não têm tido capacidade de resistir às acções dos meliantes. Não está posta de parte a hipótese de se voltar a assistir a uma onda de acções de justiça pelas próprios mãos a que as populações geralmente recorrem para fazer estancar ondas de criminalidade quando as autoridades se revelam incapazes de suster as acções dos miliantes.
Num outro bairro, Polana Caniço "B", muitas pessoas vem-se queixando de estarem a ser vitimas de acções criminosas nas ruas, mesmo a pouca distância dos locais onde a polícia está habitualmente, suscitando a impunidade da Policia que já se diga que os agentes que não defendem as vítimas dos roubos estão mais virados para a extorsão de jovens que andam sem bilhetes de identidade, que aliás é um documento que apesar das várias promessas de solução o mesmo Ministério do Interior, que tem a seu cargo a Identificação Civil (DIC) continua a mão conseguir satisfazer a procura. Às vítimas têm estado a ser-lhes tirados bens tais como valores monetários, telemóveis, para além de algumas terem sido molestadas. Ainda esta semana, a PRM reconheceu o aumento dos índices da criminalidade no país todo.

(Bernardo Álvaro)

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