segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

HCM já trata problemas relacionados com a disfunção renal

Os pacientes de Maputo com patologia relacionada com disfunção renal já não precisam se deslocar ao estrangeiro. O Ministro da Saúde, Ivo Garrido, diz que foi vencido o cepticismo de alguns que ainda duvidavam de que em Maputo iria passar a haver uma unidade médica de género.
Passados trinta e três anos de independência o Hospital Central de Maputo (HCM) conta finalmente, desde a última segunda-feira com uma unidade médica de Hemodiálise que se destina ao tratamento de pacientes que sofrem de patologias relacionadas com a disfunção renal. A referida unidade é, passe a definição, uma máquina, digamos, de rins artificiais. Nessa máquina processa-se a diálise, isto é, através de um processo artificial, por filtração, são retiradas todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal.
Contrariamente, ao que até ao momento vinha acontecendo, com a inauguração daquela unidade médica de hemodiálise, os pacientes que careciam de tratamentos com o referido equipamento já não precisam de se deslocarem ao estrangeiro para se tratarem.
De acordo com o ministro da Saúde, Prof. Dr. Paulo Ivo Garrido, a Hemodiálise é um procedimento por meio do qual se faz o sangue do doente circular através de um aparelho externo denominado dialisador. Ivo Garrido vaticina igualmente que esta constitui a primeira unidade de hemodiálise do país, adiantando que “mais uma vez estamos a pôr em funcionamento algo que muitos consideram impossível mesmo depois de termos aberto ainda este ano, neste hospital uma unidade de cuidados médicos extra-corporal relacionados com o coração”.
Mostrando-se agastado com o cepticismo de certos círculos de opinião quanto aos “avanços” que o pelouro de saúde pode registar no sentido de proporcionar mais e melhor acesso ao tratamento de diversas patologias, o interlocutor viria a referir que muito se tem falado de auto-estima mas na prática acontece o contrário. "Assistimos a casos de doentes que por pequenina coisa atravessam a fronteira para receberem tratamento no estrangeiro mesmo sabendo que internamente podem ser curados”, disse Ivo Garrido para de seguida referir que “esta unidade que acabamos de inaugurar vai contribuir para a melhoria assistencial aos pacientes que padecem de patologias renais e a diminuição de envio deste tipo de doentes para os países estrangeiros”.
Na mesma ocasião, o titular da pasta governamental da Saúde disse que o equipamento da unidade de hemodiálise ora inaugurada foi oferecido pelos japoneses e “é de alta tecnologia e qualidade”.

(Emildo Sambo)

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