segunda-feira, 8 de junho de 2009

África junta-se contra a elefantíase

Imagem retirada do site www.elmundo.es

FILARIOSE enfática ou elefantiase, uma doença que se caracteriza frequentemente pela dilatação dos órgãos humanos, como pernas, braços, seios e testículos, poderá ser eliminada até 2020, estando previsto para este ano o início de uma campanha de tratamento massivo de pessoas infectadas.
Nos termos do plano desenhado, estima-se que dois milhões de pessoas serão assistidos. É um grande desafio, mas que as autoridades da Saúde acreditam em resultados positivos.
O tratamento será grátis e as autoridades sanitárias contarão com apoio do “Programa de Doação de Mectizan”, que se prontificou a doar o medicamento aos 39 países mais endémicos do planeta.
Estatísticas disponíveis indicam que 40 porcento dos casos de filariose enfática ocorrem em África.

De acordo com Mouzinho Saíde, director nacional de Saúde, filariose é uma das doenças negligenciadas que de forma silenciosa e dramática faz muitas vítimas mortais no país.
Atendendo a esta realidade, no ano passado foi elaborado um plano sobre as consideradas doenças negligenciadas que se acredita irá minimizar o impacto negativo da filariose.
Dados disponíveis indicam que só Maputo está livre desta enfermidade, sendo Cabo Delgado, Nampula e Zambézia as províncias mais afectadas. Nalguns casos as ocorrências atingem 80 porcento, situação que é deveras preocupante.

Para discutir estas e outras questões ligadas à doença estão em Maputo desde ontem representantes de 20 países a participar numa reunião de âmbito anual dos coordenadores nacionais de programas de filariose da região africana, bem assim peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do escritório regional para África.

Debruçando-se sobre a doença, Ricardo Thompson, investigador do Instituto Nacional de Saúde, disse que os mosquitos são os transmissores do parasita que provoca a doença no homem. Eles picam maioritariamente as crianças, mas só a partir dos 20 anos de idade é que é possível notar sinais da doença.

Nos dias que correm já há cura contra a infecção. Todavia, a cura fica complicada quando a enfermidade estiver numa fase avançada. Por falta de conhecimento muitas pessoas associam a filariose a questões tradicionais o que acaba lhes prejudicando, visto que não têm ido às unidades sanitárias.

É por esta razão que o Ministério de Saúde irá desenvolver um trabalho para tratar as pessoas infectadas, tendo como horizonte a prevenção de mais casos. Este pelouro espera forte apoio dos parceiros e de forma particular a Organização Mundial da Saúde.
Para El Hadi Benzerroug, representante da OMS em Moçambique, a reunião de Maputo é ocasião para os participantes trocarem experiências que possam servir para eliminar a filariose até 2020.

No geral os países participantes têm a mesma situação em termos da doença, o que significa que em conjunto é possível encontrar soluções adequadas para eliminar a doença.
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