A partir deste mês : A cidade de Maputo poderá conhecer, muito brevemente, significativas melhorias nas condições de higiene e saneamento do meio em resultado da entrada em funcionamento, a partir deste mês, de uma operadora privada responsável pela gestão e recolha de resíduos sólidos urbanos. Trata-se da EGF, uma sub-holding do grupo Águas de Portugal para a área do negócio de resíduos depois que, em consórcio com a empresa sul-africana Neoquímica, ganhou nos finais do ano passado, um concurso lançado pelas autoridades municipais para a limpeza da capital durante os próximos três anos.
Neste momento a empresa vencedora do concurso está em processo de mobilização, a partir da vizinha África do Sul, dos equipamentos necessários, nomeadamente 70 contentores com capacidade de 12 metros cúbicos cada um e quatro viaturas que se espera estejam no país dentro dos próximos dias. No âmbito do concessionamento das áreas para a operação da recolha e remoção de resíduos sólidos urbanos, a EGF deverá ter os seus equipamentos posicionados na zona de cimento, considerada de alta densidade.
Questionado sobre o número de contentores e de viaturas, o vereador para a área da Saúde e Salubridade do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, João Schwalbach considerou-os de suficientes tanto é que, segundo explicou, com a contratação de um operador privado para o trabalho de recolha e remoção do lixo não significa que a edilidade vai se demitir daquela acção.
“Nós vamos continuar com a recolha nas zonas de baixa densidade, bem assim com o trabalho de varedura e serviços especiais, para além de controlar o sistema”, disse. A propósito, explicou que para além da própria edilidade foi também contratada, no âmbito da parceria pública e privada, uma empresa internacional que vai fazer a monitoria e fiscalização de todo o trabalho de limpeza da cidade.
Fora daquele facto vai igualmente desenvolver acções de formação de fiscais dos Serviços de Salubridade do Conselho Municipal da Cidade de Maputo. Trata-se, de acordo com a fonte, de uma acção que vai ser desenvolvida durante um ano, período considerado suficiente para o treinamento do pessoal que vai se encarregar pela continuidade do trabalho.
Para além do concessionário a iniciar os trabalhos de limpeza da cidade ainda no decurso deste mês, a edilidade da capital do país assinou também contratos com 14 micro-empresas que desde a última terça-feira estão já a proceder à recolha primária no interior de alguns bairros periféricos da cidade. Entre os bairros abrangidos, destacam-se os de Xipamanine, Chamanculo A e B, Polana Caniço B, Maxaquene A, Urbanização, Hulene B, Ferroviário, Mahotas, Inhagóia A e B e Luís Cabral.
No entanto, João Schwalbach considerou ser ainda cedo para fazer qualquer tipo de avaliação da sua intervenção já que, segundo afirmou, algumas das referidas micro-empresas ainda estão em processo da sua organização. “Nós vamos continuar a fazer o seu acompanhamento e ajudar em alguns aspectos da sua organização”, segundo afirmou.
Refira-se que o envolvimento de privados na gestão e remoção de resíduos sólidos urbanos insere-se na implementação do plano director desenhado e aprovado pelas autoridades municipais visando melhorar as condições de higiene e saneamento do meio na cidade de Maputo.
Maputo, Segunda-Feira, 7 de Abril de 2008:: Notícias
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