A VISITA de Estado que o Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, iniciou ontem a Moçambique vai marcar um “novo ciclo no relacionamento” entre os dois países, segundo analistas políticos baseados tanto em Maputo, como em Lisboa.
Trata-se da primeira visita oficial que Cavaco Silva efectua a um país africano de língua oficial portuguesa (PALOP), após a sua ascensão ao cargo de Presidente da República em 2006.
É igualmente a primeira deslocação de um representante do Estado português a Moçambique após a resolução do “dossier” HCB (Hidroeléctrica de Cahora Bassa), considerado o último símbolo do colonialismo no país. A HCB está localizada na província de Tete.
Trata-se da primeira visita oficial que Cavaco Silva efectua a um país africano de língua oficial portuguesa (PALOP), após a sua ascensão ao cargo de Presidente da República em 2006.
É igualmente a primeira deslocação de um representante do Estado português a Moçambique após a resolução do “dossier” HCB (Hidroeléctrica de Cahora Bassa), considerado o último símbolo do colonialismo no país. A HCB está localizada na província de Tete.
A Imprensa lisboeta tem vindo a destacar a visita de Cavaco Silva a Moçambique no decurso da semana finda, como é o caso do 'Jornal de Negócios', o semanário 'Expresso', o Diário de Notícias, entre outros.
O Presidente português quer “inaugurar um novo ciclo” entre Moçambique e Portugal, depois da resolução da interminável questão da HCB, que prolongou o trauma pós-colonial, diz, por exemplo, o “Diário de Notícias”, na sua edição da última quarta-feira.
A ideia do “novo ciclo” tem a ver também com o facto de o país (Moçambique) ter atingido uma fase de consolidação democrática, acrescenta a mesma fonte.
Depois de uma sangrenta guerra de 16 anos terminada em 1992, Moçambique é considerado neste momento como um exemplo de “boa governação” e de sucesso na reconciliação. O crescimento económico médio está estimado em 8 por cento ao ano.
A língua e a cultura são uma importante componente desta viagem e a prová-lo está o facto de os ministros da Educação e Cultura fazerem parte da comitiva presidencial, sublinha a Imprensa lisboeta. A visita de Cavaco Silva, que surge em resposta ao convite que lhe foi formulado pelo Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, prolongar-se-a até quarta-feira.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, os secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, bem como o do Comércio fazem igualmente parte da delegação.
E como a economia anda de braço dado com a política, a comitiva de Cavaco Silva integra ainda 40 empresários, escolhidos criteriosamente entre cerca de 150 candidatos, privilegiando, segundo fonte oficial da Presidência portuguesa citada pela Imprensa lisboeta, as empresas que já têm ligações com Moçambique e as que, não as tendo, provaram o seu interesse em consegui-las.
Os presidentes dos conselhos de administração do Millennium bcp, Carlos Santos Ferreira, da Caixa Geral de Depósitos (CGD), banco detido em 100 por cento das acções pelo Estado português, Faria de Oliveira, e do BPN (Banco Português de Negócios), Abdool Karim Vakil, o CEO da Galp Energia, José Manuel Ferreira de Oliveira e o presidente da Comissão Executiva do Grupo EFACEC, Luís Filipe Pereira, são alguns dos nomes escolhidos para acompanhar o Presidente português. Em Moçambique, o Millennium bcp é sócio maioritário do Millennium bim, enquanto a CGD e o BPI (Banco Português de Investimento) controlam o Banco Comercial de Investimento (BCI-Fomento).
Cavaco Silva quer aproveitar para tornar a viagem numa oportunidade de negócios, diz, por seu turno, o “Jornal de Negócios”.
O jornal destaca, por exemplo, as áreas de Infraestruturas, onde construtoras portuguesas dominam, Turismo (com investimentos em segmentos altos), Banca, Energia, onde a EDP (Electricidade de Portugal), a GALP e SGC sondam mercados. Tecnologias, Editoras e Farmacêuticas são outras áreas.
Domingos Mossela, da AIM, em Lisboa
Maputo, Terça-Feira, 25 de Março de 2008:: Notícias
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