quarta-feira, 30 de abril de 2008

Vacina Contra a Malaria



Nhacolo falava semana passada num evento que juntou profissionais de comunicação social e dirigentes ligados ao combate contra o paludismo, promovido pela Rede de Jornalistas Africanos de Pesquisa da Malária-Moçambique, por ocasião do Dia Mundial da Luta Contra Malária.
“Garanto que a fase III arranca no segundo semestre deste ano, pois estamos a trabalhar nesse sentido”, assegurou o coordenador.

O ensaio da terceira fase é o pré-requisito para o licenciamento da vacina e será feito a milhares de pessoas em vários países. O mesmo tem por objectivo avaliar, uma vez mais, a segurança dos produtos já testados.

Os resultados dos mais recentes ensaios feitos no CISM foram divulgados o ano passado, tendo ficado reiterado o sucesso das pesquisas. Segundo os mesmos, o produto é eficaz contra a malária, ao reduzir em 65 por cento as novas infecções em bebés, por um período de três meses após terem recebido um tratamento consistente em três doses.

Mostram, de igual modo, que a vacina reduz em 35 por cento os episódios clínicos de malária, ao final de seis meses de seguimento após a primeira dose de tratamento.

Nhacolo apelou aos jornalistas a continuarem a buscar informação adequada para educar as comunidades a aderirem aos métodos de prevenção e tratamento disponíveis. Afirmou que as portas do CISM estão abertas para os profissionais de comunicação social irem buscar qualquer esclarecimento em torno do trabalho ali desenvolvido.

No mesmo encontro, Kate Bronwlow, directora nacional da Malaria Consortium, anunciou a disponibilidade de cerca de 2.300.000 meticais para trabalhos jornalísticos de pesquisa, produção de suplementos temáticos e suportar outras actividades que possam contribuir para a redução da malária.

Clara Manjate, da Direcção de Saúde da Cidade de Maputo, afirmou que o Governo está a “fazer de tudo” para prevenir e tratar a malária nas comunidades. Segundo ela, vários métodos estão em curso, tal é o caso da distribuição de redes mosquiteiras nas unidades sanitárias, tratamento intermitente preventivo, entre outros.

Lamentou o facto de a pulverização não estar a trazer os resultados esperados, uma vez que os rociadores não têm agido dentro das expectativas do sector da Saúde.

Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indicam que a malária continua a ser a principal causa de morte de crianças em Moçambique. Estima-se que cerca de 36000 crianças morrem de malária todos os anos.

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