Dezasseis supostos angolanos na situação de residentes ilegais, entre os cinco mil estrangeiros que aguardam deportação no Centro de Repatriamento de Lindela, localizado em Krugersdord, situado a 145 quilómetros de Pretória, África do Sul, foram recentemente visitados pelo do cônsul geral de Angola em Joanesburgo, Narciso do Espírito Santo. Durante a visita, Narciso do Espírito Santo, que percorreu, dentre outros sectores, a sala de registo prisional, o centro de Documentação e Informação, o sector feminino e o compartimento clínico de Lindela, manteve um encontro com a direcção do recinto prisional, onde recebeu explicações das várias dificuldades com que o centro se debate, assim como dos esforços que as autoridades sul-africanas estão a envidar para estancar a imigração ilegal.
A oportunidade foi também aproveitada para Narciso do Espírito Santo solicitar às autoridades policiais sul-africanas uma colaboração mais estreita, no sentido de informar ao Governo de Angola, através da Embaixada e dos seus consulados, sempre que detiverem cidadãos supostamente de nacionalidade angolana. Neste momento, o consulado de Angola em Joanesburgo está a trabalhar afincadamente com uma equipa especializada do Centro de Repatriamento para identificar a verdadeira nacionalidade dos supostos angolanos que aguardam pela sua deportação.
Segundo estatísticas fornecidas ao cônsul-geral de Angola, o Centro de Repatriamento de Lindela, adstrito ao Ministério do Interior da República da África do Sul, deportou, desde o ano de 2002, 189 cidadãos de nacionalidade angolana, detidos em território sul-africano sem qualquer documentação legal. Os angolanos são apreendidos na sua maioria em Joanesburgo e Pretória e nas principais zonas costeiras do país, como Durban e Cape Town. As autoridades migratórias sul-africanas informaram que o Centro de Repatriamento está preenchido de imigrantes ilegais, na sua maioria provenientes de Moçambique, Zimbabwe e do Este de África.
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