Com base no reforço do protocolo de cooperação cultural entre Angola e Moçambique, o Museu Nacional da Escravatura pretende apresentar à delegação cultural daquele país uma proposta de acção que incluirá a organização itinerante, nos dois países, de várias palestras sobre aspectos inéditos do tráfico de escravos, assim como de uma exposição acerca da “Escravatura e literatura em Angola e Moçambique”. A afirmação foi feita pelo director desta instituição museológica, Simão Souindoula.
A participação de especialistas nas actividades celebrativas, em ambos países, do Dia Internacional da Comemoração do Tráfico Negreiro e da Abolição, será também outro dos aspectos importantes de um eventual acordo no domínio da promoção memorial.Assinado em 2005, o referido protocolo, que abrange as áreas da acção cultural, património cultural, arquivos, arquivistas e formação artística, deverá também incluir, segundo o director do museu, a realização de espectáculos musicais e coreográficos sobre o tema “Rostos de escravos”, concertos de jazz, com o título de “Memória Viva” e exposi-ções de artes plásticas com base em “Olhares sobre a escravatura”.
No país, desde terça-feira última, a delegação cultural moçambicana, chefiada pelo director Nacional da Cultura daquele país, Domingos do Rosário Artur, analisará também sobre um eventual programa de trocas de documentários e programas radiofónicos.A organização de uma exposição de artesanato, sobre o título de “Memória partilhada”, e a de prestações itinerantes, nos dois países, de peças de teatro sobre “Dolorosos caminhos” e de um concurso de desenho “Quatro séculos de escravatura”, são outras das propostas a serem colocadas no acordo.
A implementação do protocolo de cooperação, que visa, sobretudo, facilitar a circulação de produtos artísticos e culturais, a promoção e realização de eventos conjuntos e o estabelecimento de parcerias de colaboração, vai incluir também o apoio de Moçambique a campanha internacional de reco- lhas de financiamentos complementares a favor da edificação de um memorial no Morro da Cruz.
As propostas de acções abrangem ainda, no domínio da documentação, a execução de trocas de suportes iconográficos, bibliográficos e discográficos, bem como as publica-ções de estudos comparativos sobre o tráfico de escravos e o seu enraizamento lexical nas línguas bantu angolanas e moçambicanas, a escravatura e sua ancoragem nas tradições orais de ambos países, no campo da investigação científica.
Na vertente multilateral, Simão Souindoula acredita que o protocolo deve também ter uma especial atenção ao apoio dos projectos sobre “Southern African Slave Wreecks Route Project”, programa que vai envolver, além de Angola e Moçambique, África do Sul e as ilhas Maurícias e de “ Iniciativas Culturais nos Palop” da União Europeia.
Fonte: Angola Xiami (ADRIANO DE MELO)
Moçambique e Angola reforçarão ações de cooperação no domínio da aplicação de políticas sociais e na formação de técnicos, no âmbito das prioridades estabelecidas entre os dois países.
O reforço das relações, em matéria de política social será o resultado da visita de seis dias que o ministro da Assistência Social de Angola, João Baptista Kussumua, fará nesta semana a Moçambique, a convite da ministra da mesma pasta, a moçambicana Virgínia Matabele.
A visita servirá para instituir um mecanismo de troca de experiências na área da política social e para reforçar a cooperação na formação de técnicos e desenvolvimento de ações conjuntas no plano da ação social.
As políticas sociais são as últimas de um conjunto de áreas (trabalho, turismo, indústria e comércio) em que os dois países decidiram estreitar a cooperação, até então incipiente, apesar de ambos integrarem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Em visita recente a Moçambique, o primeiro-ministro angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos, o "Nandó", defendeu o "reforço das relações de cooperação" com Maputo, pela identificação de um número maior de áreas de intercâmbio.
"Há condições para Moçambique e Angola reforçarem a cooperação", disse então o governante angolano, que entregou ao presidente moçambicano, Armando Guebuza, uma carta do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
O reforço das relações, em matéria de política social será o resultado da visita de seis dias que o ministro da Assistência Social de Angola, João Baptista Kussumua, fará nesta semana a Moçambique, a convite da ministra da mesma pasta, a moçambicana Virgínia Matabele.
A visita servirá para instituir um mecanismo de troca de experiências na área da política social e para reforçar a cooperação na formação de técnicos e desenvolvimento de ações conjuntas no plano da ação social.
As políticas sociais são as últimas de um conjunto de áreas (trabalho, turismo, indústria e comércio) em que os dois países decidiram estreitar a cooperação, até então incipiente, apesar de ambos integrarem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Em visita recente a Moçambique, o primeiro-ministro angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos, o "Nandó", defendeu o "reforço das relações de cooperação" com Maputo, pela identificação de um número maior de áreas de intercâmbio.
"Há condições para Moçambique e Angola reforçarem a cooperação", disse então o governante angolano, que entregou ao presidente moçambicano, Armando Guebuza, uma carta do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
Também o ministro do Turismo de Moçambique, Fernando Sumbana, assinou em Luanda, com o seu colega de pasta, acordos de cooperação no domínio do turismo para facilitar a atribuição de vistos.
Os entendimentos abrangem a formação, mas também a partilha de fluxos turísticos, o incentivo a investimentos de empresários e operadores de hotelaria e turismo bem como a investigação científica para fins de desenvolvimento do turismo sustentável e expansão do setor de hotelaria.
Angola e Moçambique comprometem-se igualmente a harmonizar as suas legislações do setor do turismo com os quadros normativos em vigor na Organização Mundial do Turismo (OMT) e na SADC.
Em maio, também em Luanda, os dois países assinaram acordos de cooperação nas áreas da proteção recíproca dos trabalhadores dos dois países, formação profissional e segurança social.
Angola e Moçambique têm também debatido a questão da dívida de Maputo a Luanda, orçada em US$ 36 milhões (R$ 67,3 milhões) e relacionada com a compra de combustíveis..
Fonte: Lusa Brasil
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