domingo, 18 de maio de 2008

Luta contra malária: Novo medicamento no país

Tabela de Dosagem de "Coartem" (medicacao anti-malaria)

UM total de 1440 mil doses de tratamentos de malária de marca “coartem” estão disponíveis para a população moçambicana, produto de uma doação ao nosso Governo feita pelos Estados Unidos de América (EUA), através da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Orçados em 1.740 mil dólares norte-americanos, os comprimidos para pessoas de todas as idades foram adquiridos na Suíça numa entidade denominada “Novartis”, proprietária da marca “coartem”.

A cerimónia de entrega decorreu ontem, no Armazém Central de Medicamentos do Ministério da Saúde (MISAU), localizado no município da Matola.
Dentre outras personalidades, estiveram na cerimónia Todd Amai, director para Moçambique da USAID, Américo Assane, director nacional da Assistência Médica no MISAU.
Todd Amai, na ocasião, disse que o gesto constitui uma grande satisfação para os EUA e seu povo, tendo em conta o contributo que estão a fazer para o combate contra malária em Moçambique, particularmente nos grupos mais vulneráveis, como sejam as mulheres grávidas e crianças de zero aos cinco anos.



Efeitos de contra-indicacao de medicamento anti-malaria

“Estamos convictos de que este medicamento será encaminhado às pessoas que mais necessitam em todo o país. Sabemos que a malária é um grande problema em Moçambique”, referiu Todd Amai, para quem a luta contra a malária deve ser feita por todos.

Presentemente, o “coartem” é usado na segunda linha para o tratamento da malária. As autoridades de Saúde, incluindo os próprios EUA, consideram este medicamento altamente eficaz para curar a malária em pessoas de todas as idades, desde que o diagnóstico seja rápido.
O “coartem” tem aval da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso sem qualquer receio. É por isso que alguns países africanos que enfrentam graves problemas devido à malária já adoptaram-no como medicamento da primeira linha.

“Estamos no processo de revisão das linhas de tratamento da malária. Este medicamento poderá ser utilizado na primeira linha dentro em breve. Todavia, ainda há aspectos técnicos e formais que devem ser seguidos até que tal vontade se concretize”, explicou Américo Assane.
Relativamente à distribuição, o director afirmou que será cumprido o plano tradicional do sector em que uma parte será enviada às províncias, distritos, postos administrativos e unidades sanitárias.

Conforme disse, tudo será feito para que o medicamento seja utilizado dentro da validade. Parte do medicamento expira o prazo de validade em Dezembro do próximo ano pelo que é preciso harmonizar o circuito de distribuição às pessoas mais necessitadas.
A doação dos EUA está enquadrada na Iniciativa do Presidente dos EUA Contra a Malária (PMI) que arrancou em 2007, ano em que foram canalizados de diversas formas 18 milhões de dólares para as actividades de combate contra a malária.
O montante foi um acréscimo aos cerca de seis milhões de dólares colocados para o sector da Saúde em 2006.

Para o presente ano, os EUA, no âmbito da mesma iniciativa, comprometeram-se a transferir para Moçambique 20 milhões de dólares norte-americanos.
O valor tem sido utilizado para a aquisição de redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração, pulverização intradomiciliária, diagnóstico e tratamento, monitoria e avaliação.
No geral e na base da iniciativa, os EUA esperam reduzir em 50 por cento o número de mortes causadas pela malária em 15 países africanos, atingindo 85 por cento de cobertura da população mais vulnerável.

Fonte: Jornal Notícias

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