sábado, 17 de maio de 2008

Antigo Comandante do ZIPRA afirma que o País está sob o poder militar

“Uma clique da ZANU-PF encoraja Mugabe a continuar no poder, ao mesmo tempo que é movida uma campanha de terror por todo o país” - Dumisso Dabengwa “O regime deu rédeas soltas aos comandantes das forças armadas para que recorram a métodos brutais contra a oposição, incluindo agressões e assassinatos de pessoas inocentes” – Bernard MatongoDumiso Dabengwa, destacado comandante da guerrilha zimbabweana fiel a Joshua Nkomo durante a luta pela independência, é citado por diversos correspondentes a dizer que o Zimbabwe passou a estar debaixo do poder dos militares após a derrota de Mugabe e do seu partido, a ZANU-PF, nas eleições de 29 de Março último.
Dabengwa, que foi treinado na antiga União Soviética, disse que o desdobramento de soldados do regime de Harare no âmbito da campanha para uma segunda volta das eleições presidenciais era uma indicação de que o exército estava agora a dirigir o país. O antigo comandante da guerrilha de Joshua Nkomo acrescentou que “uma clique da ZANU-PF encoraja Mugabe a continuar no poder, ao mesmo tempo que é movida uma campanha de terror por todo o país.”



Um analista de assuntos militares, Bernard Matongo, afirmou que Mugabe havia dado o seu consentimento aos comandantes das forças armadas para lançaram uma campanha de limpeza contra conhecidos activistas do Movimento para a Mudança Democrática na esperança de que eles acabariam por desistir de ir às urnas na eventualidade de se realizada uma segunda volta das eleições presidenciais.
Matongo salientou que o chefe de fila do regime de Harare havia dado “rédeas soltas aos comandantes das forças armadas para que recorressem a métodos brutais contra a oposição, incluindo agressões e assassinatos de pessoas inocentes.” Entretanto, a comunidade internacional continua a manifestar o seu repúdio contra o regime instalado em Harare. Delegados à 43ª sessão ordinária da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, a decorrer em Ezulwini, Suazilândia, escutaram com apreensão diversas petições apresentadas por organizações não-governamentais de direitos humanos, em que sobressaiu a condenação da fraude eleitoral no Zimbabawe, e o uso da violência política como forma de se silenciar a oposição e manter no poder um regime detestado pela esmagadora maioria do povo.
Os representantes dessas organizações exigiram a intervenção da União Africana para se solucionar a crise política do Zimbabwe, tendo apelado para a proibição do fornecimento de todo o tipo de armas a esse país, para o fim das atrocidades perpetradas pelas forças militares e milícias da ZANU-PF e para a substituição de Thabo Mbeki como mediador do conflito criado pelo regime de Mugabe. Cartazes de solidariedade para como povo zimbabueano, realçando o dever incontornável da União Africana em livrar os zimbabueanos da crise em que se encontram mergulhado, foram afixados no recinto de acesso à sala das reuniões plenárias do referido órgão da organização continental africana, para embaraço da delegação do regime de Harare ao encontro. (Redacção / SW Rádio Africa)

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