segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Corredor de Maputo é modelo na SADC - segundo avaliação da Associação das Empresas Ferroviárias da África Austral (SARA)

O CORREDOR de Maputo é considerado modelo em termos de parcerias, gestão e capacidade de atracção de negócios a nível da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), segundo avaliação da SARA, uma associação regional de empresas e instituições ligadas à actividade ferro-portuária. Até muito recentemente, o Corredor da Beira era assumido como referência a nível da região, estatuto que viria a perder devido à crise política que condiciona o desempenho da economia do vizinho Zimbabwe.

Segundo Bernard Dzawanda, presidente da Southern African Railways Association (SARA), são doze, no total, os corredores disponíveis na região da SADC, o menor dos quais é o de Goba, que liga Moçambique e a Suazilândia, com apenas 226 quilómetros de extensão. Ainda assim, segundo Dzawanda, a linha de Goba detém um potencial para se tornar num dos melhores corredores da região, em termos de negócios, mercê do bom desempenho que o mesmo tem estado a conhecer a nível da gestão e cumprimento das normas e regulamentos definidos para aquele sector de actividade.

No âmbito do protocolo sobre transportes, comunicações e meteorologia, a SADC criou os chamados comités de gestão de rotas que ligam dois ou mais países, que no contexto da indústria ferroviária convencionou-se chamar corredores.

Abordado há dias em Manzini, na Suazilândia, à margem de uma conferência sobre o Corredor de Goba, Bernard Dzawanda explicou que a criação dos referidos comités tinham em vista criar um espaço para a identificação dos problemas e busca colectiva das soluções para os problemas que condicionam a boa prestação dos corredores enquanto infra-estruturas indispensáveis no processo de desenvolvimento.

É com este objectivo que estes comités têm mandato para se reunir quatro vezes ao ano, podendo remeter à Assembleia Geral da SARA somente aqueles problemas cuja solução não esteja ao alcance dos integrantes dos comités.

Grosso modo, segundo o nosso interlocutor, a totalidade dos corredores da SADC enfrenta o problema da escassez de recursos para o desenvolvimento das infra-estruturas, tal é o caso do Corredor de Goba, que no mês passado juntou os seus parceiros na cidade suázi de Manzini, para buscar soluções concertadas.

“Na verdade, o Comité do Corredor de Goba tem sido dos poucos que reúne quatro vezes ao ano, conforme o estabelecido, ocasiões que têm sido aproveitadas para a troca de informações e planificação de projectos de negócios que podem ser executados em conjunto. Por exemplo, sabe-se que a Suazilândia possui reservas minerais que vão começar a ser exploradas em breve. A ideia agora é saber como é que isso será escoado com o menor custo possível e com benefício para todos.

A SARA, segundo Dzawanda, integra empresas e organizações com interesse na área ferroviária, que se juntam no interesse de promover as linhas férreas e contribuírem para o desenvolvimento dos países.

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