quarta-feira, 9 de julho de 2008

Joaquim Chissano apela para fim de violências políticas no Zimbabwe


O ex-Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, faz parte dum grupo de 40 personalidades africanas signatárias duma carta aberta na qual apelaram para o fim das violências políticas no Zimbabwe e a organização duma segunda volta livre e justa a 27 de Junho.



"Estamos profundamente preocupados com as informações que nos chegam sobre casos de intimidação, perseguição e violência. As condições apropriadas devem estar reunidas para que a segunda volta das eleições presidenciais decorra de maneira pacífica, livre e justa", sublinham os signatários da carta.

Adiantaram que apenas desta forma as partes políticas zimbabweanas poderão lançar as suas campanhas eleitorais e permitir aos cidadãos exprimir livremente a sua vontade política.
Os signatários pediram igualmente o levantamento da suspensão, pelo Governo zimbabweano, das organizações humanitárias internacionais.

Defenderam igualmente o envio "dum número adequado de observadores eleitorais independentes durante o processo eleitoral e para verificar os resultados" da segunda volta e que deverá opor o Presidente cessante, Robert Mugabe, ao líder da oposição, Morgan Tsvangirai.
"Os Zimbabweanos lutaram pela libertação para determinar o seu próprio futuro. Foram consentidos muitos sacrifícios durante a guerra de libertação. Para responder às aspirações dos que se sacrificaram, nada deve ser feito para negar a expressão legítima da vontade do povo do Zimbabwe", lê-se na carta.

Entre os signatários da carta figuram os ex-Secretários-Gerais das Nações Unidas, o Ganense Kofi Annan e o Egípcio Boutros-Boutros Ghali, a esposa do ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela, Graça Machel, dois vencedores do Prémio Nobel da Paz, o arcebispo sul-africano Desmond Tutu e a Queniana Wangari Maathai.

Os antigos chefes de Estado da Tanzânia, Ali Hassan Mwinyi e Benjamin Mkapa, e do Botswana, Ketumile Masire e Festus Mogae, bem como o músico senegalês Youssou Ndour, também assinaram a carta.

Fonte: Pana

Nenhum comentário: