terça-feira, 24 de março de 2009

Projectada terminal oceânica de contentores no Porto de Nacala


UMA terminal oceânica de contentores poderá ser construída brevemente no porto de Nacala, em Nampula, para atender ao processamento ou manuseamento de carga contentorizada proveniente da parte norte do Oceano Índico. O facto foi anunciado por Fernando Couto, administrador do Corredor de Desenvolvimento do Norte, CDN, entidade gestora daquele complexo.
Ele avançou que existem boas perspectivas para a concretização do projecto, que também é disputado por outros países da região austral de África, como as Comores e Maurícias.
Fernando Couto acrescentou que a direcção do CDN encontra-se neste momento a trabalhar com outros parceiros na perspectiva de viabilizar o empreendimento, que considera ser um grande desafio para o mercado portuário da região.

“O porto de Nacala está situado numa zona estratégica do Oceano Índico, com melhores condições naturais e que, por isso, pode ser a futura terminal de contentores para a parte sul de África. Por isso aceitamos ou temos que estar nesse grande objectivo da terminal”, anotou.

Por conseguinte, e segundo disse, têm-se vindo a fazer trabalhos de monitoria dos pilares do actual terminal de contentores, para se evitar que ocorram situações que possam dificultar o funcionamento do novo, uma vez que o cais foi concebido para funcionar como um terminal normal, tendo sido adaptado para operar com carga contentorizada.

Num outro desenvolvimento, Fernando Couto deu a conhecer a existência de outros projectos em curso que poderão dar ainda uma maior rentabilidade ao porto, concretamente o de plantação de bananas de Namialo, posto administrativo do distrito de Meconta, que poderá iniciar, a curto prazo, a exportação da grandes quantidades dessa fruta a partir daquele porto.

“Quando os principais compradores com quem temos tido vários contactos começarem a exportação da banana, em Dezembro do presente ano, teremos cerca 145 contentores por semana a saírem de Moçambique para o mercado do Médio Oriente, essencialmente, e também para o mercado do sul da Europa”, frisou.

Em relação à banana, Fernando Couto disse que foram criadas as condições para o seu armazenamento, estando em estudo uma eventual transformação do armazém em local de refrigeração.

A empresa produtora e exportadora da banana terá o seu representante permanente no porto, o que vai facilitar a articulação entre os responsáveis da sua empresa e do Corredor de Desenvolvimento
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