segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cheias no centro e sul: Vítimas recebem material de construção

UMA operação de canalização de elevadas quantidades do material de construção civil como cimento e barrotes, arrancou ontem em Caia visando a construção de casas das vítimas das cheias dos últimos dois anos nas diferentes zonas de reassentamento ao longo das bacias hidrográficas de Zambeze e Save, nas províncias de Manica, Sofala, Tete, Zambézia e Inhambane.

A acção começa exactamente numa altura em que algumas vias se apresentam praticamente intransitáveis, sobretudo ao longo do vale do Zambeze.

Por conseguinte, foram mobilizadas seis embarcações a motor fora de bordo para transportar material para o distrito de Mutarara, zona que, coincidentemente, alberga uma grande parte dos infortunados. O mesmo tipo de transporte fluvial vai igualmente operar ao longo do Zambeze no trajecto Marromeu/Chinde com idêntico objectivo.

Sobre o assunto, a Reportagem da nossa Delegação da Beira soube nem contacto telefónico com o director-geral do INGC, João Ribeiro, que se pretende com este processo concluir a construção de 2260 casas que transitaram do ano passado, maioritariamente já na fase de cobertura.
Paralelamente, está sendo distribuído material para o arranque da construção de um total de 2190 casas planificadas neste processo para este ano, sendo que o Governo central aprovou um orçamento de 167.460 mil meticais, dos quais 30 por cento da primeira tranche estão sendo aplicados para material, aluguer de transporte e treinamento dos artesãos.

Segundo as previsões, espera-se que as casas que não foram concluídas no ano passado venham a terminar em Maio próximo, numa altura em que os governos das províncias afectadas são instados pelo INGC a observarem escrupulosamente o plano de reassentamento de forma integrada para permitir o rápido desenvolvimento das comunidades no combate à pobreza.

O processo de construção de casas para as vítimas das cheias tinha conhecido um certo abrandamento em consequência do último período chuvoso e ciclónico que normalmente ocorre no país entre Outubro e Março. Por isso mesmo, a reactivação do processo cria grande ansiedade no seio da comunidade envolvida, pois a produção de blocos estabilizados superou as expectativas das respectivas autoridades administrativas.

De acordo com o director regional centro do INGC, Valdemar Jessen, do universo de habitações melhoradas a serem erguidas este ano, a província de Sofala está contemplada com 800 unidades, 890 em Tete, 275 em Manica, 870 na Zambézia e 165 em Inhambane.
A experiência adquirida ano passado provou que o custo de cada casa é de 55 mil meticais.Com o mesmo objectivo, o Governo disponibilizou no ano passado 71250 mil meticais para a construção de 2071 casas, incluindo as 1333 iniciadas e não concluídas em 2007.

Por seu turno, os parceiros financiaram 982 unidades, totalizando assim 3503 residências.
O Governo está a trabalhar no sentido de reassentar, num curto espaço de tempo, um total de 55 mil famílias que nos últimos dois anos foram assoladas no país por factores combinados de cheias e ciclones.
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