segunda-feira, 18 de maio de 2009

Distribuídas 170 mil toneladas de açucar


Cerca de 168.000 toneladas de açúcar, entre branco e amarelo, foram distribuídas pelo mercado moçambicano, em 2008, o que representa um aumento de nove por cento, quando comparado com o volume de vendas realizadas em 2007.
Este aumento, segundo a Associação das Empresas Produtoras de Açúcar de Moçambique (APAMO), é o resultado, entre outros factores, da diminuição do contrabando deste produto no país.

Durante o ano em análise, de acordo com aquela associação, verificaram-se “grandes melhorias na venda de açúcar moçambicano no mercado doméstico, dando continuidade à evolução positiva que se vem registando desde os anos passados. Neste contexto, as 168.000 toneladas colocadas no mercado, representam mais um recorde atingido pela Distribuidora Nacional de Açúcar-DNA”.

As vendas médias mensais atingiram níveis de 13.985 toneladas, ultrapassando assim as médias mensais de 2007, que foram de 12.821 toneladas.
Com os volumes de vendas que se têm registado nos últimos anos, ficam ultrapassados os níveis de consumo médio que foram inicialmente estimados em 12.000 toneladas por mês, “colocando uma necessidade de se rever o nível actual de consumo per capita”.
A APAMO identificou diversos factores como principais contribuintes para o melhoramento das vendas que se vêm registando no país, entre os quais o alargamento da rede de distribuição e comercialização de açúcar por todo o país realizado pela DNA, introduzindo novos postos de vendas “mesmo em zonas mais recônditas”.

A estratégia de uniformização do preço de açúcar em todo o país adoptada em 2007 continuou a ter efeitos positivos durante o ano de 2008.
“Mais ainda, a DNA continuou a investir no capital humano, para garantir maior agressividade na distribuição de açúcar por todo o país”, sublinha a APAMO.

Para aquela associação, um outro factor não menos importante tem a ver com a diminuição do contrabando de açúcar em Moçambique. A APAMO realça mesmo que “o contrabando reduziu-se a níveis insignificantes durante o ano de 2008, devido aos problemas económicos que o Zimbabwe enfrenta actualmente, que diminuíram o nível de açúcar disponível naquele país”.
Acredita-se, contudo, que se a grave crise económica que presentemente se abate sobre o Zimbabwe for ultrapassada, o contrabando do açúcar para Moçambique pode voltar a eclodir, se não forem tomadas as devidas providências do lado moçambicano.

Refira-se que a redução do contrabando de açúcar continuou a contar com o apoio das Alfândegas de Moçambique, em conjunto com a indústria açucareira, que tem vindo a investir no desenvolvimento deste sector, um dos mais afectados pela guerra terminada em 1992 em Moçambique.

Dados estatísticos da APAMO apresentam a evolução das vendas anuais de açúcar no mercado moçambicano no período compreendido entre 2000 e 2008. A subida significativa das vendas começou a registar-se a partir do ano 2002, com a criação da DNA.

Fonte: AIM

Nenhum comentário: