quinta-feira, 10 de abril de 2008

Maputo poderá enfrentar falta de água a partir de 2010


A CIDADE de Maputo poderá enfrentar escassez de água a partir de 2010. Apesar de ser considerada uma das zonas do país com o maior acesso à água potável, existem zonas onde este líquido apenas jorra algumas horas, o que se deve ao facto de a água ser um recurso cada vez mais escasso, devido ao aumento do seu consumo. Por outro lado, a escassez poderá estar relacionada ao facto de Moçambique depender dos seus recursos hídricos, ou seja, dos rios, e a maior parte dos quais é partilhada com outros países da região.


Estas informações foram reveladas recentemente pelo Ministro das Obras Públicas e Habitação, Felício Zacarias, na cidade de Tunes, Tunísia, no decurso da Primeira Semana Africana de Água.
Zacarias referiu que, por essa razão, o Governo tem estado a procurar investimentos para construir a barragem de Moamba-Major, na província do Maputo.

”A cidade de Maputo tem água apenas até 2010, depois daí começará a enfrentar uma escassez. Por essa razão, estamos à procura de financiamento para a construção da barragem de Moamba-Major”, disse.

O ministro salientou que para além de estar a trabalhar para evitar que a crise se concretize em Maputo, tudo está sendo feito para que outras partes de Moçambique não venham a enfrentar uma severa escassez de água, que poderá pôr em causa o desenvolvimento.


Nós temos conhecimento de que é preciso fazer qualquer coisa na bacia do Púnguè e já estamos a planear a construção de três barragens para reservar água. Uma delas será construída na zona de Nacarranga, entre os rios Nyazónia e Púnguè, em Manica”, disse Zacarias, revelando ainda que a previsão é de que até ao início do próximo ano as obras tenham sido iniciadas, para o que se conta com financiamento do Governo da Itália, num valor não revelado. “Falta apenas concluir questões de documentação”, apontou.

Outros empreendimentos em carteira são as barragens de Pavuia e Bué Maria, na bacia do Púnguè. Neste momento, o Governo está à procura de financiamento para realizar um estudo de viabilidade.
Fátima Mimbire, da AIM

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