terça-feira, 20 de maio de 2008

Moçambique precisa construir um exército moderno


O ministro moçambicano da Defesa, Filipe Nyussi, disse nesta sexta-feira, na cidade de Nampula, que a política castrense do país deve basear-se na construção de um exército moderno, com homens qualificados e a altura das necessidades do país em termos de defesa e outras acções afins. Falando à margem de uma visita de familiarização com a Academia Militar Marechal Samora Machel, Nyussi, fez crer que o exército deve ser como uma janela para a vida, pois, segundo referiu, “é no exército onde começa a formação do homem do amanhã”.
Na ocasião, o comandante da Academia Militar Samora Machel, disse ao ministro da Defesa que aquela instituição militar do ensino superior, necessita pouco mais de 28 milhões de meticais para a concretização de três grandes projectos, cuja não realização comprometerá em grande escala o decurso das actividades daquela Academia. No role destes projectos, afigura-se a compra de uma aeronave para aulas práticas dos pilotos aviadores que a instituição forma; a reabilitação da messe dos oficiais, que actualmente embora tenha capacidade para servir 24 oficiais, está no entanto a servir 96, para além da aquisição de novos fardamentos e o apetrechamento da biblioteca local e, finalmente, como terceiro grande projecto, a reabilitação de três infra-estruturas vitais para o funcionamento da academia.


Num outro passo, o ministro da Defesa ficou a saber que a Academia Militar Samora Machel, debate-se ainda com insuficiência de recursos, tanto materiais, financeiros bem como humanos. A este propósito, o ministro moçambicano da Defesa prometeu para ao longo do tempo a resolução dessas e outras dificuldades que a instituição que ostenta o nome do primeiro presidente de Moçambique. Segundo ele esses problemas serão resolvidos gradualmente.
Nyussi afirmou categoricamente que não sairá da Academia Militar nenhum estudante que não saiba trabalhar com nenhum instrumento do seu ramo, sobretudo, no que se refere aos pilotos aviadores, que tem sido uma das área que não tira sono a direcção da Academia por não existir naquela instituição uma aeronave para treinos práticos. Como será Nyussi não disse, no entanto, verdade seja dita, não forma pilotos sem aeronaves de instrução.
Entretanto, a Academia Militar Samora Machel, funciona actualmente com base nos fundos do Orçamento Geral do Estado, que em muitos casos nunca chega a responder na totalidade, aliás, conforme apurou o «Canal de Moçambique» no local nem chega sequer para corresponder a solução de um horizonte de 60% das necessidades da instituição. A situação orçamental é minimizada pelos apoios que tem recebido de outros países, como é o caso da China, Reino Unido, Estados Unidos da América, Portugal, Brasil e França.

SMO vs criminalidade
Instado pela comunicação social a pronunciar-se no tocante ao aumento da onda de criminalidade no país, se o mesmo fenómeno não estaria ligado a não integração social dos jovens que terminavam de cumprir com o Serviço Militar Obrigatório, disse que não isso constituía verdade. Segundo Nyussi, "a criminalidade no país deve ser estudada a sua origem com mais profundidade. Não fica bem dar culpa a pessoas que possam ser inocentes", disse.
Num outro passo, a fonte fez crer que os jovens recém saídos das fileiras do SMO saem, na sua maioria com o mínimo de noções para prosseguirem com uma vida mais tranquila. O ministro da Defesa de Moçambique, que no último fim-de-semana trabalhou na província de Nampula, mostrou-se satisfeito com o nível organizacional que se vive no seio das FADM a nível daquele ponto do país.
Fonte: Aunicio da Silva

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