MAIS de 600 técnicos ligados à Extensão Rural no país estão a ser treinados desde Maio do ano em curso tendo em vista uma melhor prestação no incremento da produção agrícola na safra 2008/2009. A iniciativa é do Ministério da Agricultura e conta ainda com a contribuição de diversos parceiros de cooperação.
A nossa Reportagem soube de Inácio Nhacale, chefe do sector de formação no Ministério da Agricultura, durante uma sessão de exercício prático de actividades ligadas à extensão no campo agrícola da Associação Armando Guebuza, em Magul, distrito de Bilene em Gaza, ser aposta daquele pelouro, para além de criar as melhores condições possíveis para o sucesso da próxima campanha, também preparar todo o corpo técnico para os desafios da Revolução Verde.
A formação dos extensionistas compreende matérias relativas aos métodos de extensão agrária, o quadro de políticas agrárias, agro-negócios, micro-finanças, agro-processamento, entre outros assuntos.Na associação de Magul, os 130 técnicos de extensão, provenientes da região sul do país tiveram a oportunidade de participar numa aula prática sobre agricultura de conservação, que preconiza o uso intensivo de material orgânico para a retenção da humidade na terra, que tem a vantagem de contribuir para a redução de custos de produção.Um extensionista de Gaza afirma que o sucesso deste empreendimento passa por um maior apetrechamento dos técnicos em meios materiais e financeiros.“Equacionamos que nesta tentativa de busca de soluções para o incremento de rendimentos num processo cada vez mais célere o factor humano deve ser potenciado com meios.
Os nossos extensionistas para melhor desempenho irão precisar de mais motorizadas, uniforme, pulverizadores e outro equipamento para melhor fazerem as demonstrações junto dos camponeses”, frisou .Para os técnicos de Inhambane, presentes no evento, está simplesmente claro que o seminário irá produzir resultados, particularmente nesta altura em que está em curso a reorientação dos Serviços de Extensão na província.“Acredito que mesmo em zonas tradicionalmente conhecidas como detentoras de solos pobres para a prática da actividade agrícola, casos de Mabote, Funhalouro e Pande, em breve abrir-se-á um novo ciclo, porque estão criadas as condições para lá levarmos tecnologias visando a prática da agricultura com base nas condições localmente possíveis”, disse a propósito o técnico de extensão Álvaro Abdula.
Por seu turno, Marcelo Chiconela, presidente da Associação Armando Guebuza, em Magul, colectividade visitada pelos extensionistas, salientou que a presença dos técnicos foi um grande estímulo ao trabalho que a sua colectividade tem vindo a realizar, uma vez que os conhecimentos transmitidos aos camponeses contribuirão para uma melhor prestação.“Contudo, devo dizer que mesmo assim vínhamos produzindo sem grandes sobresaltos. O nosso único problema é a dificuldade de escoamento da nossa produção para posterior comercialização, porque nos encontramos relativamente longe da Estrada Nacional. Estamos a trabalhar no sentido de conseguirmos ainda este ano uma viatura para esse efeito”, assegurou Marcelo Chiconela.
VIRGÍLIO BAMBO
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