Em Moçambique apenas três em cada 10 crianças alimentam-se exclusivamente de leite materno nos primeiros seis meses de vida, ao contrário do que é recomendado.
Esta é uma das razões por detrás dos elevados índices de doenças e subnutrição em crianças abaixo dos cinco anos de idade, tal como está a ser alertado pelas autoridades a propósito da Semana Mundial de Aleitamento Materno
Esta é uma das razões por detrás dos elevados índices de doenças e subnutrição em crianças abaixo dos cinco anos de idade, tal como está a ser alertado pelas autoridades a propósito da Semana Mundial de Aleitamento Materno
Um inquérito demográfico realizado em 2003 revelou que perto de 65% dos bebés são amamentados durante a primeira hora logo após o parto, e 91 por cento são no primeiro dia.
São números encorajadores que não se reflectem contudo no que acontece posteriormente.
Martinho Dgedge é do ministério da saúde e disse que “só 30% tem amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses com tendência para baixar aos 4 ou 5 meses para 13 a 17%.
"A prioridade é aumentar o número de mães que amamentam os seus bebés.”, concluiu.
Abandono do aleitamento materno .
Duas jovens mães explicam quais as razões de deixarem de amamentar os seus filhos.
Uma delas diz que “o que se diz é que os seios vão cair, que ficam velhas e que os homens não vão apreciar”.
Outra refere-se à crença segundo a qual “não podem manter relações sexuais desprotegidas com o nosso parceiro pois senão o leite fica contaminado”.
E o preço pelo abandono do aleitamento materno a favor de fórmulas artificiais vai para além do que estas custam, nas farmácias e estabelecimentos comerciais em que estão à venda.
Martinho Dgedge fala de “consequências nefastas devido à sub nutrição provocadas pelas diarreias, porque a criança pode consumir produtos não adequados, e a um crescimento defeituoso” das crianças.
“Estando malnutrida a criança fica mais vulnerável a doenças que com uma boa nutrição poderíam ser facilmente resolvidas e dado o seu estado físico debilitado pode mesmo ser levada a morte”, explica.
BBC África
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