segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cresce produção do frango nacional


A PRODUÇÃO do frango nacional registou um crescimento assinalável ao longo dos últimos quatro anos, como resultado de medidas governamentais para controlar as importações e incentivar os produtores nacionais o que contribuiu para o desenvolvimento da indústria avícola. Algumas destas regras incluem a importação do frango num prazo inferior a 80 dias após o abate e o pagamento de direitos aduaneiros às autoridades moçambicanas.


Informações da Associação Moçambicana de Avicultores (AMA) indicam que a produção cresceu 20 por cento entre 2006 e 2007, enquanto que no primeiro trimestre do presente ano se registou um crescimento de 0.4 por cento comparativamente a igual período do ano passado.
No presente ano de 2008, a indústria avícola espera produzir 30 milhões de pintos. Até 2005, a indústria do frango operava somente a 10 por cento da sua capacidade.

Neste crescimento, a componente do processamento foi a que mais se notabilizou em relação a outras actividades, tais como a comercialização, transporte, abertura de unidades de produção, aquisição de incubadoras ou abertura de novas fábricas de rações.

Segundo Jake Walter, da TECNOSERVE, empresa que presta assessoria aos avicultores, “as empresas não conseguiam comprar o frango dos pequenos produtores e estes, por sua vez, não conseguiam pagar as dívidas junto à banca. Por seu turno, as fábricas de rações também não cumpriam os seus compromissos junto dos financiadores”.

Para agravar esta situação, os criadores e produtores nacionais operavam com dificuldades em consequência das elevadas quantidades de frango congelado importado de alguns países como o Brasil, vendido a preços baixos e que sufocava o consumo do frango nacional.
Jake Walter entende que a competitividade no contexto da economia global é um dos factores que salvou a indústria avícola nacional.

“Hoje, a produção do frango comercial aumentou em 400 por cento comparativamente a 2004”, disse Walter que acrescentou que “a acção do Governo para reduzir a concorrência desleal e melhorar a qualidade e peso do frango nacional ajudaram a dar um outro rumo à avicultura em Moçambique”.

Para a AMA não é somente a produção que aumentou. As campanhas feitas em todo o país para o consumo do frango nacional, os investimentos nas unidades de produção, fábricas de rações, incubadoras, matadouros, bem como na saúde animal ajudaram a incutir nos avicultores nacionais a consciência de competitividade.

Apesar destes avanços, algumas dificuldades persistem na actividade avícola, nomeadamente a escassez de apoio aos produtores para a aquisição de matérias-primas ou expansão das suas actividades, a fraca disponibilidade do crédito bancário devido às taxas de juros altas, o quase inexistente investimento nos matadouros e a persistência de importações pouco clarificadas de frango do exterior.

Fonte: Jornal Notícias

Um comentário:

Unknown disse...

E de louvar o trabalho que o governo mocambicano efectuou.
Houve um crescimento bastante acentuado desde 2004 a 2011.
Mas ha ainda que melhorar no peso,no aspecto da apresentacao do produto.
Boa parte do frango consumido em maputo provem da africa do sul,convem produzir mais porque "quanto maior for a producao menor e o preco".
No mercado de abate da cidade de maputo temos as seguintes empresas:Lacto paiva,Ugc,Mozambique Farms,Higest.
Em primeiro ponto temos que pensar na maximizacao da producao para fornecer completamente o mercado nacional sem deixar qualquer espaco para defice.
Em segundo lugar devemos comecar a pensar em exportar o nosso frango.
Lembrando que mocambique tem os seguintes factores favoraveis:bom clima,mao de obra barata,possui portos para o escoamento do produto.

Muhamad Rajah
Estudante de Economia