segunda-feira, 15 de setembro de 2008

FACIM encerra com acordos de negócios


Alguns acordos de parceria entre empresas nacionais e estrangeiras poderão vir a ser rubricados dentro de próximos tempos, como resultado directo de inúmeros contactos estabelecidos durante a realização da 44ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM 2008) que ontem encerrou. Para já, o fim de semana foi marcado pela assinatura de dois memorandos entre o African Banking Corporation e o Instituto Nacional de Promoção de Exportações (IPEX) e o outro entre esta entidade e o Gabinete das Zonas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA).

Um terceiro memorando deverá ser rubricado dentro de dias com o Centro de Promoção da Agricultura Comercial (CEPAGRI).

Estes memorandos seguem-se a um outro rubricado, há dias, entre a IAP – Insumos Agrícolas e Pecuária que opera na província de Tete e a Kishore da Índia, que prevê entre outros fins, o fornecimento pelos indianos de máquinas que podem dinamizar a agricultura naquela região do país e não só. Enquanto isso, muitos outros parceiros estrangeiros, sobretudo chineses, procuram se inteirar sobre a fertilidade dos solos de Tsangano, tendo em conta o seu potencial para a produção de trigo.

A representação da Zambézia que tem o seu forte no chá, que já é exportado para mercados da Inglaterra e Índia, acredita que pelos contactos estabelecidos se possa chegar a acordos para a venda deste produto noutros mercados do mundo.

Da província do Niassa fala-se de contactos com algumas entidades sul-africanas para a colocação do milho, enquanto que alguns indianos e chineses mostram-se interessados por alguns recursos minerais, designadamente pedras preciosas e carvão mineral. O chineses mostram, igualmente, interesse pela soja.

Fontes ligadas ao pavilhão do Niassa lamentaram a fraca capacidade de industrialização dos seus produtos, considerando que tal tem vindo a fazer com que, por exemplo, o pouco arroz que é produzido em regiões como Mecanhelas esteja a ser exportado em bruto para o Malawi, donde retorna para a província já processado e a preços exorbitantes.

João Macaringue, presidente do Conselho de Administração do IPEX disse, num balanço sobre a 44ª edição da FACIM, que a mesma superou as expectativas. “Há uma cada vez mais presença de empresas agrícolas na feira o que para nós é um bom sinal. No pavilhão MIC/IPEX esperávamos 150 expositores mas acabamos tendo 255 empresas. A própria feira acabou não sendo apenas de negócios mas também de intercâmbios social, cultural e tudo mais”, referiu.

Do ponto de vista de movimentação de pessoas, a organização esperava que até ontem, último dia do evento tivessem entrado na FACIM, mais de 50 mil visitantes.

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