segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Mulheres protestam na Suazilândia contra extravagância da realeza

As esposas do rei viajaram para o exterior para comprar roupas .
Centenas de mulheres na Suazilândia realizaram uma passeata pelas ruas da capital, Mbabane, para protestar contra os gastos com uma viagem ao exterior para compras feita por nove das 13 esposas do rei Mswati 3º.
Elas alugaram um avião na semana passada para ir à Europa e ao Oriente Médio.


Os manifestantes entregaram uma petição ao Ministério das Finanças dizendo que o dinheiro poderia ter sido gasto de uma forma mais proveitosa. "Nós não podemos nos dar ao luxo de uma viagem de compras quando um quarto da nação vive com ajuda alimentar internacional", gritaram as mulheres.

"Nós precisamos deste dinheiro para ARVs (medicamentos antiretrovirais)."

Aids

A Suazilândia, a última monarquia absolutista da África, é um dos países mais pobres do mundo e, estima-se, mais de 40% da população estaria infectada com o vírus HIV, que causa a Aids.

A passeata foi organizada pela ONG Positive Living (Vivendo Positivo), para mulheres com Aids.

Participaram dela mulheres de todas as faixas sociais, de profissionais liberais a representantes do setor agrícola.

O rei da Suazilândia, que tem 40 anos, foi criticado no passado por requisitar dinheiro público para pagar por novos palácios, um avião pessoal e carros de luxo.

A notícia da viagem de suas esposas apareceu na imprensa local um dia depois que elas deixaram o país.

Em meados desta semana, príncipes advertiram as mulheres para não realizar o protesto, dizendo que ele desafia a tradição do país.

Thulani Mthethwa
BBC News

5 comentários:

Unknown disse...

Momento algum fui contra a monarquia Suazi! Porém fico com dúvidas se o rei Mswati III tem ou não conselheiros económicos ou seja economistas.
É uma situação muito grave para este pequeno reino, onde ¼ da população está infectada pelo virus da AIDS e é um dos Países mais pobres do mundo.
Isso demonstra a crueldade, insaciabilidade, ignorância e masoquismo económico, desconhecimento das leis económicas.
Para quem conhece o mecanismo tributário, percebe que é mais barato importar mercadorias, do que ir comprar directamente em lojas estrangeiras pois ai estao deduzidos todos impostos desse respectivo País.
Isso é uma vergonha para o Rei, pois isto não é uma Monarquia Europeia.... deve-se se preocupar com bem do povo que é a maioria e é pelo qual que se Governa, se a autoridade não s preocupa com a maioria, e então quem se preocupará?
Deixem de extravagancia preocupem-se como mitigar essa doença e desenvolver o país criando novos postos de trabalho e não viver de donativos somente( senhoras rainhas).
Se assim não o fizerem não se preocupam com a maioria, mas sim com vossa propria aparencia e opulencia.

Luz Compasso disse...

Olá, sou escritora e editora, vivo actualmente em Portugal, Coimbra. Nasci em Moçambique em 1957 vim em 1975. Ainda tenho família em Moçambique e penso em breve rever África, voltar a Maputo e à Suazilândia onde também vivi algum tempo, em menina. Nas minhas autobiografias recordo as terras de África com amor e saudades. Relembro a Suazilândia, nos meus tempos de menina era um país pacifico, onde as pessoas viviam com muito mais liberdade que em Moçambique. Manter a paz e liberdade é aquilo de que um governo mais poderá orgulhar-se. Além disso, admiro que um rei consiga ter tantas esposas e todas elas viverem em harmonia e até passearem juntas. Nenhum governo ou governador é perfeito. Eu entendo bem o vosso ponto de vista que não deixa de ter a sua razão, porém que adianta criticar ou fazer manifestações? Entendo que, se desejarmos a mudança, devemos conversar directamente com o culpado. O diálogo pacífico é muito mais produtivo. Se você escrever uma carta directamente ao rei você vai fazê-lo usando palavras com muito mais respeito do que falar apenas para outros escutarem. Sabemos que ele não se vai preocupar com palavras escritas em blogs. E mesmo que ele chegasse a ler, perante críticas mordazes ninguém faz boas mudanças. As mulheres que se manifestaram apenas se inferiorizaram por revelarem uma grande dose de ciúme. Se elas fossem uma das mulheres do rei não deixariam de proceder tal como elas vogando na mesma onda. Para nos mostrarmos superiores basta colocarmo-nos no lugar dos outros e compreendê-los e dialogar, convencer que estamos certas mas com palavras adequadas. Quanto às misérias da Suazilândia, se nos dói então é preciso agir, talvez procurando uma instituição de solidariedade que actue lá. Há certas culturas mal desenvolvidas mas não vão desaparecer de um dia para o outro. Juntemo-nos aos fracos mas com a solidariedade dos fortes e dos poderosos. Eu estou a preparar uma associação para ajudar o meu país, Portugal, mas não esqueci África nem outros que falam a nossa língua. Se vocês têm ideias para mudar o mundo sem guerras e com palavras que curam eu estou aberta para publicar tudo o que vocês desejarem. Bem Hajam e até breve! Um abraço de Portugal para os meus irmãos em África!
http://refugiosereno.blogspot.com/search/label/HISTORIA
http://www.luz-da-vida.com.pt/flash/index.html

Herberto Russel disse...

#QueContinueOstententaçãoNaMornarquiaSuázi #PorutguêsdoBrasil #AcentoCircunflexo

Unknown disse...

Por que esse tipo de desumanidade existe comumente em lugares onde existem pessoas pretas ? Será que a cor preta carrega algum de tipo de carga negativa ? Não existe nenhum lugar no mundo onde pessoas pretas sejam prósperas por quê? Alguém sabe respondet ?

Unknown disse...

Porque no mundo jaz o maligno.