O Congresso dos Sindicatos da África do Sul (Cosatu) anunciou uma série de medidas a serem postas em prática durante a cimeira dos chefes de Estado e de governo da SADC, agendada para Joanesburgo este (16/08/2008) fim-de-semana. Zwelinzima Vavi, secretário-geral do Cosatu, disse que os sindicatos e os dirigentes políticos da África do Sul deveriam impedir a entrada neste país das delegações do Zimbabwe e da Swazilândia à referida cimeira.
Falando durante uma conferência de solidariedade para com o Zimbabwe e a Swazilândia, Vavi “exigiu liberdade e democracia para os cidadãos de ambos os países - hoje, e não amanhã”.
Um representante do governo da Swazilândia, Percy Simelane, é citado a dizer que o seu país far-se-ia representar na cimeira da SADC, apesar das ameaças proferidas pelo sindicalista sul-africano. Referindo-se à questão da democracia, Simelane disse que a Swazilândia “seguia a via democrática conforme o que havia sido escolhido pelo povo swázi.” Simelane alegou que o dirigente do Cosatu “desconhecia o que era a democracia”, acrescentado que Zwelinzima Vavi “não tinha respeito por ninguém, incluindo o presidente sul-africano, Thabo Mbeki”.
A par das manifestações que coincidirão com a cimeira da SADC, os sindicatos sul-africanos vão boicotar todos os carregamentos de e para o Zimbabwe e a Swazilândia no mês de Setembro. Esta iniciativa da central sindical sul-africana vai ser realizada em coordenação com as suas congéneres regionais contra os dois regimes que considera “ilegítimos e contrários à vontade popular”. Em declarações à imprensa, Zwelinzima Vavi disse que “todos os trabalhadores deverão recusar-se a servir o presidente Robert Mugabe e o Rei da Swazilândia, Mswati III, bem como os seus mais directos associados e colaboradores, em toda a região, de forma a garantir que eles sintam de facto o isolamento.”
(Times of Swaziland /LUSA)
(Times of Swaziland /LUSA)
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