Bandeirada ZambiaA ZÂMBIA pretende proibir que membros do governo, acusados de corrupção, concorram às eleições presidenciais para a sucessão de Levy Mwanawasa, anunciou domingo, o ministro da Defesa, George Mpombo.
Segundo o ministro, o Movimento para a Democracia Multipartidária (MMD, partido no poder na Zâmbia), já iniciou o processo para a selecção do candidato que deverá concorrer à eleição presidencial em representação daquela formação política. Mpombo, que também integra o Comité Nacional Executivo, o órgão mais influente do MMD, confirmou o início da selecção dos candidatos, cujo processo encerra na próxima semana.
Antes da morte de Mwanawasa, os media locais reportaram que alguns membros seniores do MMD e antigos ministros, anteriormente acusados de corrupção, tencionavam concorrer para a sucessão de Mwanawasa.
A eleição do candidato do MMD deverá acontecer a 5 de Setembro próximo, segundo fontes do partido. Isso deve-se a limitação de tempo para a realização de um congresso.
“O governo vai assegurar que as pessoas com carreiras políticas manchadas por corrupção não possam concorrer a estas eleições, porque, obviamente, elas poderão colocar o partido em desvantagem. Estamos cientes das consequências imediatas de eleger tais pessoas”, disse Mpombo.
Mwanawasa, que vai a enterrar a 3 de Setembro, conseguiu conquistar a simpatia dos países doadores devido ao seu empenho no combate à corrupção, bem como a adopção de políticas económicas prudentes que catapultaram o desenvolvimento da Zâmbia.
O vice-presidente zambiano, Rupiah Banda, assumiu interinamente a presidência da república até à realização de novas eleições que, segundo a Constituição zambiana, deverão ter lugar num período não superior a 90 dias, após a morte do presidente.
Mpombo disse que o sucessor de Mwanawasa terá a missão de garantir a continuidade da obra do falecido chefe de Estado. “Estamos à procura de um líder com a visão para revigorar a política do presidente Mwanawasa na agricultura e na recuperação da confiança dos investidores, alguém que possa garantir a reconciliação nacional. Deverá ainda ser alguém com uma boa visão sobre a unidade nacional e desenvolvimento”, concluiu Mpombo.
Fonte: Jornal Notícias
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