segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Nacala vai ter maiores silos da África austral

O PORTO de Nacala, em Nampula, vai passar a ser o maior local de armazenagem de cereais da região austral de África, mercê da construção naquele complexo ferro-portuário, num período não especificado, de silos com capacidade instalada de 120 mil toneladas por ano, investimento que conta com capitais tanzanianos.

A conclusão do empreendimento permitirá que os países do hinterland, tidos como potenciais utilizadores do porto e linha férrea de Nacala, reduzam as constantes transacções comerciais que são obrigados a efectuar devido à falta de uma capacidade maior de acondicionamento do porto.

Fernando Couto, administrador do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), disse que com a instalação deste tipo de projectos no Porto de Nacala por parte da empresa Baresa, a província de Nampula não só se propõe conquistar o estatuto de “alavanca” na dinamização do processo de desenvolvimento das zonas norte e centro do país, como também prepara-se para ser um ponto de referência no âmbito do processo de integração económica dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Para além das habituais exportações malawianas de tabaco e açúcar, de produtos locais como a castanha de caju, algodão, sisal, madeira e outros, brevemente será exportada a partir do Porto de Nacala a banana da empresa Matarusca, que neste momento está a investir no cultivo industrial desta fruta, no posto administrativo de Namialo, distrito de Meconta, que se espera venha a abastecer não só o mercado interno, como também o europeu e americano.

A médio prazo, espera-se igualmente exportar através daquele porto os minérios de ferro que serão explorados no posto administrativo de Iapala, no distrito de Ribáuè. Tal irá implicar o aumento dos níveis de manuseamento e transporte de carga.

De referir que o Corredor do Desenvolvimento de Nacala passou três anos da sua privatização a ser uma empresa constituída por capitais inteiramente moçambicanos.

Avaliado em mais de 50 milhões de dólares norte-americanos, o Corredor de Desenvolvimento de Nacala, que preconiza a recuperação de infra-estruturas e aquisição de equipamento portuário, tinha até há pouco tempo accionistas estrangeiros como a Railroad Development Corporation (RDC) e a Edlow Resources (de capitais americanos), Grupo Tertir (Portugual) e Rebnnies (RAS).

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