segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Grupo Lusófono cria universidade na Guiné-Bissau

O Governo da Guiné-Bissau assinou um acordo com a Cooperativa de Formação e Animação Cultural de Portugal, que visa a criação e o estabelecimento da Universidade Lusófona no país provocando a extinção da Universidade Amílcar Cabral. O acordo foi rubricado entre o chefe do Governo guineense, Carlos Correia, e o Presidente do Grupo Lusófono, Manuel de Almeida Damásio (foto). Com assinatura deste convénio fica assim extinguida a «Universidade Amílcar Cabral (UAC)», a qual funcionava há 4 anos.
Logo após assinatura do documento, o titular da pasta da Educação Nacional, Marcelino Vaz, sublinhou que a opção do Governo assentou «na convicção das vantagens que representam a parceria estratégica entre público e o privado na promoção de ensino superior de qualidade na Guiné-Bissau, tendo como resultado o desenvolvimento económico, social e cultural».

Manuel de Almeida Damásio, Presidente do Grupo «Lusófono», admitiu a possibilidade de alguns estudantes concluírem os seus estudos em Portugal e prometeu o envio para a capital guineense de docentes que vão leccionar na Universidade «Lusófona» da Guiné-Bissau.

As reacções não se fizeram esperar por parte da direcção cessante e da associação da Universidade «Amilcar Cabral», agora em fase já extinção.

Alberto Sanhá, o ainda Reitor da UAC, considerou o acordo firmado entre Governo com o Grupo Lusofona de «um negócio sujo.» Num comunicado de imprensa emitido pela Associação dos Professores da «UAC», questionou a legitimidade do actual executivo para alterar o estatuto jurídico do estabelecimento do ensino superior no país.

No mesmo comunicado o colectivo dos docentes afirma estar surpreendido pela forma como o assunto, que considerou delicado, foi tratado. O colectivo dos professores apelou também à intervenção do Ministério Público para que proceda a auditoria da gestão financeira da «Universidade Amílcar Cabral».

Onis Sami (c) PNN Portuguese News Network

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