segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cidade de Maputo será capital cultural do país

Mais de 350 delegados oriundos de todas as províncias do país juntam-se, em Maputo, num debate cultural.

A capital do país vive, desde o último fim-de-semana, um movimento intenso devido à preparação da II Conferência Nacional de Cultura, que vai decorrer de 14 a 16 deste mês, em Maputo. Trata-se de um magno encontro que vai reunir mais de 350 delegados oriundos de todas as províncias do país. O evento acontece 16 anos após a realização do primeiro encontro que culminou com a criação da política cultural moçambicana.
O lema deste ano assenta na gestão cultural e o seu enquadramento no desenvolvimento sustentável do país. Assim, a ideia é partilhar ideias sobre o pressuposto de que a cultura é a essência dos povos e é necessário saber qual é o seu estágio de desenvolvimento à luz das recomendações da Primeira Conferência Nacional realizada em 1993.

POLÍTICA CULTURAL
Para o director-nacional de Cultura, Domingos do Rosário, este evento concretiza-se após 13 anos do surgimento da política cultural moçambicana, o que coloca novos desafios face a alguns questionamentos dos cidadãos no dia-a-dia em relação, por exemplo, ao traje nacional, comportamento da juventude e à forma como os moçambicanos, sobretudo os jovens, vêem e recebem a cultura dos outros e como se posicionam em relação à sua.

Este evento vai recolher subsídios para a formulação de políticas, programas e projectos para maior gestão e desenvolvimento cultural em Moçambique, identificar e fortalecer os mecanismos de articulação institucional entre os diferentes intervenientes na gestão e promoção cultural, mobilizar os actores sociais, políticos, económicos, decisores e segmentos da sociedade, sobre a importância da cultura para o desenvolvimento.

DEBATE ABRANGENTE
“Este é, sem dúvidas, um dos maiores debates sobre o estágio da cultura que vai ter lugar no nosso país. Há que procurar muitas respostas para o que aflige os fazedores da cultura”, disse Do Rosário.

O entrevistado revelou que, à mesa, também será trazida e equacionada a eficiência da Lei do Mecenato, que algumas vozes consideram-na inoperante, para além de questões de complementaridade e de divisão de responsabilidades entre o cidadão e o Estado.?

Edmundo Chaúque

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