segunda-feira, 11 de maio de 2009

“Moçambique é agora destino turístico de referência”


Jeremias Langa Fernando Sumbana, ministro do Turismo “Se olhar para as principais referências sobre o turismo moçambicano, a nível mundial, poderá notar que as maiores e melhores revistas sobre turismo fazem elogio àquilo que acontece no país” O governo definiu como um dos objectivos do quinquénio tornar Moçambique um destino turístico de classe mundial. Ao fim destes cinco anos, já se pode dizer que moçambique “é um destino turístico de classe mundial?

Posso dizer que Moçambique é um destino turístico de referência a nível mundial. O país desenvolveu um segmento de taxa de densidade de alto rendimento, que permite desenvolver empreendimentos de luxo, mas com pouca pressão de volume de pessoas que se deslocam para lá.
Trata-se dum produto virado para um segmento muito específico, que é daqueles turistas que seleccionam com muito rigor o local onde pretendem ir, pretendem ter sossego, querem ter tranquilidade, contacto com a natureza e querem ter uma relação muito intensiva com as comunidades e pesssoas que se encontram no local. Desenvolvemos e conseguimos posicionar-nos. Se olhar para as principais referências sobre o turismo moçambicano, a nível mundial, poderá notar que as maiores e melhores revistas sobre turismo fazem elogio àquilo que acontece em Moçambique, particularmente no arquipélago das Quirimbas.
Já fazem referências ao Niassa; ao arquipélago do Bazaruto, onde temos estâncias de belíssima qualidade; e também à cidade de Maputo devido à sua actividade muito vibrante, à característica muito especial da relacão entre o turista e a população local, bem como o negócio informal. neste sentido, podemos dizer que moçambique é um destino de referência a nível mundial.

Uma das constatações do plano estratégico para o desenvolvimento do Turismo 2004/2013 era de que a imagem e o posicionamento de Moçambique como destino turístico permaneciam obscuros, muito por força de falta de órgãos direccionados para a realizaçao de actividades de marketing e a fraca ou a quase inexistência de estratégias sectoriais de marketing. Neste mandato, o Governo aprovou o plano nacional de marketing turístico, com o objectivo de inverter este cenário. Qual tem sido o real impacto na mudança de percepções sobre o país no mundo?

Tenho que dizer que a nível mundial Moçambique deixou de ter imagem de guerra, fome e carência. Passou a ser um país alegre, um país de referência. As pessoas quando falam da cidade de Maputo dizem que é um país alegre, onde as pessoas têm uma boa relação com o visitante; olham para as ilhas e arquipélagos e até fazem lua de mel nesses sítios. Portanto, é um país de muita alegria, de muita intensidade e que a imagem negativa que existia do país está desaparecendo (...), de tal modo que não devemos deixar de falar dos problemas que existem no país, porque não tentamos escamutear nada.

Que acções concretas estão sendo feitas no sentido de passar essa imagem positiva de Moçambique? De que forma esta sendo feito isso?
Nós temos estado a convidar jornalistas, no caso de turistas internacionais. Convidamos jornalistas para ambientação, isto é irem visitar vários destinos, terem uma interação com o povo moçambicano, alguns jornalista andaram mesmo no “chapa cem”, para terem o sentido de convívio com o povo e sentirem como é que é a vida real. Sentiram dificuldades, mas ao mesmo tempo sentiram alegria de uma vida muito espontânea e muito alegre, uma vida muito natural e não superficial, como muitos vivem em muitos cantos do mundo. Então, temos feito isso, através de férias internacionais, designadas de “Bolsa de Turismo”. olhamos como principais mercados a África do Sul, o Indaba que é uma das principais bolsas do turismo a nível do continente africano; a nível da europa temos a bolsa de Lisboa, Espanha, Alemanha e a grande feira da Grã-Bretanha. Também temos participado nas feiras da China, o que significa que temos estado a procurar ampliar o alcance da nossa mensagem. Participámos também na feira da caça dos Estados Unidos, que é uma feira muito especializada para vender o produto de caça. Temos estado a fazer publicações de DVD e uma série de elementos que distribuímos, que permitem que as pessoas possam ter uma aproximação com Moçambique.

É possível a partir de qualquer parte do mundo saber o que é que é Moçambique e que potencialidades oferece?
É possível. importa dizer que já não é só o governo a fazer isso. Nós já temos várias entidades privadas a fazer isso. Se alguém for à internet e clicar Moçambique terá informações imensas e de boas coisas. Se quiser ser mais específico acerca de Moçambique.

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