segunda-feira, 29 de junho de 2009

FFH quer construir três mil casas por ano

O Fundo para o Fomento de Habitação de Moçambique (FFH) quer construir três mil casas por ano em todo o país, segundo revelou, recentemente, a Presidente do Conselho de Administração desta instituição, Helena Ribeiro.
Neste momento, segundo Ribeiro, o FFH não constrói mais de 100 casas por ano, estando mais virada para a demarcação de talhões.

Helena Ribeiro falava em Chidenguele, distrito de Mandlakazi, na província meridional de Gaza, durante XVII Conselho Coordenador do Ministério das Obras Publicas e Habitação (MOPH).
A presidente do FFH defende que desta forma a instituição que dirige estaria em melhores condições de cumprir com o seu papel de fomentar habitação.
Segundo Ribeiro, para a construção de três mil casas/ano, o FFH terá de mobilizar recursos financeiros.

Outra alternativa que Ribeiro considera viável para se fomentar, efectivamente, habitação em Moçambique, seria a alocação de um a três por cento do Orçamento do Estado (OE) para o financiamento de um Banco de Fomento de Habitação no país.

“Nós achamos que para fomentar a habitação no país deveríamos desenvolver programas para a construção de três mil casas/ano pelo país todo, mas antes é preciso encontrar a fonte de financiamento. Também pensamos que se devia alocar entre um a três por cento do OE para fomentar projectos de habitação para jovens e não só, uma vez que o número de casas do Estado por alienar é pouco e a fonte de financiamento do FFH vai secar”, explicou.

Ribeiro sublinhou que estas são as propostas que o FFH tem para a primeira política nacional de habitação que está a ser preparada pela Direcção Nacional de Habitação.
Em relação a transformação do FFH em Banco de Fomento de Habitação, informações mostram que o processo vai levar algum tempo.

O ministro das Obras Públicas e Habitação, Felício Zacarias, disse, na última quarta-feira, durante o Conselho Coordenador, que ainda estão em cursos trabalhos no sentido de criação do Banco de Fomento de Habitação, tendo em conta que a principal fonte de financiamento do FFH vai deixar de existir com a alienação dos 10 mil imóveis do Estado.
Zacarias revelou a jornalistas que o desejo da instituição que dirige era que o Banco estivesse funcional em 2006.

“Se fosse por vontade nossa, o FFH já teria sido transformada em 2006 num banco de fomento. Estamos a trabalhar no assunto. Uma vez que estamos no fim do mandato, não sabemos quando exactamente isso vai acontecer, não quero especular”, referiu.

O FFH recebeu do Governo de Moçambique, nos últimos cinco anos, cerca de 200 milhões de meticais (cerca de 7,5 milhões de dólares) para a construção de 139 casas, demarcação de 5.400 talhões, bem como 156 créditos, no âmbito dos contratos programa.

AIM

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