segunda-feira, 20 de julho de 2009

ONU reitera apoio para que Moçambique continue a ser "exemplo de estabilidade"

O representante da ONU em Moçambique, Ndolamb Ngokwe, manifestou esta quinta-feira em Maputo a disponibilidade da organização em manter o apoio ao país, para continuar a ser “um exemplo de estabilidade em África”, após vários anos de conflito armado.

Ndolamb Ngokwe reiterou o empenho das Nações Unidas na cooperação com Moçambique, quando falava em Maputo na discussão das recomendações da Cimeira da União Africana (UA), realizada este mês em Sirte, Líbia, no âmbito do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP, na sigla em inglês), no qual Moçambique foi avaliado.

O MARP, que entrou em vigor em 2003, é um instrumento a que os países membros da UA se submetem voluntariamente, para serem avaliados em domínios como a boa governação, estabilidade política e social, democracia e desenvolvimento económico.
A avaliação deu nota positiva a Moçambique nos aspectos da estabilidade política, desenvolvimento económico e participação pública no exercício da democracia, mas apontou fragilidades em vertentes como a corrupção, HIV/SIDA e gestão da terra.

Ao debruçar-se sobre os resultados da avaliação, o representante da ONU elogiou o facto de Moçambique ter-se submetido voluntariamente ao escrutínio da UA em matérias tão sensíveis como os da boa governação, transparência e corrupção.

“Ainda é raro em África os governos terem a abertura de ouvir dos outros o que pensam de si. A disponibilidade de Moçambique em aceitar a avaliação é positiva e deve ser encorajada”, disse Ndolamb Ngokwe.
Nessa perspectiva, “é importante que Moçambique continue a receber o estímulo de todos, incluindo da ONU, para se manter como um exemplo de estabilidade política após longo conflito”, acrescentou o representante da ONU em Moçambique.

Relativamente aos pontos fracos registados por Moçambique no quadro do MARP, Ndolamb Ngokwe afirmou acreditar na capacidade do país, em parceria com a comunidade internacional, de superar as fragilidades.

“A ONU sente-se honrada por ser parte do esforço de ajuda a Moçambique, para que o país ultrapasse os seus desafios mais urgentes”, enfatizou Ndolamb Ngokwe.
Por seu turno, o ministro para a Planificação e Desenvolvimento moçambicano, Aiúba Cuereneia, disse no encontro que o país está empenhado na luta contra os constrangimentos apontados na avaliação.
Fonte: O Pais

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