FORAM milhares os cristãos, crentes, fiéis, negociantes ou simplesmente cidadãos que acorreram, em massa, à vila de Namaacha, no último fim-de-semana, para participar directa ou indirectamente nas cerimónias dos 91 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima, na ova de Iria, em Fátima, Portugal.
O “Notícias” manteve a tradição e, mais uma vez, esteve a acompanhar, dentro do possível, um pouco de tudo o que lá acontece.
Um breve recuo ao tempo leva-nos a acreditar que a participação dos peregrinos na cerimónia esteve nos mesmos níveis dos últimos anos. O mesmo aconteceu com o grau de celebração, negócio e diversão, actos que não passam despercebidos naquela zona.
O “Notícias” manteve a tradição e, mais uma vez, esteve a acompanhar, dentro do possível, um pouco de tudo o que lá acontece.
Um breve recuo ao tempo leva-nos a acreditar que a participação dos peregrinos na cerimónia esteve nos mesmos níveis dos últimos anos. O mesmo aconteceu com o grau de celebração, negócio e diversão, actos que não passam despercebidos naquela zona.
Foi positivo notar que os católicos, apesar do frio que se faz sentir, com relativa “agressividade” naquela vila, se comparado com outros pontos de Maputo, donde saíram a maior parte dos visitantes, lá estiveram. A cantar. A orar. A confraternizar e, acima de tudo, a buscar Deus, através de Maria, mãe de Jesus Cristo. Afinal de contas os problemas sociais são vários, a carestia da vida é um facto além de que é preciso agradecer a Deus pelo simples facto de se estar vivo.
Da conversa com alguns católicos, a maioria que preferiu se assumir como crente e não necessariamente fiéis da palavra de Deus, ficamos a saber que há sempre um ganho tomar parte daquela cerimónia.
Mateus Cossa, da Paróquia da Munhuana, Rosa Alberto e Nelsa Manoca, da Paróquia Nossa Senhora das Merceis, Catembe, deixaram transparecer que perdem os católicos que ainda continuam receosos em tomar parte daquela cerimónia. O valor acrescentado está no facto de se poder beneficiar da força espiritual dos demais religiosos ali presentes, para fazer chegar a Deus palavras de agradecimento, louvores e petições.
É por isso que numerosas pessoas foram a Namaacha a pé e sem condições de acomodação pernoitaram a orar de diversas maneiras.
Mas também no seio do mesmo grupo de pessoas que estiveram em Namaacha, alguns dos quais usaram o facto de serem católicos para ir àquela vila, a única coisa que fizeram foi diversão.
Na noite de sábado e mal que terminou a procissão de velas, o que seguiu, para alguns, foi descer até ao Mercado Central, onde os negociantes que não perdem oportunidade para vender acolheram o negócio.
Eram bebidas alcoólicas, frango assado e outros géneros alimentícios para todos os gostos e bolsos.
E, foi neste ambiente que constatámos uma vez mais, que há uma necessidade de aumentar os apelos para que os jovens mudem de comportamento, pelo menos quando a vez é de peregrinação.
Vimos ali jovens que inicialmente estiveram nas cerimónias, mas que depois optaram por se embebedar de forma irresponsável. Menores de 18 anos a consumir bebidas alcoólicas, num ambiente de total degradação de valores morais e sociais.
Foi igualmente penoso ver menores de idade a conduzirem viaturas lotadas como se fossem meros brinquedos. A dado momento, a estrada principal ficou bloqueada simplesmente porque estes grupos de jovens, já fora de si, cantavam e dançavam no meio da estrada numa atitude flagrante de falta de respeito e consideração para com os outros.
São comportamentos inadmissíveis que deviam merecer a condenação de todos, salvaguardando-se a ordem e a dignidade da cerimónia. E aí está o papel da Igreja, dos pais no sentido de educar os jovens para uma conduta social exemplar, especialmente quando se trate de cerimónias desta natureza.
Por último louvar a posição dos que optaram por dormir, mesma nas condições adversas, num compasso de espera para as actividades da manhã do domingo.
Fonte: Jornal Noticias de , 19 de Maio de 2008::
Nenhum comentário:
Postar um comentário